Felizmente, parece que a ficha vai caindo e os políticos genuínos vão entendendo que a crise que paira em vários estados brasileiros, inclusive em Sergipe, não será resolvida apenas apontando responsabilidades. Evidente que a sociedade, se é que já não sabe, precisa saber os nomes dos bois para se vacinar. Todavia, numa tentativa de homicídio, primeiro a polícia socorre a vítima depois, sim, trata de prender o criminoso. Neste momento, a frase de ordem precisa ser “Vamos salvar Sergipe”.

Depois que o governador Belivaldo Chagas, acertadamente, veio a público e não apenas expôs o problema como também teve a humildade sábia de pedir ajuda de todos para resolvê-lo, ideias vão surgindo.

Pra citar apenas duas, lembro que o ex-deputado federal José Carlos Machado sugeriu que o governador reúna políticos, empresários e outras cabeças pensantes em busca de soluções.

Coube ao deputado estadual Gilmar Carvalho usar a tribuna da Assembleia Legislativa para convocar demais parlamentares para compor uma comissão suprapartidária para atacar o mal de frente.

Assim como outros políticos, Gilmar e Machado se mostram preocupados em querer ajudar. Discernem que o momento não comporta apenas a crítica. Solução é o vocábulo procurado.

É óbvio que não se chegará à unanimidade. Sempre haverá quem “esqueça” que uma crise como esta atinge bem mais o sergipano – sobretudo o mais pobre – que qualquer político adversário.

Não sou otimista o bastante para acreditar que todos passarão por cima de rivalidades e picuinhas políticas em nome de Sergipe. Que abraçarão a nobre causa agora e, no momento oportuno, escolherá o palanque para o combate eleitoral. O Brasil está mudando, mas os resistentes não jogam a toalha facilmente.

O bom da história, contudo, é que os ranzinzas são minoria. Sergipe pode e, com fé em Deus, sairá da crise com ou sem a ajuda de todos. Até porque, o lado pró-Sergipe parece bem maior. Os políticos que entendem que a crise não tem cor partidária, neste momento, e que precisam retribuir a generosidade dos sergipanos são maioria.

P.S. Enquanto Sergipe afunda, viciados em puxar o saco de Bolsonaro ou de Lula trocam insultos em redes sociais. O dia inteiro. Não deveriam canalizar energia para o bom combate em prol do estado?