André Moura não descarta o palanque de Edvaldo | Joedson Telles | F5 News - Sergipe Atualizado

André Moura não descarta o palanque de Edvaldo
Blogs e Colunas | Joedson Telles 21/07/2019 07h32 - Atualizado em 21/07/2019 08h34

Presidente do PSC de Sergipe, o ex-deputado federal André Moura assegura, nesta entrevista, que não descarta a possibilidade de a legenda se somar ao arco de aliança que dará sustentação à pré-candidatura do prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PC do B), nas eleições de 2020. "Não tenho nenhum problema com Edvaldo, imagino que nem ele, comigo. Tivemos uma parceria administrativa quando viabilizei, durante meu mandato parlamentar, R$ 320 milhões para a Prefeitura de Aracaju", lembra André Moura, salientando que a primeira opção do PSC é apresentar uma candidatura própria, seguindo orientação nacional do partido. "Caso não seja possível, iremos dialogar com outras candidaturas e nada impede o diálogo com Edvaldo Nogueira, se esse for o entendimento de ambas as partes."

Como o senhor acompanhou a situação de Sergipe, por conta das chuvas?

Com preocupação, porque o que a gente mais pede, principalmente na região de seca, é por chuva. Mas desta vez excedeu o previsto para todo o mês de julho, causando um estado de emergência em diversos municípios, principalmente Riachuelo, Japaratuba e Aracaju. Um caos ocasionado pela força da natureza. Mas como cidadão e homem público, tenho feito e farei o que puder para ajudar as cidades mais atingidas. E o nosso trabalho, com as centenas de máquinas e veículos que entregamos têm colaborado muito nesse momento: as patrols estão trabalhando abrindo e limpando ruas, as enchedeiras retirando a lama, as caçambas ajudando nas mudanças das famílias em área de risco, os caminhões-pipa levando água potável aos locais onde faltou abastecimento. Se não fosse isso, a situação estaria mais complicada nos municípios.

Com o senhor trabalhando para o Rio de Janeiro, como fica sua atuação em Sergipe?

Continuo na ativa. Acompanhando a liberação dos recursos e convênios que viabilizei enquanto deputado federal. Todos os finais de semana participo de inaugurações e entregas de máquinas agrícolas, a exemplo da Codevasf, novos veículos, ônibus para o transporte escolar e da assistência social. O trabalho não para e os prefeitos reconhecem isso. Estou trabalhando pelo Rio de Janeiro, mas não esqueço nunca de Sergipe e sempre que possível atendo os pleitos dos prefeitos em vários ministérios.

Como está o PSC em Sergipe e no Brasil?

Crescendo. Somos um dos maiores partidos do estado e estamos de braços abertos para receber todos os que desejam fazer parte do nosso projeto. Em nível nacional, o PSC tem protagonismo na região Norte, com o governo Wilson Lima, do Amazonas, e no Sudeste e com Wilson Witzel, no Rio de Janeiro, que é a terceira maior economia do país - e agora está voltando ao rumo certo, depois das gestões desastrosas anteriores. O Rio está ressurgindo no cenário nacional com uma política de resultados na segurança pública e na área social. É uma gestão inovadora, e isso se reflete na melhoria de outras áreas, como a Saúde e a Educação.

E as eleições municipais de Sergipe?

Temos tratado desse assunto. O diretório de Aracaju tem à frente Clóvis Silveira realizando um ótimo trabalho; possuímos já 43 pré-candidatos a vereador pelo PSC e Clóvis tem preparado e articulado uma grande chapa proporcional. Estamos seguros que faremos um bom número de vereadores nas eleições 2020. Pelo interior, tenho conversado com vários prefeitos, ex-prefeitos, vereadores e ex-vereadores que irão se somar ao nosso projeto de fortalecimento dos municípios e também para construir um amplo arco de alianças.

Como avalia o deputado estadual Gilmar Carvalho, hoje filiado ao PSC e que projeta disputar a PMA, cogitar ir para o DEM?

A decisão é dele. Mas nesse momento, todo mundo está conversando com todo mundo. A nossa torcida é que o deputado Gilmar, que veio para o PSC em 2018 e se elegeu pelo partido, permaneça na sigla. É preciso acabar no país com essa política de que o político se elege por um partido e depois quer sair para outro. Para evitar esses casos a legislação eleitoral mudou e tornou-se mais rígida, abrindo apenas uma janela no ano que ocorre o pleito. Mas se a decisão dele for de sair do partido irei respeitar, até mesmo em nome da nossa amizade pessoal e do respeito que tenho por Gilmar. Não farei nenhum movimento para que ele saia em respeito ao partido, mas torço para que ele fique. É o nosso desejo.

Ele tratou desse assunto com o senhor ou soube pela imprensa?

O que ele me disse foi que tem conversado com outros partidos, mas que eu não me preocupe, pois não tomará nenhuma atitude sem falar comigo, em respeito, principalmente à nossa amizade, não conversamos além disso. Ademais tenho acompanhado o que sai na imprensa

Caso isso ocorra, o PSC apresenta outro nome para prefeito de Aracaju ou apoiará outra candidatura?

Primeiro vamos seguir a orientação da Nacional, de fazer o maior número de prefeitos possível, sobretudo nas capitais. Mas se ele resolver sair, - esperamos que não aconteça -, podemos construir com nomes internos que já se colocaram à disposição, o que não impede que também conversemos com outras candidaturas.

Está conversando com Valadares Filho?

Não sobre política. Tenho por ele uma boa amizade, quando nos encontramos, casualmente, conversamos. Nas eleições 2018 não estivemos juntos, mas já é página virada. Não temos nesse momento nenhuma conversa política, mas nada impede que no futuro, se esse for o entendimento de ambos, sentar e conversar.

Uma aproximação de Edvaldo Nogueira está descartada?

Não tenho nenhum problema com Edvaldo, imagino que nem ele, comigo. Tivemos uma parceria administrativa quando viabilizei, durante meu mandato parlamentar, R$ 320 milhões para a Prefeitura de Aracaju, mesmo sem ele ter oferecido apoio à minha candidatura ao Senado. Meu compromisso é, e sempre foi, com Aracaju. Nesse momento não há nada planejado para uma aproximação política. Nossa primeira opção é a candidatura própria, seguindo orientação nacional do partido. Caso não seja possível, iremos dialogar com outras candidaturas e nada impede o diálogo com Edvaldo Nogueira, se esse for o entendimento de ambas as partes.

Então, nada impede o diálogo com Edvaldo Nogueira?

Não. Sempre conversamos sobre as questões de Aracaju. Não temos aproximação política, mas não sou inimigo dele e trabalhei em parceria com ele para que a Prefeitura pudesse receber os recursos e realizar todas essas obras que estão acontecendo, ou pelo menos a maioria delas. Volto a dizer, não fiz por Edvaldo, mas para os aracajuanos, de forma republicana, sem pensar nas diferenças, apenas trabalhando por Aracaju. Ele sempre teve para comigo gestos de reconhecimento e gratidão, inclusive publicamente. Construí uma amizade pessoal com o prefeito Edvaldo, e nada impede que amanhã ou depois a gente converse politicamente. Mas até agora o que tivemos foi um entendimento administrativo, tanto que obras no Augusto Franco, 17 de Março, Santa Maria, Coqueiral já foram entregues e outras como as do Plano de Mobilidade Urbana, na avenida Beira Mar e as de drenagem e pavimentação do Moema Meire, por exemplo, estão em andamento. Meu trabalho é público, não é um projeto pessoal, mas visando a melhoria e a qualidade de vida dos aracajuanos e sergipanos.

Mais Notícias de Joedson Telles
16/11/2021  07h15 "Não vou procurar outro caminho", diz Laércio
Bolsonaro não tem preparo, avalia cientista político
11/10/2021  09h08 Bolsonaro não tem preparo, avalia cientista político
26/09/2021  09h05 "A OAB/SE permaneceu inerte quando os advogados mais precisaram de proteção"
12/09/2021  08h42 "Vou para vencer", afirma Valmir de Francisquinho sobre 2022
22/08/2021  08h03 "Valmir é o melhor político de Sergipe", diz Adailton Sousa
F5 News Copyright © 2010-2024 F5 News - Sergipe Atualizado