Animais de estimação podem sofrer ansiedade e depressão durante a quarentena
Veterinária explica sobre como lidar com as mudanças de comportamento dos bichinhos Blogs e Colunas | Coluna de Estimação 06/06/2020 12h03 - Atualizado em 07/06/2020 10h49O isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus trouxe reflexos não apenas para a rotina dos humanos. Os animais domésticos também têm sido afetados por esse momento e podem apresentar sintomas de ansiedade e depressão, como agressividade repentina, falta de apetite e hiperatividade.
Por conta da quarentena, os bichinhos tiveram que passar por adaptações que vão desde saídas regulares até o convívio com o tutor, que permanece mais tempo em casa.
“Falta de apetite, prostração, isolamento, perda de peso, recusa em brincar com tutores ou outros pets e agressividade repentina são apenas alguns dos sintomas de que algo não está bem. Em casos mais graves, alguns pets podem se lamber excessivamente, apresentar coceiras sem motivos e realizar automutilação em extremidades do corpo, especialmente a cauda e as patas”, explica a médica veterinária Luana Sartori.
Para que os animais de estimação não sejam tão afetados negativamente é necessário que os tutores continuem os estimulando em atividades que gastem energia. Isso pode ser feito criando circuitos dentro de casa e disponibilizando materiais para que possam brincar. A massagem também tem efeito relaxante para animais.
“Os pets que vivem em apartamento sofrem mais com o isolamento. O tutor pode montar circuitos com petiscos dentro de casa para que o cão corra, caminhe e se exercite. Se o passeio para as necessidades durava 30 minutos, monte o exercício nesse tempo também”, indica Luana.
Mas, se o tutor costuma sair com o pet mesmo na pandemia, a dica é lavar bem as patas dele antes de entrar em casa. “Jamais utilize álcool em gel para a higienização de qualquer animal. Água e sabão são eficientes e não colocam o seu melhor amigo em risco”, orienta a veterinária.
Ela ainda ressalta que colo e atenção em tempo integral podem causar problemas a longo prazo. “Precisamos ter em mente que a quarentena vai acabar um dia e tudo voltará ao normal. As pessoas vão sair para trabalhar, passear, viajar e precisam entender que cães e gatos podem sofrer com a síndrome da separação”, revela.
O segredo, completa a veterinária, é administrar bem o tempo em todas as atividades com o bichinho.
*Com Diário do Nordeste e Bem Paraná
Fernanda Araújo é formada em Comunicação Social – Jornalismo pela UNIT, pós-graduada em MBA Marketing, Assessoria e Comunicação Integrada pela FANESE. Já trabalhou como assessora de comunicação em sindicato de classe, e atualmente, é repórter no Portal F5 News. Premiada em primeiro lugar no Prêmio João Ribeiro de Divulgação Científica da Fapitec, na categoria web jornalismo, em 2018.
E-mail: fernandaaraujo.jornalismo@gmail.com
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