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Metodologias Ágeis
Entenda o que são e o que elas podem fazer por sua empresa ou equipe de trabalho
Blogs e Colunas | Diego da Costa 05/08/2022 11h20 - Atualizado em 05/08/2022 11h22

Na edição número 148 da Revista Brasileira de Administração saiu uma matéria sobre métodos ágeis focada em projetos. A reportagem do jornalista Leon Santos fez referência ao modelo de trabalho que está mudando a cada dia. A reportagem foi muito bem recebida pela comunidade de administração e compartilho abaixo o conteúdo:

Trabalhar em equipe e obter rendimento e performance máximos são objetivos de qualquer líder e de profissionais que são membros de um setor ou departamento. Ao longo de décadas passadas, diferentes maneiras foram criadas e utilizadas, até que, em 2001, profissionais de Tecnologia da Informação (TI) lançaram o “Manifesto Ágil” que deu início ao que é conhecido hoje como “metodologias ágeis”.

Inicialmente focado na área de TI, o manifesto foi adaptado para outras áreas e é embasado em quatro pilares. São eles: 1) comunicação; 2) praticidade, 3) alinhamentos de expectativas e de entregas, e 4) adaptabilidade e flexibilidade.

Criada como um conceito de trabalho, tais métodos proporcionam vantagens como o aumento da velocidade e da qualidade nas entregas de serviços, e estimula a comunicação dentro da equipe. Proporciona, ainda, maior engajamento e interação entre os integrantes da equipe, além de mais independência, responsabilidade e produtividade.

Tipos

Entre as metodologias ágeis mais conhecidas estão o Scrum e o Kanban. De acordo com o administrador e diretor técnico do ‘Sergipe Parque Tecnológico’, Diego da Costa, o Scrum divide um projeto específico, ou mesmo tarefas contínuas, em ciclos de produção. Com tempo de execução predefinido, os colaboradores executarão suas tarefas e, ao final, apresentarão o resultado com base na premissa de gerar um ‘Mínimo Produto Viável’ (MVP).


No caso de projetos, a cada reunião de equipe é apresentada uma versão mais simples do produto, ou uma parcela do que foi desenvolvido desde o último encontro. O executor da tarefa é chamado de Product Owner (do inglês, proprietário do produto ou serviço), já o líder (chefe) é chamado de Scrum Master (mestre ou cabeça do Scrum).

Segundo Costa, metodologias como o Scrum foram criadas para dar conta das transformações, cada vez mais rápidas, ocorridas na sociedade e nas empresas. Sem a devida adaptação e divisão do projeto em partes, com tempo predeterminado, não haveria competitividade.

“A agilidade surgiu como solução para alcançar resultados em ambientes complexos, primeiro, nas questões ligadas à tecnologia da informação e depois ganhou terreno em outros tipos de negócios. O principal objetivo é entregar resultados satisfatórios, em todos os processos do projeto”, explica.
 
Desenvolvimento

Segundo o pesquisador do curso de Engenharia da Produção, da Universidade de São Carlos-SP (UFScar), professor Fábio Molina, o Scrum tem como principal foco a comunicação. Ele explica que após a formação da equipe, inicia-se a elaboração de um ‘Product Backlog’ — uma lista de atividades dinâmicas que podem ser alteradas de acordo com o desenvolvimento do projeto.

A fase de desenvolvimento, segundo Molina, é iniciada com a reunião de planejamento da Sprint. Durante esse período, a equipe de desenvolvimento realiza reuniões diárias e rápidas, chamadas de Daily Scrum (ou Scrum diário), para decidir detalhes e prioridades sobre as atividades (Sprint Backlog).

O professor esclarece que Sprint é o nome dado ao período em que a equipe de desenvolvimento trabalhará na entrega de um pacote de trabalho (parcelas), sendo este último denominado Sprint Backlog. Ao final, é realizada uma reunião de fechamento chamada Spring Review (com apresentação do produto) que resultará no incremento ou aceitação.

“O ciclo se reinicia com o planejamento de uma nova Sprint, até a finalização do projeto. Todas as reuniões, seja a de planejamento, revisão ou diária possuem um limite de tempo determinado de execução”, explica.

Kanban

Conhecido pelos ‘posts its’ (papéis adesivos) e a lousa que o caracterizam, o Kanban tem origem japonesa e “significa cartão ou sinalização” — por vezes, é aplicado em conjunto com o Scrum. Seu foco é deixar visível para todos os envolvidos da equipe qual trabalho está sendo executado, por cada membro, e em qual etapa ele está.

Segundo a sócia-diretora da ‘A&B Consultoria’ e especialista em modelos de gestão, Susanne Andrade, o Kanban também possui quatro princípios fundamentais. O primeiro deles é aproveitar tudo o que a empresa já faz, pois assim evita-se um choque brusco de cultura.

O segundo pilar consiste em promover mudanças, porém de forma gradual, e tem relação com o item anterior. Objetiva a evolução de processos, bem como experimentar novos formatos e testar novos modelos.

O terceiro passo é respeitar a estrutura atual de trabalho, os papéis e as responsabilidades de cada um dos envolvidos no processo. Tem como foco melhorar o que já está implementado.
Já o quarto é incentivar atitudes de liderança, em todos os níveis, e também a autogestão e o protagonismo. Com isso, a aplicação da metodologia potencializa o resultado por intermédio da disciplina, transparência, priorização e adaptação.

“O Kanban também promove uma transformação na equipe, com o desenvolvimento de Soft Skills como colaboração, protagonismo, autogestão e auto-organização. Além disso, promove a gestão horizontal, comunicação e um propósito compartilhado”, sentencia. 

*realizaram contribuição para o texto, além da minha pessoa, os profissionais Fábio Molina e Susanne Andrade (i.m.).

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Diego da Costa é Administrador, CRA-SE 203501, especialista em Marketing, MBA em Gerenciamento de Projetos, Líder Coach Psicopositivo, Coach ISOR, associado fundador do Rotary Club de Aracaju Nova Geração, fundador do Conselho de Jovens Empreendedores de Sergipe, Coach, Consultor e Mentor. Apaixonado por aprender e empreender.

E-mail: diegodacosta@hotmail.com

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