Após três anos em queda, Carnaval vai gerar lucro em 2019 | Marcio Rocha | F5 News - Sergipe Atualizado

Após três anos em queda, Carnaval vai gerar lucro em 2019
Blogs e Colunas | Marcio Rocha 23/02/2019 06h00

 

 

A principal festa dos brasileiros voltará a ser um bom momento para os comerciantes do País poderem lucrar. De acordo com pesquisa da Confederação Nacional do Comércio, após três anos em queda, o Carnaval deve injetar mais de R$ 6,2 bilhões na economia. Desse valor, afirma o estudo da Confederação, R$ 3,6 bilhões devem vir dos segmentos de alimentação, como bares e restaurantes, enquanto transporte irá girar cerca de R$ 1 bilhão e os serviços de alojamentos em hotéis e pousadas, R$ 705,6 milhões. Os foliões que adquiriram pacotes em agências devem gastar mais R$ 173,8 milhões. 

 

Famílias de classe baixa sofrem com inflação

A inflação de janeiro afetou duramente as famílias das classes mais baixas. De acordo com o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, o impacto nestas famílias foi de 0,41% ante 0,25% nas mais ricas. Segundo o Ipea, isso ocorreu porque os preços dos alimentos subiram 0,30%. Além disso, houve o crescimento 0,09% no valor dos transportes devido aos reajustes das tarifas de ônibus urbanos, trens e metrôs. Em contrapartida, o preço do combustível caiu 2,1%, beneficiando as classes mais altas, que em grande maioria se locomove por meio de veículos particulares.

 

Relações comerciais entre Brasil e Itália

O Brasil e a Itália têm longa tradição de relacionamento, com intenso diálogo político, intercâmbio de visões sobre temas da agenda internacional e ampla proximidade social, cultural e econômica. Como se trata de um país em que o governo pretende estreitar ainda mais os laços, o deputado federal Laércio Oliveira foi eleito membro da diretoria do Grupo de Trabalho Brasil – Itália na Câmara dos Deputados. De acordo com Laércio, o Brasil é considerado mercado prioritário para a internacionalização das empresas italianas. “Em senso realizado pela Embaixada da Itália no Brasil, estima-se em mais de 1.200 o número de empresas italianas operando no país. Diante desse possível aumento das relações comerciais, resolvi fazer parte do grupo de trabalho que vai atuar em diversas áreas como migração, cultura, mas o meu foco dentro do grupo será o comercial, envolvendo geração de empregos para os brasileiros”, disse. O Brasil vendeu US$ 3,56 bilhões em mercadorias para a nação europeia em 2017. Entre os itens mais exportados estão pastas de madeira ou de outras matérias fibrosas celulósicas (US$ 588,5 milhões), café, chá e especiarias (US$ 496,5 milhões), peles (US$ 342,4 milhões) e ferro e aço (US$ 334,7 milhões).

 

 

Venezuela, Moçambique e Cuba dão calote no Tesouro Nacional

Informação publicada pelo UOL revela que calotes dados por empresas e governos estrangeiros somaram um rombo de R$ 1,38 bilhão no Tesouro Nacional entre 2017 e 2018. O valor foi obtido a partir dos repasses feitos pelo Fundo Garantidor de Exportações a bancos brasileiros, que funciona como um seguro para financiar exportações de empresas brasileiras depois que os importadores deixaram de pagar as parcelas de empréstimos. Venezuela, Moçambique e Cuba lideram o ranking, com calotes de R$ 1,2 bilhão, R$ 102 milhões e R$ 22,5 milhões, respectivamente. O fundo, que é gerido pelo BNDES, somava R$ 35 bilhões em ativos até dezembro de 2018.

 

Economia brasileira cresceu pouco em 2018

De acordo com dados da Fundação Getúlio Vargas, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,1% em 2018, a mesma taxa de expansão apresentada em 2017. O fraco crescimento obrigou economistas e instituições a revisarem, para baixo, todas suas projeções para o PIB em 2019. Se antes esperavam alta de 3%, a expectativa otimista de agora é que alcance no máximo 1,5%, confirmado três anos de PIB brasileiro praticamente estagnado. O avanço em 2018 foi puxado pelos serviços, que se expandiram em 1,3% ao longo do ano. Dentro dos serviços, os setores que mais se destacaram foram os imobiliários (3,1%), comércio (2,1%) e transportes (2%). Da mesma forma, ainda que mais timidamente, o crescimento também foi percebido no setor agropecuário (0,6%) e industrial (0,4%), com destaque para altas na eletricidade (1,4%) e transformação (1,3%).

 

Retomada do varejo deve levar dois anos

O comércio varejista ainda tem um longo caminho até recuperar as perdas acumuladas no período de crise do setor, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio. Embora as vendas tenham crescido 2,3% em 2018, conforme apurado pela Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE, o varejo só retorna ao patamar máximo de vendas – alcançado em outubro de 2014 – em fevereiro de 2020. O cálculo da CNC leva em consideração um crescimento mensal equivalente à média dos últimos 15 anos, que no caso do varejo restrito foi de 0,36% ao mês. A situação é mais complicada para o varejo ampliado, que inclui os segmentos de veículos e material de construção. As vendas só voltam ao pico atingido em agosto de 2012 daqui a mais de dois anos: em maio de 2021. A projeção considera o crescimento médio mensal de 0,37% obtido pelo varejo ampliado nos últimos 15 anos. Nos dois casos, a melhora será puxada pelos segmentos que vendem bens essenciais, como supermercados e farmácias. 

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Marcio Rocha é jornalista formado pela UNIT, radialista formado pela UFS e economista formado pela Estácio, especialista em jornalismo econômico e empresarial, especialista em Empreendedorismo pela Universitat de Barcelona, MBA em Assessoria Executiva pela Uninter, com experiência de 23 anos na comunicação sergipana, em rádio, impresso, televisão, online e assessoria de imprensa.

E-mail: jornalistamarciorocha@live.com

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