Washington: há enorme desafio de superar o nível de descrédito dos políticos | Joedson Telles | F5 News - Sergipe Atualizado

Washington: há enorme desafio de superar o nível de descrédito dos políticos
Blogs e Colunas | Joedson Telles 08/08/2021 08h32

 

O ex-jogador Washington Coração Valente, pré-candidato ao Senado Federal por Sergipe, afirma, neste domingo, dia 8, que "há um enorme desafio de superar o nível de descrédito social na classe política". Segundo ele, é preciso reconhecer que há um déficit de políticos realmente vocacionados à satisfação do bem comum, que não almejam auferir benefícios do cargo, que não usam as instituições como trampolim para chegar ou se manter no poder. "Essa lacuna na política vem abrindo espaço para novos nomes. Isso explica a rotatividade nas últimas eleições. A esperança por dias melhores é que move cada um cidadão brasileiro", diz.

O senhor anunciou uma pré-candidatura ao Senado Federal. O que Sergipe pode esperar deste projeto político?

Pode esperar um cidadão alinhado aos anseios dos sergipanos; um representante sensível aos problemas de Sergipe e disposto a contribuir com a resolução deles. Como sempre enxerguei o cidadão como usuário dos serviços públicos, e, portanto, partícipe necessário da construção de políticas públicas, buscarei, por meio do diálogo aberto, construir pontes para atender as demandas do Estado, sem pessoalizar ou partidarizar interesses.

Qual seria o diferencial? Já definiu o partido? O que levará em conta?

Não costumo me colocar na condição de diferente. Apenas represento uma parcela de cidadãos que não consegue assistir de camarote, sem nada fazer, a Sergipe figurar em posições insatisfatórias nos índices de educação, saúde, segurança pública, saúde. É preciso profissionalizar a Administração Pública. Isso passa pela boa escolha dos representantes políticos. Apesar de segmentos da imprensa afirmarem que ser ficha limpa é uma credencial minha, tenho dito, em entrevistas, que ser um candidato ficha limpa é condição elementar para qualquer um colocar o nome à disposição do eleitorado. Quanto ao partido, irei me filiar a um partido cujos integrantes possam comungar dos ideais de uma boa política, que não deve ser pautada pela exploração de benefícios de interesses exclusivamente individuais.

O senhor já definiu um grupo político para viabilizar o projeto ou acredita não ser necessário o apoio de um bloco para o êxito de uma pré-candidatura majoritária?

Para enfrentar um pleito político é preciso buscar alianças. E é isso que tenho feito. Reconheço, contudo, que o grupo político mais forte é a “vontade do povo”. Por isso, continuamos abertos a composições com grupos que se comprometam com um projeto de verdadeira mudança. Tenho deixado claro, nas conversas, que não compactuo com o uso de instituições como meio para manutenção de projetos ilegítimos de manutenção no poder.

Com quem o senhor tem conversado? Já fechou com alguma liderança?

Tenho conversado com representantes de diversos segmentos políticos, de situação, oposição, esquerda, direita. Não sou daqueles que demoniza a política ou define com quem conversar a partir de critérios político-partidários. Converso com pessoas, independente de qual partido seja o interlocutor. Foram essas conversas, inclusive, que me impulsionaram a lançar a pré-candidatura.

É um projeto irrevogável ou o senhor pode se lançar pré-candidato a outro cargo?

Como disse, essa escolha se deu a partir de conversas com diversos representantes políticos, de segmentos empresariais, institucionais, cidadãos comuns, etc. Contudo, não se pode prever o futuro. Dito isto, a depender das circunstâncias, a gente pode concorrer a outro cargo.

Quais os principais problemas de Sergipe que poderiam ser equacionados com a ajuda do trabalho de um senador da República?

Um senador da República representa o Estado. Exatamente por isso que entendo que essa representação, em Brasília, é muito importante para a resolução dos macroproblemas do nosso Estado. Pretendo integrar comissões permanentes e temporárias que se proponham a discutir mudanças legislativas que possam impactar na resolução das demandas mais específicas do nosso Estado. Hoje, por exemplo, essas demandas estão mais relacionadas ao turismo, esporte, educação, saúde e segurança pública. Áreas sensíveis.

O senhor já foi deputado federal pelo estado do Rio Grande do Sul. Qual o balanço deste mandato? Como ajudou aquele estado?

Foi um período curto de três meses, quando assumi a vaga de Onix Lorenzoni no final de 2018. Logo que cheguei, fiz parte da Comissão do Esporte e apresentei dois Projetos de Lei. O PL 11220/2018, que incluiu a violência contra o professor como causa de aumento da pena para os crimes e contravenções penais, Já o PL 112219, que prevê a regulamentação o custeio de despesas dos pacientes em rotina de tratamento fora do domicílio – TDF - no Sistema Único de Saúde - SUS. Para além disso, fui autor de requerimento de várias audiências públicas. Entendo que ouvir especialistas é essencial à construção de saídas para problemas sistêmicos. Não há como propor soluções simplistas para demandas complexas. Precisamos atuar com base em dados, em evidências. O Brasil não suporta mais achismos, casuísmos.

Como o senhor avalia a classe política? A população tem razão quando diz que a maior parte é desonesta e não trabalha para o coletivo como deveria?

A política é um reflexo da sociedade. Em todas as instituições, públicas ou privadas, há os honestos e os desonestos. Não costumo generalizar, prefiro acreditar nas pessoas. Reconheço que há um enorme desafio de superar o nível de descrédito social na classe política. É preciso reconhecer que há um déficit de políticos realmente vocacionados à satisfação do bem comum, que não almejam auferir benefícios do cargo, que não usam as instituições como trampolim para chegar ou se manter no poder. Essa lacuna na política vem abrindo espaço para novos nomes. Isso explica a rotatividade nas últimas eleições. A esperança por dias melhores é que move cada um cidadão brasileiro.

Como o senhor avalia o governo Jair Bolsonaro?

Ninguém governa sozinho. O presidente é chefe-mor do Poder Executivo. Precisamos compreender que há autonomia do Poder Executivo, mas que também há independência entre os poderes. A convivência harmônica entre o Executivo, Legislativo e Judiciário diz muito sobre os rumos de um país. O desafio é fazer com que os distintos representantes dos poderes coloquem os interesses da nação como fim a ser alcançado.

Por ser um jogador profissional aposentado, o senhor conhece muito bem o mundo do futebol e os seus problemas. O que projeta para ajudar o futebol sergipano?

O futebol é um esporte autossustentável, diferentemente dos esportes amadores. Por isso, o êxito depende muito da capacidade administrativa dos gestores que comandam federações e clubes. Claro, o poder público precisa ajudar também. Se eu for eleito, usarei a minha imagem e boa relação para trazer recursos para clubes profissionais e amadores, além de buscar fomentar o esporte amador e estudantil.

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