Obras, realizações guiarão o voto para prefeito de Aracaju, avalia Heleno Silva | Joedson Telles | F5 News - Sergipe Atualizado

Obras, realizações guiarão o voto para prefeito de Aracaju, avalia Heleno Silva
Blogs e Colunas | Joedson Telles 14/09/2020 19h03

Um dos líderes do Partido Republicanos em Sergipe, o ex-deputado federal Heleno Silva define, nesta entrevista, as obras, as realizações como o foco do eleitor para decidir o voto para prefeito de Aracaju, nas eleições 2020. "É impossível o eleitor andar na avenida Hermes Fontes, ver como está e não lembrar que alguém fez. É impossível andar na Euclides Figueiredo, que era um gargalo que ninguém resolvia, passar ali milhares de carro por dia e as pessoas não lembrarem. Ele está fazendo uma clínica na região do Santa Maria. É impossível as pessoas não olharem pra isso", diz apostando no candidato Edvaldo Nogueira (PDT).

Como o Partido Republicanos chega para apoiar Edvaldo Nogueira?

Não foi difícil o partido tomar a decisão de apoiar Edvaldo porque ele tem um trabalho, tem um serviço em Aracaju de obras, infraestrutura de quase R$ 1 bilhão. Um trabalho de recuperação da cidade. O Diretório Municipal tentou aliança para uma candidatura e não conseguiu. A segunda opção foi a correta, no meu entendimento. Dentro do Diretório Estadual acompanhei, dei minha opinião, mas a decisão foi essa. O clima foi de paz, alegria, de união com Edvaldo. O partido vai fechado com Edvaldo. Eu quero parabenizar a figura de Jony (o ex-deputado federal Jony Marcos), que teve a competência de articular, conversar com candidatos sobre esse apoio a Edvaldo Nogueira.

Então, foi feita uma análise e compreendido que Edvaldo é o melhor para Aracaju?

Foi. Diante dos serviços, diante do trabalho que foi feito. Politicamente questionaram o posicionamento de Edvaldo, mas em termos de gestão ele é um gestor com a essência da palavra. O Republicanos pensou nisso e foi colocado em debate. Foi Jony que conduziu o processo. Foi ele que conversou e o resultado foi esse.

Foi o que a Nacional do Republicanos queria também?

A nacional é muito tranquila. Ela quer que o partido saia fortalecido, quer que o partido eleja o maior número de prefeitos e vereadores. No entanto, ela deixa a gente muito à vontade. O partido hoje está militando pelo viés de centro-direita. Sempre todos nós brasileiros pensamos, mas hoje o que se coloca mais em pauta é a economia liberal, o mercado livre. O partido não interfere muito nessas decisões. Ele acompanha e sempre nos dá apoio porque sabe que é para o fortalecimento do grupo aqui no estado.

Com o apoio do Republicanos Edvaldo cresce no meio evangélico?

Nós não nos achamos detentores desse voto evangélico. Nem eu e nem Jony. No entanto, temos candidatos do segmento dentro do partido. Tem os candidatos evangélicos de várias denominações. Com certeza vai pesar também. Edvaldo, na sua gestão, nunca fechou a porta para os evangélicos. Sempre esteve de portas abertas para os evangélicos. As ideologias de Edvaldo dentro da gestão não foram de esquerdas. Edvaldo fez uma gestão com muita tranquilidade. Ele tem a simpatia dos evangélicos. Dentro do nosso partido tem candidatos evangélicos como também tem cerca de sete candidatos militares. É um partido mesclado. Os candidatos evangélicos estão no Republicanos, mas é uma influência muito tranquila.

É um apoio pelo projeto ou houve de barganha por cargos?

Apoio de projeto. Jony já foi vereador com Edvaldo. A gente não quis discutir com Edvaldo ideologia de direita ou de esquerda. É Aracaju que deve ser discutida. Edvaldo teve a habilidade de, na sua gestão, ser maior do que as ideologias partidárias. Foi buscar o que interessa para o aracajuano que são obras se infraestrutura. Na convenção foi muito interessante porque ele começou a citar as obras dele e os pré-candidatos dos bairros começaram a citar outras obras que ele tinha feito. Claro que foi dito na convenção que o partido que caminha num projeto político de um administrador, automaticamente, fará parte da gestão. Isso é normal dentro do mundo republicano. Há uma expectativa e até uma certeza que numa futura gestão de Edvaldo técnicos preparados nosso irão ocupar espaço na gestão dele como forma de lógica, do grupo que caminhou e teve junto, mas não houve barganha.

Por que não foi possível construir uma candidatura própria?

Eu acho que Jony se movimentou muito bem, abriu conversas com vária pessoas, mas no final viu que todo mundo queria ser candidato. Tem gente querendo o voto de Bolsonaro. Sabemos até onde vai esse voto. Jony conversou com outros partidos e viu que todo mundo queria ser cabeça de chapa e não queria compor. Então, o melhor para dar força aos candidatos a vereador é alinhar-se a um projeto que já está na rua. Tem que ter responsabilidade com o grupo que está com você. Foi isso que o Republicanos fez.

Quantos candidatos a vereador o partido tem, em Aracaju?

36 candidatos a vereador dos mais segmentos que você pensar, inclusive os candidatos do segmento evangélico e os militares. Pessoas que acreditaram na proposta. O Republicanos é reconhecido por ser um partido unido e essa união em nível nacional chega em nível estadual e municipal. Estamos juntos agora, vamos estar juntos no futuro em outros pleitos. Essa é a nossa maneira republicana de fazer o partido. Suplentes nossos, no passado, ocuparam espaços que o partido tinha. Anderson Goes, por exemplo, ocupou espaço na diretoria. A gente tem essa credibilidade republicana de formar o partido, como a gente fez em Aracaju.

Cogitou-se Jony Marcos disputar uma vaga na Câmara de Aracaju?

Sim. Algumas pessoas sugeriam isso, mas ele disse que não iria porque tinha compromissos com outros pré-candidatos a vereador. Foi um ato correto dele. Jony fez certo. Guardou o nome dele para o futuro. 2022 vem e ele é um nome forte para ocupar qualquer espaço. Temos quadros bons dentro do nosso partido.

É certeza Heleno Silva ou Jony Marcos disputar a eleição em 2022?

Acho que os dois porque tem muito espaço. Eu tive uma experiência para o Senado muito difícil, porque não tive parceria, mas mostrei que sei trabalhar: tive quase 170 mil votos. Mas é cedo para decidir. A nacional cobra da gente o mandato de federal, porque este mandato para partido é muito importante. No entanto, temos nomes que podem ser o que topar. Deixe a gente respirar e, próximo ano, a gente começa a planejar esse em trabalho para 2022.

Como foram as convenções no interior do estado?

Maravilhosa. Estávamos em Carira, no sábado, com doutor Robson, que é um médico, e está enfrentando o sistema de 30 anos em Carira. Ele botou a cara com o slogan “Coragem pra Mudar" e está em primeiro lugar nas pesquisas. Tem uma habilidade 10. Ele candidato a prefeito e outro médico vice. Em Aquidabã temos a reeleição de doutor Mário. Outro médico que tem aprovação de 80%. Temos Jairo, em Glória, que é nosso candidato. Em Poço Redondo, temos Júnior Chagas com uma boa avaliação. Na Barra dos Coqueiros, vamos apresentar pastora Salete com vice de Gilson dos Anjos. Vai ser uma disputa boa. Temos candidatos em Japoatã, em Propriá, Santo Amaro, Japaratuba. A irmã de Sukita também é candidata conosco em Capela. Na verdade, tivemos perdas políticas em 2018. Fizemos uma aliança que do ponto de vista de resultado foi horrível para nós. Mas somos lideranças populares que perdem uma eleição, mas na outra surge por conta de um trabalho, de uma representatividade que foi importante. A liderança popular perde uma eleição, mas não morre. Nós tivemos um resultado péssimos, mas tivemos a humildade de reconhecer nossos erros e reconstruir. Reconstruímos muito forte. Temos 14 pré-candidatos a prefeito e 5 pré-candidatos a vice. Para nós que estamos sem mandato é pegada popular que a gente tem, é credibilidade que a gente tem. Tivemos com o governador Belivaldo Chagas que nos chamou novamente para fazermos parte do bloco dele. Com o trabalho que foi feito a gente consegue, nesta eleição, um grande resultado já partindo para 2022 e ainda mais.

Como avalia este discurso do novo?

Esse discurso do novo no Brasil se perdeu porque - eu ouvi essa frase em algum lugar - "não adianta ser o novo de cara se as práticas demonstradas são as mesmas ou piores". Política, pra mim, é apresentar resultado ao eleitor. Algumas pessoas perguntam: porque, há 20 anos, Heleno é o mais votado no sertão? Não é porque eu sou bonito. É porque tenho um trabalho com o povo. A história da política nova surgiu num momento que o povo estava revoltado com as malas de dinheiro da vida, com a crise, com o grande número de desemprego. O povo foi votar e quem surfou nessa onda conseguiu o mandato. Mas depois disso você vê um discurso vazio, sem praticidade na política que é o resultado na vida do povo. Cadê o resultado da tal da política nova? Eu não vi ainda. Resultado que eu digo é o prático na vida das pessoas. O presidente Jair Bolsonaro, para ter paz para governar, precisou, dentro do processo democrático, compor com os partidos (Centrão). Claro que quem está na linha de frente impõe limites. Coube a ele isso. Inclusive, no interior, o nome dele cresceu muito neste momento de pandemia, de auxílio emergencial. Já vi vários testemunhos de gente que tinha medo dele e hoje vê nele um bom trabalho. O povo quer a política de resultados. A escola melhor, a economia funcionando. Essa galera da política nova está só de conversa. Mas vamos aguardar.

Katarina Feitosa como vice contempla o Republicanos?

É um grande nome do partido do governador, do partido de um deputado federal e que tem oito ou nove vereadores. A força política do PSD cacifa eles pra isso. Tinham dois nomes bons e eles escolheram o de Katarina. É tanto que não colocamos em pauta a questão da vice. É bom uma mulher como Katarina vim para a política participar. Será mais um quadro que surgiu e com certeza vai engrandecer os nomes política de Sergipe.

Qual será o grande diferencial das eleições de Aracaju? O que o eleitor vai mirar?

As obras. As realizações. É impossível o eleitor andar na avenida Hermes Fontes, ver como está e não lembrar que alguém fez. É impossível andar na Euclides Figueiredo, que era um gargalo que ninguém resolvia, passar ali milhares de carro por dia e as pessoas não lembrarem. Ele está fazendo uma clínica na região do Santa Maria. É impossível as pessoas não olharem pra isso. Vai ser o discurso das realizações. Eu acho que esse será o tema que o povo vai ser ligar.

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