Foi publicado no Diário Oficial de Sergipe nesta segunda-feira (2) que as pessoas que vivem com a fibromialgia e com surdez unilateral foram reconhecidas como Pessoas com Deficiência (PcD) no estado, segundo respectivamente as leis 9.293 e 9.294 aprovadas na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese).

As leis são de autoria de Linda Brasil (PSOL)  e de  Lidiane Lucena (Republicanos), respectivamente.

Fibromialgia 

 De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SMR), a fibromialgia (FM) é uma condição que se caracteriza por dor muscular generalizada, crônica (dura mais que três meses), mas que não apresenta evidência de inflamação nos locais de dor.

Ela é acompanhada de sintomas típicos, como sono não reparador (sono que não restaura a pessoa) e cansaço. Pode haver também distúrbios do humor como ansiedade e depressão, e muitos pacientes queixam-se de alterações da concentração e de memória.

De acordo com a SMR, as causas da condição não estão totalmente esclarecidas, mas a principal hipótese é que pacientes com FM apresentam uma alteração da percepção da sensação de dor.

A Fibromialgia afeta cerca de 2,5% da população mundial, geralmente mais mulheres do que homens e aparece entre 30 a 50 anos de idade, embora existam pacientes mais jovens e mais velhos com FM.

Surdez unilateral 

Sergipe se tornou o 9º estado do Brasil a reconhecer a surdez unilateral auditiva como deficiência. 

De acordo com a organização internacional "Hear-it",  a surdez unilateral ocorre quando a audição da pessoa é reduzida ou ela não escuta em um dos ouvidos. Se a deficiência auditiva é muito grave ou profunda, ela é chamada de deficiência auditiva unilateral, sigla em inglês, SSD (single-sided deafness). 

Segundo a organização, as pessoas com deficiência auditiva unilateral têm, com frequência, problema para localizar som, ou seja,  perceber de onde  os sons vêm, e elas têm também problemas para entender a fala em ambientes ruidosos.

A surdez unilateral pode ocorrer como resultado de muitas causas, como por exemplo, hereditariedade ( como outros tipos de deficiência auditiva genética), pode ocorrer como resultado de trauma ou lesões na cabeça, neuroma acústico e, ainda, pode ser resultado de infecões bacterianas e virais