Saiba os sinais que podem indicar problemas de pele no seu pet | Coluna de Estimação | F5 News - Sergipe Atualizado

Saiba os sinais que podem indicar problemas de pele no seu pet
Blogs e Colunas | Coluna de Estimação 01/07/2021 15h40 - Atualizado em 06/07/2021 12h54

Se seu pet está com muita perda de pelo, se coçando e se lambendo repetidamente, a pele está com vermelhidão ou com machucados e ele não para de ficar se mordendo, fique atento, pois é sinal de que ele pode estar com problemas de pele. Normalmente os pets se limpam sozinhos, mas o excesso de lambedura, por exemplo, indica que o cachorro ou gato podem estar com problemas de pele que causam incômodos e precisam ser examinados por um profissional que vai indicar o tratamento adequado de acordo com a causa.

As coceiras no corpo e lambeduras em patas são os sinais mais comuns de problemas de pele, como afirma a médica veterinária, especialista em Dermatologia, Dra. Priscila Santa Bárbara. Segundo ela, várias outras lesões também podem ser observadas na pele, como pápulas (que são os pontinhos vermelhos), pústulas (tipo espinha), além de descamação, oleosidade, vermelhidão e hiperpigmentação (escurecimento). “Problemas nas orelhas [chamada de otite] também são tratadas por um dermatólogo”, informa.

A dermatóloga explica sobre as causas de problemas de pele. “A pele é o maior órgão do corpo, sendo assim existem muitas doenças que o acometem. Na rotina dermatológica algumas doenças são mais observadas nos atendimentos, as doenças alérgicas estão sempre em destaque. Os problemas alérgicos podem acontecer por mais de uma causa, a exemplo da DAPE (Dermatite Alérgicas a Picada de Etoparasitas: pulga, piolho, carrapato); Alergia Alimentar e a Dermatite Atópica. Cada uma com uma causa específica que precisa de investigação”.

A Dermatite Atópica ou Atopia é uma doença cutânea, crônica, que apresenta como principal sintoma o prurido (coceira) e inflamação, devido a predisposição genética a produção de IgE (inunoglobulina) a alérgenos. Segundo a médica, a rotina de casos alérgicos em seu consultório é bem grande, principalmente em cães, quase 80% dos casos que ela atende diariamente.

As raças mais propensas a ter problemas de pele são as Shih-tzu; Bulldogs; Pug; Pit Bulls; Golden; Lhasa apso. O quanto antes procurar um profissional mais fácil será para evitar. “O momento da prevenção começa logo que escolhe o pet. Se for algumas das raças predispostas, a consulta com um especialista em dermatologia é fundamental para esclarecer dúvidas e orientar sobre produtos específicos que irão auxiliar na saúde da pele e pelos”, ressalta.

O tempo frio ou de muito calor também podem influenciar para que o pet desenvolva problemas de pele. “Nas épocas mais quentes, o aparecimento de carrapato aumenta, devido ao seu ciclo de reprodução. Com isso temos mais casos de animais com DAPE. As queimaduras de coxins também são observadas”, afirma. Já nas épocas mais frias, temos alteração na umidade do ar, favorecendo o ressecamento da pele. Os cães que já tem uma predisposição a problemas dermatológicos, podem apresentar sinais em consequência desse ressecamento como descamação, coceira, entre outros, explica Priscila.

A umidade nos pelos também pode causar problemas. No momento do banho do pet, por exemplo, ou após uma recreação na praia ou na piscina, é importante secá-lo adequadamente. “O ideal é sempre secar direitinho o pet, principalmente quando estamos falando em água de piscina, que contém cloro em excesso. Tudo precisa de bom senso e equilíbrio. Por exemplo, se seu pet toma um banho de chuva por um dia e não é secado, possivelmente ele não irá ter problemas. Não pode acontecer rotineiramente. Se esse animal já tem um diagnóstico de Dermatite Atópica estabelecido, os cuidados precisam ser ainda maiores, pois, essa umidade favorece a multiplicação de microorganismos na pele, levando a uma infecção secundária. Normalmente, o animal tem que ter uma predisposição”, ressalta a especialista.

Em caso de uso de produtos de limpeza dentro de casa, a dermatóloga explica que as reações a esses produtos são individuais de cada animal e neste caso não existe uma regra que determine se o produto vai causar lesão no animal; podendo acontecer em alguns e em outros não. No entanto, o ideal é evitar o contato direto do pet com esses produtos durante a limpeza. “Deixar o pet em outro ambiente até que o produto seque completamente. E se observar alguma alteração na pele que relacione ao uso de algum desses produtos, suspender o uso e procurar um profissional”, orienta.

O tratamento de problemas de pele em cachorros e gatos varia conforme a causa, mas muitas vezes o problema é tratado com shampoos específicos, medicamentos de uso tópico, antibióticos, antifúngicos, anti-inflamatórios, imunomoduladores, suplemento vitamínico, por exemplo. No entanto, todo problema deve ser tratado por um profissional que vai examinar a pele e pelagem do pet, podendo solicitar exames para identificar as causas. Enquanto alguns problemas de pele não indicam nada grave e podem desaparecer depois de alguns dias, outras vezes é possível que seja sintoma de algo mais sério, como uma infecção. Por isso, quanto mais cedo consultar o médico especialista assim que identificar os sinais, mais rápido será possível o diagnóstico e o início do tratamento correto.

“Todo problema deve ser tratado por um profissional. A importância de identificar a causa e chegar a um diagnóstico faz toda diferença na condução do tratamento. A auto medicação não deve ser realizada! Ao notar qualquer alteração que envolva pele, pelos, unhas ou orelhas é o Dermatólogo quem vai tratar. Quanto mais demorar para procurar um especialista, maior a possibilidade de piorar o quadro e sinais. O especialista será sempre a melhor opção, pois, trabalha de forma específica e individualizada”, alerta Priscila.

Fique atento aos sinais, por isso confira a pele e os pelos do pet com frequência para verificar se há pulgas ou carrapatos ou qualquer sinal de anormalidade na pele e nos pelos, inclusive perda de apetite e desânimo do pet, se ocorrer procure um veterinário de confiança. Ter rotina de prevenção de carrapatos e pulgas tanto no corpo dos pets como no ambiente onde circulam, lavando a casinha, a caminha e toda a área frequentemente; estar em dia com a higiene do pet e com a carteira de vacinação; fazer check ups anuais do pet ao veterinário; escovar os pelos regularmente para evitar nós e remover pelos mortos também são dicas importantes. É importante também alimentá-los com ração de qualidade e balanceada assim também no caso de alimentação natural conforme orientação do médico veterinário. Lembre sempre, a auto medicação não deve ser realizada e todo e qualquer procedimento, inclusive em uso de produtos no pet, deve ser orientado pelo profissional.

 

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Fernanda Araújo é formada em Comunicação Social – Jornalismo pela UNIT, pós-graduada em MBA Marketing, Assessoria e Comunicação Integrada pela FANESE. Já trabalhou como assessora de comunicação em sindicato de classe, e atualmente, é repórter no Portal F5 News. Premiada em primeiro lugar no Prêmio João Ribeiro de Divulgação Científica da Fapitec, na categoria web jornalismo, em 2018.

E-mail: fernandaaraujo.jornalismo@gmail.com

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