Três perguntas para bióloga sobre o tubarão-baleia visto na costa sergipana
O animal foi encontrado em alto-mar por um grupo de pescadores, no último domingo Cotidiano | Por F5 News 20/04/2024 07h00No último domingo (14), um grupo de pescadores esportivos avistou um tubarão-baleia em águas sergipanas, em uma região entre a Praia do Sarney, em Aracaju, e a Praia da Caueira, em Itaporanga D’Ajuda.
O registro repercutiu bastante nas redes sociais e canais de notícias, já que, até o momento, não tínhamos registro dessa espécie de animal em Sergipe.
Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o tubarão baleia é considerado o maior de todos os tubarões, e pode alcançar 20 metros de comprimento. Mas, na maioria das vezes eles não ultrapassam os 12 metros. A sua alimentação é baseada em plâncton, macro algas, krill, pequenos polvos e outros invertebrados.
Para entender as circunstâncias do animal marinho ter sido flagrado em Sergipe, o Portal F5 News conversou com a bióloga da Fundação Projeto Tamar, Rebeca Oliveira, que esclareceu algumas questões sobre o assunto. Confira:
F5 News: Existe algum motivo para o animal ter vindo para as águas sergipanas?
Rebeca: É um registro raro, porém, os tubarões- baleias têm suas populações distribuídas em oceanos de clima tropical e quente. No Brasil, inclusive, pode ocorrer em praticamente todo o litoral. São animais de hábitos pelágicos, mas que preferem águas mais claras e ricas em algas para alimentação, o que pode justificar a ocorrência do seu último registro a cerca de 30 km da costa.
F5 News: Quais são as principais características desse animal marinho?
Rebeca: É um dos maiores peixes conhecidos, os exemplares dessa espécie podem alcançar 20 metros de comprimento. Aparentemente o animal do vídeo possuía cerca de 5 metros. Normalmente vivem solitários, são considerados gigantes gentis, porque não apresentam comportamentos agressivos em relação a presença de seres humanos.
F5 News: Por qual motivo existe a ameaça de extinção dessa espécie de tubarão?
Rebeca: Apesar de não possuírem predadores naturais, pelo seu porte e por estarem no topo da cadeia alimentar, é uma espécie que hoje se encontra ameaçada de extinção. A pesca predatória para consumo de carne, além da poluição, constituem as principais ameaças à sobrevivência e postergação das populações dessa espécie na natureza.