Deputado vê oposição fragilizada e projeta vitória governista em 2022 | Joedson Telles | F5 News - Sergipe Atualizado

Deputado vê oposição fragilizada e projeta vitória governista em 2022
Blogs e Colunas | Joedson Telles 14/03/2021 07h55

Nesta entrevista, o deputado estadual Luciano Pimentel (PSB) projeta uma vitória do nome que representará o bloco liderado pelo governador Belivaldo Chagas (PSD) na disputa pelo Governo do Estado, em 2022. Segundo o deputado, o grupo é motivado pela eficiência da gestão, possui uma base política fortíssima e excelentes nomes para a disputa. "Além disso, vejo que a oposição está fragilizada e dividida. Todos esses fatores desenham um cenário extremamente positivo para o próximo ano", afirma.

Como avalia este momento de pandemia?

Nunca imaginei que pudesse presenciar um momento tão crítico como o que estamos vivendo. O processo de mutação e propagação do coronavírus é algo assustador. Quando pensávamos que já estávamos aprendendo a conter o avanço da Covid e reduzir o número de contaminamos, tivemos conhecimento do surgimento de novas variantes do vírus. Ao que assistimos hoje são milhares de vidas sendo ceifadas, e o nosso país, infelizmente, segue batendo recorde de óbitos por dia. Esse é um cenário desolador - e nós, enquanto cidadãos, temos que assumir nossa responsabilidade e redobrar os cuidados. Agora, mais do que nunca, é essencial que cada um faça a sua parte.

O governador Belivaldo Chagas acaba de adotar medidas mais duras de enfrentamento ao coronavírus. O governo está no caminho certo?

Sim. É visível o compromisso do governador Belivaldo Chagas e o comportamento exemplar que ele está demonstrando no combate à Covid-19. Belivaldo sempre pauta suas decisões nas análises do Comitê Técnico-Científico, buscando reduzir os índices de contaminação e ampliar a infraestrutura hospitalar pública para atendimento emergencial. Além disso, desde que iniciamos o plano de retomada da economia, ele foi bastante claro, ao afirmar que o planejamento poderia sofrer alterações, com base no número de pessoas infectadas no estado e na ocupação dos leitos de UTI. Quando os casos estavam em queda, pouco a pouco observamos a reabertura de diversos setores. Assistimos a esse processo nos últimos meses. Hoje, diante de um novo quadro, é necessário e coerente reavaliar a situação e endurecer as medidas para evitar que a Covid-19 faça mais vítimas.

O senhor teme que seja preciso  Lockdown? 

Sim, mas esse não é um receio que surgiu recentemente. Logo que os primeiros casos da doença foram noticiados, iniciaram os debates sobre o lockdown e se ele realmente seria eficaz naquele momento. Então, me preocupa bastante a possibilidade de chegarmos a um ponto em que seja necessário decretar o lockdown. Felizmente, graças a um forte trabalho de conscientização realizado pelo Governo de Sergipe, os sergipanos respeitaram os decretos e nosso Estado conseguiu enfrentar o primeiro pico de casos em 2020. Após esse período, quando chegamos ao nível de estabilidade, infelizmente vimos que muitas pessoas relaxaram em relação aos cuidados preventivos e o quadro atual é um reflexo disso. Ainda assim, quero crer que, com o retorno das restrições e a população mais ciente do perigo de colapso do sistema de saúde, poderemos novamente superar esse segundo aumento de casos sem o lockdown.

Além da vida, a economia tem sido uma preocupação grande, neste momento. O que pode - e precisa - ser feito para minimizar o impacto nas empresas, lojas, empregos?

No início da pandemia, bati na tecla de que a saúde é prioridade, mas não dá para fechar os olhos para o setor econômico. Estamos em um momento de fragilidade para a maioria das empresas, que não estão conseguido retomar as suas atividade aos patamares anteriores à Covid e não possuem suporte financeiro para enfrentar um eventual lockdown sem que haja políticas públicas compensatórias, de desoneração da folha de pagamento das empresas e de crédito subsidiado, para que possam manter e ampliar o nível de emprego.

Governadores e prefeitos demonstram uma fadiga com a forma de o presidente Jair Bolsonaro lidar com o problema; em certos momentos jogando toda a responsabilidade no colo dos gestores, em outros adotando medidas que afrontam as normas sanitárias... Como o senhor avalia esta relação gestores x presidente da República?

O presidente Jair Bolsonaro assumiu um comportamento errôneo em relação à pandemia, ao agir de forma antagônica às orientações da Organização Mundial de Saúde e da comunidade científica, gerando descontentamentos explícitos. Por outro lado, é preciso reconhecer que o Governo Federal enviou recursos em abundância para estados e municípios, promoveu a abertura de créditos e autorizou a celebração de acordos de redução proporcional de jornada e de salário e também a suspensão temporária do contrato de trabalho com o pagamento dos benefícios emergenciais. Todas essas ações foram fundamentais para tornar atividades econômicas viáveis e amenizar os impactos sociais relacionados ao estado de calamidade pública e de emergência de saúde pública, originários da pandemia da Covid-19.

Qual a análise que o senhor faz do fechamento de agências do Banco do Brasil? 

O Banco do Brasil apresenta rentabilidade alta e suficiente para manutenção de suas agências, não necessitando de fechamento de unidades de menor rentabilidade, criando dificuldades aos diversos municípios onde desejam encerrar suas atividades.O Banco tem o controle acionário do Governo Federal, tem o privilégio de deter a conta única da União que é extremamente rentável e demonstra nesse momento uma total falta de compromisso social, buscando sempre rentabilizar os seus acionistas portadores de ações preferenciais.

Projetando as eleições 2022, o que esperar deste agrupamento? Qual o legado a ser defendido? 

Sem sombras de dúvidas, o agrupamento liderado pelo governador Belivaldo Chagas sairá vitorioso das eleições de 2022. É um grupo motivado pela eficiência da gestão, que possui uma base política fortíssima e excelentes nomes para a disputa. Além disso, vejo que a oposição está fragilizada e dividida. Todos esses fatores desenham um cenário extremamente positivo para o próximo ano. Quanto ao legado, Belivaldo Chagas entregará ao próximo governante um estado com suas contas organizadas e em plenas condições de promover políticas desenvolvimentistas. Isso possibilitará ao novo gestor segurança e tranquilidade para atuar fortemente na atração de novos investimentos para Sergipe, gerando mais empregos e renda para nossa gente. Inclusive, a aprovação da nova Lei do Gás, que está em tramitação na Câmara, contribuirá enormemente para esse crescimento industrial.

Então, mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia, o governo Belivaldo Chagas está destro das suas expectativas?

 

Quando Belivaldo Chagas assumiu o estado, Sergipe estava sem capacidade de investimento e com déficit previdenciário exorbitante. E esses são apenas alguns dos problemas financeiros do Governo na época. Somado a isso, temos as adversidades que surgiram com a pandemia, que gerou uma crise socioeconômica sem precedentes em todo país. Não obstante a todas as dificuldades, o governador tem enfrentado com muita maestria, austeridade e responsabilidade esses problemas e demonstrado uma enorme capacidade de gestão, levando o estado a uma eficaz gestão financeira que já apresenta resultados positivos através da realização de diversas obras estruturantes, a exemplo da reconstrução de rodovias.

Como avalia os nomes que estão sendo ventilados como possíveis pré-candidatos ao governo dentro do bloco?

Alguns nomes que têm surgido como prováveis candidatos ao executivo estadual são políticos preparados e de grande aceitação pela sociedade e classe política, entretanto acho que ainda é muito cedo para uma definição.

Pessoalmente, o que projeta para 2022? A reeleição ou um voo mais alto? Já decidiu qual será seu novo partido?

Desejo submeter o meu nome para um novo mandato de deputado estadual e não tenho, neste momento, a intenção de concorrer a outro cargo. Quanto à questão partidária, vou aguardar a liberação legal para desfiliação e, a partir daí, irei buscar uma nova legenda. Posso afirmar que tenho recebido diversos convites de dirigentes partidários para que eu ingresse em suas siglas.

 

 

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