Preso integrante de quadrilha que aplicou golpes estimados em R$ 17 milhões
Mais de mil pessoas caíram em pirâmide financeira, em vários estados Cotidiano | Por Saullo Hipolito 22/08/2019 13h30 - Atualizado em 23/08/2019 07h30Trabalhando com pirâmide financeira e moedas digitais em três empresas em Aracaju, uma associação criminosa arrecadou um valor aproximado de 17 milhões de reais, segundo cálculos da Polícia Civil, de mais de mil pessoas em todo o Brasil. Durante a operação Krypton, deflagrada na última terça-feira (20), a polícia prendeu um dos membros do grupo, no bairro Santa Maria, identificado como Maurício Henrique dos Santos.
Em conjunto com outros dois envolvidos, os sergipanos Liliane Ferreira dos Santos e Devanilson Nascimento do Espírito Santo [com passagem pela polícia, por roubo], Maurício realizava palestras em hotéis de luxo , com grandes auditórios, e ofertava beneficíos aos recém cadastrados, para disfarçar o crime que vinha sendo articulado e angariar mais investidores com valores altíssimos.
"Eles são investigados pela prática de fraudes envolvendo bitcoins (criptomoedas ou moedas digitais). Prometiam rentabilidade entre 30 e 60% ao mês para o integrante, uma rentabilidade muito fora do mercado e, a partir dessa captação, eles ofereciam premiações e rentabilidade para indivíduos que trouxessem outros investidores, formando o que a gente chama de pirâmide financeira", afirmou a delegada Rosana Freitas.
As empresas Proftimon, Starforex e Torobit, todas tendo endereços fixos em Aracaju, sendo que duas delas nunca funcionaram no endereço correspondente, movimentaram o dinheiro com investidores em todo o país. Segundo a polícia, há a possibilidade de que haja investidores também de fora do Brasil.
"Nesta quinta-feira (22), durante as buscas [na casa de Maurício] foram encontradas diversas quantias tanto em moeda nacional, quanto em moeda estrangeira. Também foram encontrados extratos bancários na casa dele, no nome da sua mulher, com valores superiores a um milhão de reais. Foram apreendidos um veículo de luxo e diversos documentos relacionados às empresas", afirmou a delegada Rosana. Segundo ela, casal Devanilson e Liliane é proprietário, respectivamente, das empresas Proftimon e Starforex.Ao todo, mais de mil pessoas foram vítimas do golpe. De acordo com a polícia, elas não tinham um perfil específico, a única similaridade se dava na forma com que o grupo agia, uma espécie de pirâmide, ou seja, a captação de novos investimentos, o que sustentava o golpe.
O uso do dinheiro arrecadado pela associação servia, na maioria das vezes, para fins pessoais como viagens, em hotéis, restaurantes e veículos caros, ou utilizavam as quantias para pagar investidores iniciais e garantir a sustentação do golpe.
Os envolvidos responderão pela prática de estelionato e associação criminosa.
Prevenção
A delegada Rosana Freitas alertou ser necessário que qualquer pessoa tenha muita cautela com ofertas muito atrativas. De acordo com ela, quando é oferecido 1% ao mês, é considerado um lucro médio do mercado. Mas é comum que essas ofertas ultrapassam o lucro de 30% ao mês.
"Ninguém fica rico da noite para o dia, tão rapidamente, só com investimento. A sacada é ter cuidado com essas ofertas muito atrativas, todos partem desse pressuposto. Eles criam toda uma situação em hotéis com vídeos ilustrativos, abrem sede de empresas físicos", alerta.
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