Qual o melhor serviço de streaming? A decisão é sua | Levando a Série | F5 News - Sergipe Atualizado

Qual o melhor serviço de streaming? A decisão é sua
Opções são variadas, de preços a conteúdos; vale pesquisar o que se adequa a você
Blogs e Colunas | Levando a Série 05/09/2020 12h00 - Atualizado em 05/09/2020 14h36

Na abertura dessa coluna, procurei contextualizar a diferença abissal entre as opções televisivas do passado e as abertas pelo advento do streaming. Talvez você não conheça o nome dessa tecnologia, mas provavelmente já usufruiu dela. Resumindo a explicação, streaming é a transmissão instantânea de dados de áudio e vídeo através de redes, de modo a viabilizar que o interessado tenha acesso rápido a conteúdos online sem precisar baixá-los – de filmes e séries à música, entre outros.

A mais expressiva representante da tecnologia em termos de vídeo é a Netflix, que nascida em 1998 na Califórnia, como um serviço que enviava filmes alugados em DVD para a casa dos clientes. Em 2007, a empresa dá o pulo do gato e inicia o serviço de transmissão online. Hoje na liderança mundial como streaming, contando com aproximadamente 190 milhões de assinantes, a Netflix chegou ao Brasil em 2011, no bojo de sua expansão para a América Latina. Para felicidade dos profissionais da indústria do entretenimento, não se limitou a distribuir conteúdos de terceiros e passou a investir maciçamente em produções próprias, bancando projetos de parceiros em vários países. Só em 2019 foram mais de US$ 12 bilhões de dólares aplicados nessa estratégia, abrindo perspectivas de trabalho a novos, atuantes ou esquecidos talentos, de atores e atrizes a roteiristas e diretores(as). E ainda tem uma legião de dubladores que se beneficiou desse crescente novo mercado.

A primeira série original brasileira na Netflix foi lançada em 2016: “3%”. Já com três temporadas de sucesso – a quarta estreou recentemente -, estimulou a líder do streaming a apostar em outras produções “made in Brazil”, assunto a ser enfocado posteriormente.  A assinatura da Netflix custa de R$ 21,90 a R$ 45,90, a depender do número de telas que se pretende acessar simultaneamente. O preço mais barato permite apenas uma; o mais caro, quatro.  Nesse último caso, você pode liberar o seu login e senha para quem quiser, em qualquer lugar do país, desde que não seja ultrapassado o limite de quatro usos do serviço ao mesmo tempo.   

Em setembro do ano passado, a Netflix se viu por aqui confrontando um gigante na concorrência. Chegava ao Brasil o Amazon Prime, com o maior leque de benefícios em seus 14 anos de história, ao longo dos quais arregimentou assinantes em mais de 200 países, num pacote cujo carro-chefe é o Prime Vídeo – seu serviço de streaming. Por módicos R$ 9,90 mensais, os brasileiros têm à disposição outro vasto universo de entretenimento.  Além de séries, filmes e documentários que disponibiliza, a Amazon também investe em produções próprias, movimento que, somado ao da Netflix, talvez garanta a sobrevivência de parte da indústria do setor, especialmente prejudicada pela pandemia da covid-19. 

Aqui eu vou abrir parênteses para comentar o quão incrível foi o último episódio da sétima temporada de Black List (Lista Negra), disponível na Netflix. Depois falo sobre a série, que aprecio imensamente, porque o cerne da questão aqui foi a soma de criatividade e ousadia usada pelos produtores para concluir sua tarefa, diante da pandemia. Muitas cenas já tinham sido gravadas e esse processo não se dá na ordem cronológica da narrativa. Não havia como suprir as lacunas, tendo em vista a necessidade de isolamento social. Em um momento desse último episódio, a ficção é interrompida e ocorre essa explicação. Em seguida, o público confere a resolução do problema: os atores e atrizes dublando seus respectivos personagens, que continuam a atuar em desenho animado. Ficou simplesmente genial, atestando que, quando vontade e inteligência se unem, em quase tudo se pode dar um jeito. 

De volta ao streaming, maior representante nacional, a Globoplay também oferece um conteúdo bastante variado, com a vantagem de disponibilizar um universo de produções da TV Globo, como novelas e minisséries que marcaram época. Confesso que embarquei direto foi em um programa de humor – o “Tá no ar”, uma sátira ao próprio mercado televisivo, sob a batuta afiada da impagável dupla Marcelo Adnet e Marcius Melhem. O último episódio foi transmitido em abril de 2019, mas, se você for bem informado, vai perceber que todas as seis temporadas se mantém atualizadas. Não se trata exatamente de uma boa notícia, mas sim de um grandioso desafio, já que o foco de muitos quadros é extrair humor de algo trágico - a corrupção na política brasileira.

A assinatura mensal da Globoplay custa R$ 22,90 e garante também acesso ao extenso acervo jornalístico da emissora e a realities shows, como o Big Brother Brasil – seguramente um atrativo da plataforma. 

Quanto à pergunta do título, não me proponho a respondê-la. Assino os três que cito aqui: Netflix, há anos; Amazon Prime, há alguns meses, e Globoplay, há poucas semanas. Para quem, como eu, encontrou no streaming muita diversão e conhecimento – fora o conforto de assistir à cada escolha no próprio ritmo –, acredito que vale a pena fazer uma criteriosa pesquisa e descobrir que conteúdos melhor se associam a seus particulares entendimentos, valores, gostos e recursos. Feito esse preâmbulo, a meu ver necessário, na próxima coluna passo a cumprir aquilo que realmente me moveu a ocupar este espaço: indicar séries. São muitas, espero que vocês se divirtam!

PS – Já tinha escrito o texto acima, mas faço esse adendo porque, no dia 31 passado, morreu aos 81 anos o ator Pietro Mário, citado na estreia dessa coluna, num registro de seu papel como o Capitão Furacão, de 1965 e 1970. Lendo as notícias sobre sua trajetória, descobri que, depois desse marco na minha infância, ele teve sólida e extensa carreira também como dublador – emprestou sua voz, por exemplo, ao Mestre Yoda, da saga Star Wars.

Descanse em paz, Capitão Furacão, você divertiu muita gente – eu, com certeza. 


 

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