A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) confirmou e não há mais dúvidas, Sergipe estará representado nas Olímpiadas Tóquio de 2020 com a sancristovense Duda Lisboa. Ela faz dupla com a paranaense Ágatha Rippel e são destaques no esporte brasileiro em sua modalidade, o vôlei de praia feminino. Segundo as atletas, a notícia já vinha sendo comentada, mas só foi divulgada nesta quarta-feira (16) por meio das redes sociais.

Foto: Instagram/ Duda Lisboa

Essa é a primeira experiência da sergipana na principal competição esportiva do mundo, mas Duda é tida como bem experiente em competições internacionais e uma atleta capaz de não sentir a pressão em quadra.

Para ser classificada, a dupla somou na temporada dois ouros, nas etapas da República Tcheca e Japão, além de prata na Itália e bronze nas etapas da Polônia e Áustria. Ana Patrícia e Rebecca, a outra dupla selecionada, levaram o ouro nas etapas da Holanda e China, prata na etapa da República Tcheca e bronze nas etapas da Itália, Portugal, Suíça e China.

Ao todo, Duda e Ágatha têm até o momento 6.320 pontos. No ranking da Federação Internacional de Voleibol (FIVB) as atletas aparecem na quarta posição.

Definição pelas duplas

Dentro dos Jogos Olímpicos, o Brasil é o país com mais medalhas no vôlei de praia, somando três ouros, sete pratas e três bronzes. Os atletas já entram na competição como um dos favoritos, por isso, a seleção para a escolha dos quatro times é minuciosa por parte da Confederação Brasileira.

A corrida olímpica foi iniciada em fevereiro deste ano, levando em conta os pontos obtidos nas etapas quatro e cinco estrelas do Circuito Mundial, além do Campeonato Mundial, com pesos correspondentes. Os times tiveram a possibilidade de descartar as pontuações mais baixas, somando os dez melhores resultados obtidos durante a temporada.

O prazo final da corrida olímpica brasileira segue até fevereiro de 2020, mas, conforme calendário divulgado pela FIVB, haverá apenas uma etapa válida para esta disputa – o evento quatro estrelas de Chetumal, no México, em novembro deste ano. Com a vantagem obtida atualmente, os dois primeiros colocados de cada naipe não podem mais ser alcançados.

O time Alison/Álvaro encontra-se neste momento em primeiro, somando 5.600 pontos na média dos 10 melhores resultados, com Evandro/Bruno Schmidt logo atrás, anotando 5.500 pontos. No feminino, Ágatha/Duda alcançaram 6.320 pontos, enquanto Ana Patrícia/Rebecca ficaram com a segunda vaga, somando 6.150 pontos na média das 10 melhores participações.

A corrida olímpica interna das duplas brasileiras acontece em paralelo à disputa da vaga do país, que segue as regras da Federação Internacional de Voleibol (FIVB). Cada nação pode ser representada por, no máximo, duas duplas em cada naipe.

Os países possuem quatro maneiras de garantir a vaga: vencendo o Campeonato Mundial 2019; sendo finalistas do Classificatório Olímpico, que será disputado na China, também em 2019; estando entre as 15 melhores duplas do ranking olímpico internacional; vencendo uma das edições da Continental Cup (América do Norte, América do Sul, África, Ásia e Europa). O Japão, sede, tem uma dupla em cada naipe já garantida.

Atualmente, os quatro times brasileiros figuram entre os 15 melhores do ranking olímpico da FIVB. Alison/Álvaro é o terceiro colocado, e Evandro/Bruno aparece em quarto. No feminino, Ana Patrícia/Rebecca aparece em primeiro, com Ágatha/Duda em quarto. O ranking olímpico da FIVB termina em 14 de junho de 2020.