PDT não assegura apoio à pré-candidatura de Edvaldo, diz Fábio Henrique | Joedson Telles | F5 News - Sergipe Atualizado

PDT não assegura apoio à pré-candidatura de Edvaldo, diz Fábio Henrique
Blogs e Colunas | Joedson Telles 13/10/2019 09h59

O deputado federal Fábio Henrique (PDT) lamenta que, há quase um ano, se colocou à disposição do prefeito de Socorro, Padre Inaldo (PC do B), para ajudar o município, mas sequer recebeu resposta do ofício enviado, assegura que o PDT terá candidato próprio, em Socorro, em 2020, revela sua torcida para que o governador Belivaldo Chagas (PSD) reverta a cassação e não dá certeza da filiação do prefeito Edvaldo Nogueira (PC do B) ao PDT. “O prefeito é maior e capaz, e tem o direito de definir o futuro dele. O que eu não posso, enquanto partido, é ficar aguardando ele pelo resto da vida. Então, o partido está caminhando. Se o prefeito disser que vem, ele pode encontrar uma realidade um pouco diferente daquela que era quando o convidei”, diz Fábio Henrique, não assegurando o PDT no mesmo palanque que Edvaldo, em 2020. “Se ele vier para o PDT, está resolvido: ele como candidato a prefeito. Mas se não vier, o nosso caminho pode ser com ele e pode também não ser. Vai depender das candidaturas que forem colocadas”.

Como está sendo a experiência de ser deputado federal por Sergipe?

Tem sido um aprendizado diário. Até porque tenho procurado exercer diariamente o mandato. Para você ter uma ideia, eu participo, hoje, de sete comissões: Segurança Pública, Turismo, como titular, Esporte, como substituto, Relações Exteriores como suplente, como titular na Comissão Especial, que eu acho a mais importante que é a que vai revisar o Código de Trânsito Brasileiro. Há polêmicas como quem quer tirar o uso da cadeirinha, o aumento do número de pontos na carteira e na validade do exame da CNH e radares. Participo da comissão especial que vai regularizar as moedas digitais no Brasil, que é outro assunto importante. Participo da comissão especial da proteção militar, da sessão especial dos militares e da aposentadoria das Forças Armadas e das Polícias e Bombeiros Militares. Participo da Comissão Especial que analisa os jogos pela internet, que é uma realidade no país, aqui mesmo tem o sportnet, que é uma febre e toda a arrecadação vai para o Uruguai e outros países, porque o Brasil não tem legislação sobre isso. Além disso, tenho procurado atuar no plenário pelo meu partido, para fazer o encaminhamento de votações importantes, e tenho tentando levar ao Plenário da Câmara assuntos importantes relacionados ao estado de Sergipe, denunciando ao Brasil as coisas que acontecem em meu estado. No mandato de deputado federal, às vezes, a visibilidade é maior nas emendas parlamentares que você coloca do que nos votos que você dá. Como eu não tive emenda, ainda há quem diga que é porque eu votei contra a reforma da Previdência. Portando, não tive a oportunidade de fazer destinação das emendas.

E qual o critério?

Tenho procurado votar de acordo com que eu acredito. Votei contra a reforma da Previdência, mas respeito muito quem votou a favor. Não me cabe fazer julgamento e nem criticar colega nenhum pelos votos que deram. Mas eu acho um absurdo a reforma da Previdência. É criminosa e atenta aos direitos dos trabalhadores. As pessoas estão anestesiadas, mas um dia essa ficha vai cair - quando você precisar se aposentar. Na quarta-feira, o governo aprovou o Orçamento, a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), que prevê apenas 4% do salário mínimo pela inflação, e teve uma proposta do PT que era para você estabelecer um ganho real do salário mínimo pelo orçamento do PIB. Eu votei a favor. Infelizmente, esse destaque foi derrotado. Nem um aumento real ao salário mínimo deram. Você não vai poder melhorar a economia sem aumentar o poder de compra. Tenho defendido as pautas como a saída ou não da Petrobrás do estado, a BR-101, que é um assunto que tenho cobrado muito e tantos outros assuntos do dia a dia, do cotidiano que tenho levado para Brasília para pelo menos fazer um debate. Acho que isso é o papel fundamental de um deputado federal. Obra quem faz é prefeito e governador. Deputado federal, as pessoas devem julgar o trabalho deles pelo voto e leis que produzem. Por exemplo, estou recebendo, agora, um grupo de psicólogos e assistentes sociais. Foi aprovado um projeto para que as escolas públicas tenham psicólogos e assistentes sociais. Nada mais justo para cada escola. A rede tem que ter para você atender às crianças mais pobres com problemas familiares e domésticos. Por exemplo, Bolsonaro vetou, sem nenhuma justificativa, então, nosso trabalho é tentar derrubar o veto do presidente Bolsonaro. Sou de oposição, mas naquilo que eu entendo o que o governo acerta, eu voto a favor - como a Lei da Liberdade Econômica, por achar que tem que destravar a economia para gerar emprego. Aquilo que não concordo, eu voto contra. Resumindo: estou muito feliz e agradecendo ao povo de Sergipe por ter me dado essa oportunidade de estar em Brasília participando dos grandes debates nacionais.

O senhor falou em emendas e falou também em BR-101... Há quem defenda que as emendas do parlamentes sejam destinadas para a conclusão da obra da BR-101. Isso não inviabiliza outros compromissos dos deputados?

Primeiro que a BR-101 é um crime, como já disse na Tribuna da Câmara. Começou no governo Fernando Henrique Cardoso, eu entrei na Polícia Rodoviária Federal em 1994 ou 1995, e a gente estava sendo escaldo para acompanhar, fiscalizar e dar segurança às obras da BR-101. No aspecto da BR-101, e sei que meus companheiros do PT ficam chateados quando digo isso, mas a gente tem que falar a verdade, todos os governos que passaram foram irresponsáveis como o estado de Sergipe. Fernando Henrique, Lula, Dilma e Temer não concluíram. Nós estamos falando de uma obra que tem 25 anos. O que foi que eu disse ao ministro (da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas Gomes): que o governo Bolsonaro tinha a grande oportunidade de nesse aspecto ser diferente. Eles prometeram concluir, esse ano, 25 quilômetros, que é o trecho que o presidente está fazendo, e que precisavam de R$ 100 milhões. Nós não estamos falando nem do trecho de Estância para Cristinápolis, pois essa obra nem começou, e da BR-235 que há uma necessidade urgente de duplicar, pelo menos até a rota do sertão passando por Itabaiana. Nós estamos falando de Pedra Branca a Propriá, que é um trecho de 70 e poucos quilômetros. É um crime aquilo, e o governo precisa de R$ 100 milhões para concluir aquela obra. É inaceitável que o Governo Federal não coloque R$ 1 centavo do seu Orçamento para concluir a BR-101, e que o ministro venha pedir emendas para deputados. As emendas parlamentares precisam ser aplicadas nos municípios, pois quem está quebrado no Brasil são os municípios. São nos municípios que o povo mora, que tem escola e os postos de saúde Eu fui prefeito e sei como é importante você calçar uma área periférica... Então, se você pega o dinheiro das emendas parlamentares e bota para você concluir a BR-101, que é fundamental, você está assumindo uma responsabilidade que é do Governo Federal e tirando do povo pobre, das cidades mais pobres de Sergipe. Eu sou contra, e acho que temos que pressionar o Governo Federal para que termine obra com recursos da União, porque têm 25 anos que essa obra começou.

Pelo fato de o senhor ter sido prefeito sentiu na pele as dificuldades que os municípios têm para conseguir recursos em Brasília. Há esperança de melhorar essa relação municípios x Governo Federal?

Na semana passada, a gente aprovou a cessão onerosa, que vai destinar R$ 10 bilhões para os municípios brasileiros com a venda do pré-sal, em novembro. Socorro vai receber quase R$ 10 milhões para investimentos, e o prefeito é meu adversário. Eu poderia votar contra. Mas não posso votar contra o povo. São R$ 10 milhões. Têm municípios que vão receber R$ 2 milhões, R$ 1,5 milhão... Mas isso não resolve: é uma parcela só. O que resolve é a repactuação do pacto federativo, que o governo Bolsonaro tem dados sinais de que quer fazer. Vou dar um exemplo: existe um Projeto de Lei tramitando para que o dinheiro da emenda seja fundo a fundo. O que seria isso? Que o dinheiro da emenda que vai para Socorro, por exemplo, ao invés de ir para Caixa Econômica Federal, passar mil dias, que apesar de serem profissionais competentes, não tem gente suficiente, já que o governo não faz concurso, aí você tem que ir para a Caixa aprovar sua licitação e seu projeto, enfim, não anda. Então a ideia é o quê? Ir de fundo a fundo: o Governo Federal manda e vai direto para a conta da Prefeitura de Socorro. A Prefeitura que execute e fiscalize, e depois seja fiscalizada por isso. Isso vai destravar muito, se você pegar a maioria das obras paralisadas dos municípios são obras com emendas federais, porque teve um problema burocrático, e essas obras têm que ser fiscalizadas pelo TCE (Tribunal de Conta do Estado), e não pelo TCU (Tribunal de Contas da União), porque o TCE está aqui na realidade. Você vai ao conselheiro e explica. No TCU, você é mais um. Eu acho, e olhe que escuto essa história de pacto federativo há muito anos, que estamos tendo alguns avanços e justiça seja feita, nos governos anteriores não fizeram.

Qual a sua avaliação sobre a gestão do Padre Inaldo, em Socorro?

Olhe, eu não gosto de fazer avaliação porque eu sou adversário do prefeito. Mas acho que a maior avaliação quem faz é a população. As pesquisas indicam isso. E as pesquisas dizem que a avaliação é muito ruim da administração. Acho que é uma administração que fica muito preocupada comigo. Preocupada em me criticar e em atribuir problemas a mim, e eu disse uma vez: prefeito me esqueça e vá trabalhar. Para você ter uma ideia, você nunca me viu em rádio, televisão fazendo denúncia, até mesmo porque eu não tenho direito de trabalhar contra o povo de Socorro. Fui eleito deputado federal, em outubro. Em novembro, solicitei ao prefeito de Socorro que me recebesse que eu queria ajudar. Eu sei que o município está em situação complicada. Eu iria à prefeitura. Até hoje, quase um ano, nem resposta do ofício eu tive. Ou seja, as questões políticas que o prefeito tem contra mim foram maiores que os interesses do município de Socorro. A nossa disputa é na eleição. Eu quero reafirmar que estou à disposição de Nossa Senhora do Socorro, e vou colocar emendas para ajudar a cidade. Estou à disposição do prefeito para o que ele precisar, porque não temos o direito de ser contra a cidade. Eu acho que o município passa por uma situação difícil com muitas empresas fechando e crise de emprego. Recentemente, no Atlas da Violência, o município de Socorro apareceu entre as cidades mais violentas do país, e não estou culpando o prefeito por isso... Fiz um requerimento na Comissão de Segurança Pública ao ministro Sérgio Moro, pedindo para que o Plano Nacional que ele lançou em cinco cidades venha para Socorro. Acho que a gente precisa trabalhar para devolver Socorro ao bom nível de crescimento que a cidade teve. Com shopping, com lazer, com uma série de empresas funcionando, a cidade respirava um ar de crescimento, e, na minha avaliação, deu uma paralisada.

O que está faltando para Edvaldo Nogueira assinar uma ficha de filiação ao PDT?

Ele assinar. Só para historiar um pouquinho, eu procurei Edvaldo, em dezembro no ano passado, e fiz um convite para que ele viesse para o PDT, caso ele fosse sair do PC do B, que não tinha atingido a clausura de barreira. Se não me engano, ele tem 38 anos de PC do B. Eu sei que não é uma saída fácil. Eu compreendo isso... Tem algum tempo que não conversamos sobre isso... Eu tenho procurado fortalecer o partido em Aracaju com a chapa de vereadores, e enfim, existem algumas questões que, de lá para cá, aconteceram... Mas, objetivamente, não sei se o prefeito Edvaldo Nogueira vem ou não para o PDT. Ele não me disse. Não temos conversado sobre isso. Mas, independentemente de ele vir ou não, a gente está tocando o partido. Não podemos ficar esperando eternamente para, aos 45 do segundo tempo, saber se o prefeito vem. Se ele vem beleza. Se ele não vier? Você deixou de construir o partido, e o partido não pode ficar esperado nem por ele, nem por mim, nem por ninguém, o partido é maior que todo mundo. Não tenho tratado por esse assunto com ele.

O senhor não tem certeza, hoje, se Edvaldo assinará a ficha de filiação ao PDT. Mas já teve algum dia?

Certeza, não. Até mesmo ele nunca me disse se viria. Ele gostou muito da conversa e do convite, mas quero ser justo: ele nunca me garantiu que viria. Portanto, eu não tenho direito de estar cobrando a ele, dando prazo, nem dar prazo a ninguém. O prefeito é maior e capaz, e tem o direito de definir o futuro dele. O que eu não posso, enquanto partido, é ficar aguardando ele pelo resto da vida. Então, o partido está caminhando. Se o prefeito disser que vem, ele pode encontrar uma realidade um pouco diferente daquela que era quando o convidei. Mas não me cabe ficar fazendo pressão. Cabe-me é tocar o fortalecimento do partido. Nós temos um vereador, Jason Neto, que faz parte da base do prefeito. Naturalmente, a tendência é que o partido esteja, se ele for candidato à reeleição, com ele. Mas isso não é uma coisa que esteja definida - até mesmo porque a gente não sabe qual o cenário das candidaturas que vão ser colocadas. Claro, se ele vier para o PDT, está resolvido: ele como candidato a prefeito. Não vamos discutir isso. Mas se não vier, o nosso caminho pode ser com ele e pode também não ser. Vai depender das candidaturas que forem colocadas.

O PDT pode ter um candidato a prefeito que não seja Edvaldo Nogueira?

Claro. Inclusive é uma das coisas que nós temos conversado com alguns vereadores que estão apalavrados com o partido e não podem vir agora, por causa da janela. Há uma série de outras lideranças que a gente está conversando. Nunca tratei com Edvaldo sobre cargos, secretarias e empregos. Ele nunca me ofereceu e eu nunca pedi. Nosso trato foi político. Nós tratamos quando fizemos o pedido de fortalecer o nosso partido com a Direção Nacional. Encontrei o presidente Carlos Lupi, na quarta-feira passada, e ele reafirmou que o comando das ações do partido é do estado. Portanto, e não estou falando isso para o Edvaldo, ninguém entrará no PDT por cima, porque eu conheço meu presidente. Eu só tive um partido na minha vida que foi o PDT, e sei como as coisas agem. Estamos aqui para conversar e quando o prefeito entender que é hora de tratar sobre o assunto, se ele for deixar o PC do B.

E São Cristóvão? O PDT tem um nome forte, o vice-prefeito Adilson Júnior. Já decidiu se ele é pré-candidato a prefeito, em 2020?

Eu, na verdade, deleguei a Adilson Júnior toda a coordenação da política de São Cristóvão. Nós fizemos uma aliança com o prefeito Marcos Santana (MDB). Adilson era pré-candidato a prefeito, mas nós, naquele momento, entendemos que era preciso fazer uma aliança para devolver a São Cristóvão o respeito e dignidade. Foi uma aliança vitoriosa e demos uma contribuição grande para o prefeito Marcos Santana. Ao longo dessa gestão, houve uma convivência pacífica. Mas nós não tivemos a oportunidade de participar ativamente da gestão. O partido tem alguns espaços, mas que tem pouca importância na política. Adilson está trabalhando e acho que podemos contribuir mais em São Cristóvão. Se é pré-candidato é uma questão que vai ser decidida, porque ninguém é candidato sozinho. O que eu disse a ele foi: construa com o grupo. Nós temos um agrupamento político, em São Cristóvão. Eu tive quase três mil votos lá, e o prefeito não votou em mim (para deputado federal). Votou em dois deputados federais, Fábio Reis e João Daniel. O que esse grupo decidir, nós vamos estar juntos.

Em Socorro?

Vamos ter candidato a prefeito. Já é uma questão decidida. Quem é o candidato a prefeito? Muita gente diz: Fabio Henrique vai transferir Jason, Júnior, Sílvia Fontes, mas o prazo já passou. Então, não tem nada disso. O PDT vai ter candidato próprio para prefeito em Socorro. Todas às vezes que vou a Socorro ouço esse apelo do povo, porque as pessoas sabem e conhecem. Estão preocupadas com novas aventuras e com a continuidade do que está. As pessoas sabem como a gente administra. Nós pavimentamos quase 800 ruas, as praças da juventude fomos nós que nós construímos, as creches, todas, inclusive a que o prefeito está inaugurando, as Upas (Unidades de Pronto Atendimento), todas foram iniciadas em nossa gestão. Não estou fazendo uma crítica ao prefeito, que tem mérito de ter tocado. Não tem uma obra do atual prefeito, fora os pontos de ônibus, que não tenham começado em meu mandato, e todas elas com recurso em conta. Deixei a prefeitura com o recurso, com o dinheiro assegurado. As pessoas sabem os trabalhos que fizemos em Socorro. O nome mais forte é Fábio Henrique? Acho que seria uma demagogia se eu dissesse que não. Claro que o nome mais competitivo é o meu. Se eu já decidir? Acho que não é hora. Temos lideranças e prefeito que podem participar desse pleito eleitoral.

Podemos ter uma eleição inesperada, caso o governador Belivaldo Chagas não reverta essa cassação. O PDT já analisou se participaria desse suposto pleito apresentando um candidato a governador?

Eu torço para que isso não aconteça. Eu não votei em Belivaldo, mas acho Belivaldo um homem sério e honesto. Um governador que tem procurado enfrentar as dificuldades que o Estado passa e não é fácil. A bomba iria estourar no colo que alguém, estourou no colo dele. Então, eu não torço para que Belivaldo saia no momento. Até porque eu tenho comigo uma tese: o mandato dado pelo povo somente algo muito grave para você tirar. Só sabe o que é uma eleição quem passa. Belivaldo foi eleito com mais de 300 mil votos de diferença. Então, é indiscutível a eleição de Belivaldo. Uma inauguração aqui e outra lá não alteraria o resultado da eleição, mas decisão judicial se respeita. Eu torço a favor de Belivaldo. Que ele consiga reverter essa situação, e continue exercendo o mandato que o povo lhe deu. Portando, nem trato de outra eleição, pois, acredito que Belivaldo será vitorioso e cumprirá o mandato que foi dado pelo povo. Eu não votei em Belivaldo como também não votei em Bolsonaro, mas tenho que respeitar quem votou.

Em 2022? O PDT já projeta alguma coisa?

Acho que temos que passar por 2020. 2022 é outra coisa. 2020 vamos reagrupar as forças políticas de Sergipe, para chegar em 2022, quando você vai ter uma eleição onde o governador não pode ser candidato, e somente uma vaga para senador, e temos nomes bons que devem ser colocados para deputados federais. É muito cedo para tratar de 2022 sem antes passar por 2020. Por exemplo, como vai se comportar a oposição em 2022? Vai se organizar ou continuar desunida, como foi em 2018? Quem vai liderar e quem vai ser oposição? Vai ser Alessandro, Valadares Filho, André Moura, Eduardo Amorim? Tem uma série de questões que vamos avaliar em 2020 para chegar em 2022.

Pelo Trabalho que André Moura (PSC) vem realizando no Governo do Estado do Rio de Janeiro, Sergipe perdeu um bom quadro?

Perdeu, sim. Primeiro André, na história de Sergipe, foi o cara que mais ajudou o estado. “Ele era líder do governo Temer”... Bom... As circunstâncias cada um constrói. Ninguém é líder do governo Temer por acaso. Teve capacidade. Estou vivendo Brasília, que tem 513 deputados. Para você se destacar é muito difícil. Em estado pequeno, por um partido pequeno, como foi o caso dele, teve mérito. Querer tirar o mérito de André é uma grande injustiça. No seu cargo de líder, ele ajudou muito. Tem muito prefeito que está sobrevivendo ainda graças à ajuda de André, seja na saúde, na Codevasf, nas obras... Eu estive, na semana passada, com o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), na filiação do companheiro Gleidson, lá de Socorro, que foi para o PSC, e o governador rasgou elogios a André, tanto que ele foi para o Rio para ser chefe do escritório no Rio, e hoje é chefe da Casa Civil. Ou seja, além de coordenar relação com a bancada federal, também coordena como a bancada estadual na Assembleia do Rio de Janeiro. Não se pode tirar o mérito de um cara desses. André tem demonstrado, a cada cargo que ocupa, mérito e competência, e acho que ainda poderá ajudar o povo de Sergipe. Eu reconheço o trabalho que ele fez e ainda faz, porque todo prefeito que vai lá para Brasília, se puder ele atende, mesmo sem mandato.

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