PT rompeu com Edvaldo preocupado com a eleição para governador, diz Vinícius | Joedson Telles | F5 News - Sergipe Atualizado

PT rompeu com Edvaldo preocupado com a eleição para governador, diz Vinícius
Blogs e Colunas | Joedson Telles 02/02/2020 09h59 - Atualizado em 02/02/2020 10h17

Líder do prefeito Edvaldo Nogueira na Câmara de Aracaju, o vereador Vinícius Porto (DEM) afirma que o PT rompeu com o prefeito Edvaldo Nogueira projetando a eleição para o Governo do Estado, em 2022. "O PT já enxerga que, lá na frente, poderá ter um adversário do nosso grupo, na disputa pelo Governo do Estado, e se afastou na tentativa de eleger o prefeito de Aracaju, porque é importante para a eleição de 2022. Eu não tenho dúvida alguma disso. Eu quero deixar claro que quem perde com isso são eles, porque nós estamos no caminho certo", diz Vinícius Porto, enxergando em Edvaldo um dos nomes fortes do grupo para disputar as eleições de 2022. "Edvaldo já foi prefeito, há alguns anos, já fez muitas obras em Aracaju, e, em momento algum, houve qualquer tipo de suspeição em relação à honestidade dele. Todos sabemos a forma como o prefeito age. Ele lidera seu grupo sem manchar a sua imagem. Outra questão muito positiva são as realizações que o prefeito já fez e vem fazendo na cidade de Aracaju. Mas isso é um fato para ser discutido lá na frente. Agora o prefeito só pensa na gestão de Aracaju", afirma.   

Já há uma decisão do DEM sobre a posição nas eleições de Aracaju?

Não tem nada ainda definido. Tenho conversado com Machado, com alguns integrantes do partido , mas até agora não tem nada definido.

E a pré-candidatura da delegada Georlize Teles pelo DEM? Não inviabiliza o partido apoiar uma pré-candidatura de Edvaldo Nogueira, no primeiro turno, como o senhor defende?

Não houve ainda um pré-lançamento oficial. Existe um convite a ela. Houve uma reunião, que eu não participei, para convidá-la. Ela é um bom nome, uma mulher que já fez muito por Aracaju. Mas acho que o pensamento do Democratas, neste momento, deve ser tentar voltar a crescer em Aracaju. Já tivemos um grupo forte de filiados e conseguimos até vencer as eleições municipais. Mas, hoje em dia, o Democratas, em Aracaju, está enfraquecido por uma série de questões. Para voltar a crescer, não quer dizer que, necessariamente, o partido tenha que ter candidato a prefeito. Eu acho que temos que ter uma boa composição - e eleger uma boa bancada de vereadores, reforçar o nosso grupo e o Democratas, em Aracaju, efetivamente voltar a crescer. Na eleição passada, tivemos um bom candidato a governador, que foi Mendonça Prado. Mas não conseguimos eleger nenhum deputado estadual e nem federal. Não foi bom naquele momento o resultado da eleição para o partido. Eu temo que o mesmo erro se repita nesta eleição.

Mas Edvaldo aceitaria acordo com o DEM de forma aberta?

Nada que venha do prefeito Edvaldo será escondido. Isso cabe aos dois partidos. Em nível de Nordeste, o PDT e o Democratas estão muito próximos. Nada será escondido. No momento certo, vamos intensificar as reuniões para ver a possibilidade, ou não, de isso acontecer. Eu venho conversando tanto com o partido quanto com Edvaldo sobre essa possibilidade de estarmos juntos.

Se for obrigado a escolher DEM ou Edvaldo qual será o seu caminho?

Eu fui convidado para me filiar a vários partidos. Fui convidado pelo PSD, do deputado estadual Jéferson Andrade e do deputado federal Fábio Mitidieri, fui convidado pelo Solidariedade, do deputado federal Gustinho Ribeiro, fui convidado para me filiar ao PDT e para continuar no Democratas. Esta situação está sendo discutida agora. Vamos continuar analisando essas questões porque a regra da eleição mudou. Poucos estão atentos a esta mudança. Eu, como vereador, tenho que estar conversando com os demais presidentes dos partidos, para saber como estes partidos vão se comportar nas eleições. As coligações acabaram - e o partido tem que apresentar até 36 nomes. Tenho procurado saber quem são esses 36 nomes que irão participar das eleições. Tudo isso vai fazer com que eu possa tomar minha decisão de ficar ou mudar de partido.

O senhor teria dificuldade de abandonar Edvaldo, já que é o líder dele, não?

Eu comecei a apoiar o prefeito Edvaldo nas horas difíceis, quando essas realizações que estamos vendo hoje ainda estavam de forma muito teórica lá atrás. O prefeito me disse que iria fazer essas obras, mas pouca gente acreditava que ele teria condições de trazer para Aracaju tantos investimentos. Eu fico ao lado dele durante todo esse período de sua gestão, sou convidado para ser o líder da bancada dele e, chega na hora das eleições, eu vou votar em outro candidato? Isso eu não faço. Quando eu fiz parte da bancada dele, o meu partido sabia de tudo que estava acontecendo.Foi uma atenção que o prefeito teve com o Democratas quando convidou um dos seus filiados para fazer parte da liderança dele na Câmara. Eu tenho que retribuir esse gesto do prefeito Edvaldo - e acho que o partido poderia retribuir também. Eu não ficarei contra o prefeito Edvaldo em hipótese alguma.

Como avalia as críticas da oposição? Inclusive em relação a obras que o prefeito está fazendo?

Eu já fui vereador de oposição, mas nunca deixei de reconhecer o trabalho dos prefeitos que fui opositor. Isso é muito ruim para a qualidade do serviço prestado da oposição. Você pode fazer determinadas críticas, mas tem que avaliar. A função do vereador de oposição não é apenas criticar. Isso qualquer um faz. É criticar nas horas certas, mas enaltecer a gestão nas horas certas também. Como é que estamos em Aracaju com quase R$ 1 bilhão em investimentos e nenhum vereador de oposição enaltece o trabalho do prefeito Edvaldo? Temos que ter muita responsabilidade quando assumimos determinados cargos, sendo ele da oposição ou da situação. O trabalho da oposição é o de fiscalizar, assim também como nós fiscalizamos as ações do prefeito. Mas reconhecer o trabalho do prefeito não é demérito algum por parte da oposição. Temos hoje, pela primeira vez na cidade de Aracaju, um plano de mobilidade urbana que vai mudar a cara da cidade. A avenida Hermes Fontes vai trazer modernidade. Vamos ficar espantados quando vermos aquela avenida. Como é que por parte da oposição isso não é trazido a público? Eles só fazem reclamar do que está sendo feito, dos eventos que estamos fazendo. Isso não é bom para quem está de forma neutra analisando uma questão. Tem o eleitor que tem uma torcida de um lado, outro tem uma torcida do outro, e tem o neutro: aquele que quer o crescimento da cidade sem enxergar quem é o gestor. Esse tem feito a avaliação do prefeito, que é muito positiva. Quando vamos às comunidades, as pessoas estão abraçando o prefeito, elogiando pelo fato dele ter conseguido realizações para a comunidade. Eu estou muito feliz e animado com esta gestão. O prefeito Edvaldo vem trazendo para Aracaju algo que pouca gente acreditava, mas com muito trabalho e dedicação ele está conseguindo. Todas essas obras que estamos fazendo foi quando o prefeito, na eleição anterior, visitando as comunidades, disse que, se fosse eleito, iria fazer. Tantas e tantas obras e ordens de serviço que estamos fazendo, as pessoas das comunidades falam que não acreditavam que ele iria fazer e agradecem. Não tem nada mais gratificante do que o político ouvir o obrigado da população e cumprir a promessa de campanha. Aqueles que só pensam no atraso da cidade não estão satisfeitos. O que nós queremos é o desenvolvimento da cidade e o que a oposição quer é o discurso. O discurso chega quando não existe ação, mas temos ação e trabalho. Se vê pelo semblante deles, a raiva que eles falam da nosso grupo. Eles estão insatisfeitos com o sucesso da gestão do prefeito Edvaldo.

Uma das críticas vai na linha da não revogação do aumento no IPTU herdado do governo João Alves. O seu grupo está preparado para lidar com isso na campanha?

Não tenha a menor dúvida. O prefeito Edvaldo, os quatro anos que ele passou fora da política, o fizeram muito bem. Essa gestão do prefeito Edvaldo, sem sombra de dúvidas, é a melhor de todas. Ele passou quatro anos estudando, visitando algumas cidades para trazer inovações. Esse modelo aplicado pelo prefeito Edvaldo, nesta gestão, é o melhor modelo praticado por ele em Aracaju. Com relação a este debate do IPTU, no momento certo, iremos tratar desta matéria, se formos provocados no período eleitoral.

Como avalia as críticas que o PT faz a Edvaldo?

A relação de Marcelo Déda e Edvaldo sempre foi muito boa e de muita confiança. Tanto é que o prefeito é muito grato. O PT se afastou agora da gestão porque está muito mais preocupado com 2022 do que com 2020. O PT já enxerga que, lá na frente, poderá ter um adversário do nosso grupo, na disputa pelo Governo do Estado, e se afastou na tentativa de eleger o prefeito de Aracaju, porque é importante para a eleição de 2022. Eu não tenho dúvida alguma disso. Eu quero deixar claro que quem perde com isso são eles, porque nós estamos no caminho certo. O prefeito Edvaldo é extremamente coerente. Ele assumiu um compromisso com o Partido dos Trabalhadores e vinha mantendo fielmente tudo aquilo que discutiu de forma política. O prefeito optou pelo PDT, um partido centro-esquerda, para agregar novos grupos. Isso é algo fantástico por parte do prefeito. O presidente Lula, quando quis fazer política sozinho, nunca conseguiu vencer a eleição presidencial. Quando ele abriu o leque para novas composições, ele conseguiu ser presidente da República. O prefeito Edvaldo está enxergando desta mesma forma. Precisamos atrair novos grupos e ouvir novas opiniões, nunca perdendo a essência. Mas, ele não pode deixar de ouvir novas pessoas, novos conceitos. É desta forma que ele está construindo um novo grupo político em Aracaju e em Sergipe. O PT não pensa assim e decidiu se afastar do prefeito.

O senhor quer dizer que o PT não abre mão de ter um candidato a governador, em 2022, e sentiu que Edvaldo terá um candidato e não será necessariamente do PT? É isso?

Exatamente. Essa construção deste nome para governador será discutida lá na frente com todos esses líderes políticos, mas principalmente com o governador. O PT, sem qualquer tipo de atenção ao governador e aos grupos políticos que fazem parte da base, sai do grupo que a vida toda pertenceu, pensando de forma egoísta em disputar uma eleição sozinho. O prefeito Edvaldo continua com o mesmo grupo político, continua aliado do governador Belivaldo Chagas, e, lá na frente, vamos discutir quem serão nossos candidatos a cargos majoritárias. Não estamos preocupados com isso. Neste momento, estamos preocupados com a cidade.

O senhor vê Edvaldo, hoje, como uma liderança que pode ser o nome para a disputa do Governo do Estado, lá na frente?

Não tenho dúvida. O que temos que avaliar para contratar um funcionário para uma empresa é o currículo. Temos que avaliar nossos políticos por meio do currículo também. Edvaldo já foi prefeito, há alguns anos, já fez muitas obras em Aracaju, e, em momento algum, houve qualquer tipo de suspeição em relação à honestidade dele. Todos sabemos a forma como o prefeito age. Ele lidera seu grupo sem manchar a sua imagem. Outra questão muito positiva são as realizações que o prefeito já fez e vem fazendo na cidade de Aracaju. Em todos os bairros de Aracaju, durante sua gestão, houve intervenções para melhoria. A força que o prefeito Edvaldo tem em Aracaju é vista por parte de vários irmãos sergipanos com muito orgulho. Isso faz com que o nome do prefeito não seja forte apenas em Aracaju. Mas isso é um fato para ser discutido lá na frente. Agora o prefeito só pensa na gestão de Aracaju. A política será discutida no momento certo. Agora Edvaldo é apenas prefeito. Alguns vereadores do interior já me procuraram perguntando como é Edvaldo, como ele atende as pessoas. Isso já chama atenção de vários vereadores e prefeitos do interior pensando no nome dele lá na frente.

O senhor avalia que o PT faz essa leitura e não aceita o crescimento de Edvaldo?

Sabemos da força de Edvaldo. Ele foi vereador, vice-prefeito, prefeito e agora está liderando o processo. O grande líder de Aracaju chama-se Edvaldo Nogueira. Às vezes, determinados partidos não querem ser liderados. Querem sempre ser líderes. O momento atual faz com que todos nós saibamos que o grande líder de Aracaju é Edvaldo Nogueira. Ele é um líder que houve seus aliados. A relação com o PT sempre foi próxima, sempre for cordial e de forma respeitosa. Eu já ouvi do prefeito que ele sempre tratou seus aliados de forma muito correta. Isso ele fez , faz e fará. O PT tomou esta posição muito mais de forma política e eleitoreira pensando lá na frente.

Há como construir uma aliança do grupo de Edvaldo com o PSC, leia-se, André Mora?

Receber apoio, todos nós políticos podemos receber. Não se rejeita apoio. Se determinado partido político quiser apoiar o prefeito Edvaldo, ele irá receber. Não há problema algum do partido político enxergar que para o bem da cidade o melhor é a continuidade deste trabalho. O apoio é sempre bem-vindo. Eu não vejo problema algum que o PSC apoie o prefeito Edvaldo. O PSC procurou o prefeito o parabenizando por tudo que tem feito em Aracaju e poderá o acompanhar como candidato a reeleição.

Até porque, André Moura, enquanto deputado federal, ajudou muito a gestão Edvaldo, não concorda?

André Moura está hoje trabalhando no Rio de Janeiro. É o secretário mais importante do governador. É um nome que o prefeito tem uma admiração grande pelo fato de ter trazido muitos recursos para Aracaju. Esse quase R$ 1 bilhão de obras tem uma grande participação de André Moura, enquanto líder do governo no Congresso Nacional. André tem uma participação grande no desenvolvimento de Aracaju. Ajudou e muito o prefeito Edvaldo e essa relação dos dois não é de agora. O prefeito foi pedir a André, de forma democrática, e ele aceitou o convite de ajudar Aracaju enquanto foi deputado federal.

Durante o ato de sua filiação à Democracia Cristã, o delegado Paulo Márcio, pré-candidato a prefeito de Aracaju, pregou um choque de ética na gestão da PMA. Como avalia este juízo? 

Um dos pontos mais enaltecidos em qualquer pesquisa que é feita é a ética do prefeito Edvaldo Nogueira. A oposição não tem o que falar do prefeito e começa a levantar alguns questionamentos que fazem parte das características do prefeito Edvaldo. Trabalho, ética e honestidade são os pilares do prefeito - e este são pontos que eu acho que a oposição não deveria nem mexer, porque todo cidadão aracajuana sabe quem é Edvaldo, de que forma ele age na política. Um dos pontos importantes que eu enxergo no prefeito é a ética. Quem tiver a possibilidade de conversar com o prefeito e verificar como ele faz política, verá que é com ética demasiada. O pré-candidato Paulo Márcio está começando mal a avaliação de como ele deve se posicionar com a população aracajuana. Se for desta forma, ele não irá bem na campanha eleitoral. Ele pode fazer algumas críticas porque é impossível um prefeito fazer 100% pela cidade. Lógico que existem falhas. Por isso, o prefeito é pré-candidato. Falta muita coisa a ser feita ainda em Aracaju. Mas, se o caminho for esse, o pré-candidato está fadado a uma derrota. Construímos uma nova Aracaju dialogando com a população, ouvindo a todos de forma correta, simples, mas extremamente objetiva.

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