Fatores para acreditar que o Brasil está melhorando | Marcio Rocha | F5 News - Sergipe Atualizado

Fatores para acreditar que o Brasil está melhorando
Blogs e Colunas | Marcio Rocha 11/01/2020 08h36

O ano passado foi marcado por uma grande turbulência na área política, que já vinha afetada desde a saída da ex-presidente Dilma Roussef, passando por Michel Temer e chegando na eleição de Jair Bolsonaro. Turbulência essa que veio no rastro de um desastre na economia, com baixo crescimento, elevação do desemprego, queda na renda da população e fuga de capitais do país. O Brasil viveu tempos difíceis desde meados de 2014 até o final de 2018, no tocante às questões econômicas. Tempos difíceis não, catastróficos mesmo. Entretanto em 2019, no meio do céu acinzentado começaram a clarear alguns pontos os quais indicam melhoria de forma gradativa, mesmo que pequena.

Inflação

O Brasil conseguiu fechar o ano com baixa inflação, isso é um dos fatores que ajudam no processo da retomada do crescimento e desenvolvimento econômicos. Em abril, o indicador para o IPCA apontava que teríamos 4,94% de elevação. Uma notícia nada boa à época. Entretanto, o comportamento do mercado foi se adequando, de acordo com os investimentos realizados no país e as medidas tomadas pela equipe econômica do governo Bolsonaro, que se mostraram acertadas e eficientes. O índice mínimo estabelecido era de 2,75%, mas fechou o ano, segundo o último dado do IBGE, em 4,31%. O indicador poderia até ser menor, mas no final do ano, a elevação súbita de 32% no preço das carnes levou ao número apresentado.

Emprego

Em 2019, o Brasil chegou a ter uma taxa de 12,7% de desempregados, segundo informações do IBGE, no mês de março. Esse indicador já mostrava que a situação chegou ao seu limite, pois estava em processo crescente. Vários setores da economia empregavam, mas outros elevaram suas baixas e isso atrapalhou o processo econômico. Contudo, de abril em diante, a taxa de desempregados começou a cair e no final do ano, encerrou com 11,6%. O que indica que o estoque de trabalhadores empregados com carteira assinada cresceu. Segundo informações, cerca de um milhão de novos empregos foram criados no país. Esse dado deverá ser confirmado pelo CAGED nos próximos dias. Esse número poderia até ser maior, se as pessoas que trabalham no mercado informal regularizassem seus negócios, através de mecanismos como a formalização do Microempreendedor Individual (MEI), que garante aos trabalhadores e empregados desses negócios, todos os direitos trabalhistas.

Taxa de juros

Com a baixa inflação, o Brasil abriu oportunidade para um fator determinante na retomada do crescimento da economia. O custo do dinheiro para investimentos ficou menor, devido às reduções sucessivas da taxa Selic. O que começou em 6,5% anuais, encerrou em 4,5%. Essa taxa é quem determina como funciona a política econômica do país. Inflação alta, juros mais caros, baixa, juros reduzidos. O crédito mais barato fortalece os investimentos nas empresas e a consequente geração de novos empregos, o que influi diretamente no consumo. Com maior consumo, mais vendas no comércio e mais empregos são gerados, por conta da elevação de demanda da produção e comercialização. Ou seja, todos os setores da economia crescem por meio desse fator.

Bolsa de Valores

A redução da taxa de juros promove o investimento nas empresas, isso é ótimo pois faz toda a economia crescer. Entretanto, o mercado investimentos em fundos de baixo risco, como a poupança sofre muito. A taxa de juros Selic em 4,5% está dentro do limitador que foi criado para a poupança, que hoje rende apenas 0,70% da Selic, então dá 3,15% anuais. Com a inflação em 4,31, perde-se 1,15% no decorrer de um ano. Então quem colocou dinheiro na poupança, está com ele valendo menos que no ano passado, pois a monta bruta perdeu poder de compra. Qual o caminho contrário para isso? Investimentos diferenciados, como Bolsa de Valores, que apontou os maiores índices de crescimento da história. O mercado de ações tem sido beneficiado por recordes sucessivos de investimentos e retorno financeiro dos papéis em negociação. O melhor investimento para a pessoa que não tem medo de arriscar é a bolsa. Existem casos de papéis que pagaram mais de 230% em um ano. Ou seja, se a pessoa tinha R$ 1.000 em janeiro em determinada empresa, saiu com R$ 3.300 em dezembro. Esses investimentos são acessíveis a qualquer pessoa e com qualquer valor, o que levou mais capital para o mercado, estimulando o crescimento.

 

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Marcio Rocha é jornalista formado pela UNIT, radialista formado pela UFS e economista formado pela Estácio, especialista em jornalismo econômico e empresarial, especialista em Empreendedorismo pela Universitat de Barcelona, MBA em Assessoria Executiva pela Uninter, com experiência de 23 anos na comunicação sergipana, em rádio, impresso, televisão, online e assessoria de imprensa.

E-mail: jornalistamarciorocha@live.com

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