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Volta às aulas e doenças respiratórias: como proteger as crianças neste período?
Os resfriados e gripes costumam causar febre, coriza e tosse leve a moderada
Blogs e Colunas | Saúde em Dia 17/02/2025  15h33 - Atualizado em 17/02/2025  15h44

O início do ano letivo traz não apenas a expectativa de um novo ciclo escolar, mas também a preocupação com o aumento dos casos de doenças respiratórias entre as crianças. O ambiente escolar favorece a disseminação de vírus e bactérias, tornando as infecções respiratórias mais comuns nesta época.
 
Segundo o médico pneumologista Dr. George Amado, gripes e resfriados, causados por vírus como o influenza e o rinovírus, são os problemas mais frequentes. No entanto, há também o risco de doenças mais graves, como bronquiolite (em crianças menores de dois anos), sinusite, faringite e até pneumonia. Crianças com asma ou rinite podem ter piora dos sintomas devido à exposição a gatilhos alérgicos e infecções.

Sinais de alerta e quando procurar ajuda médica
 
Os resfriados e gripes costumam causar febre, coriza e tosse leve a moderada. No entanto, o Dr. George alerta para sinais de doenças mais graves, como:
         •        Febre alta persistente;
         •        Tosse intensa, geralmente com secreção;
         •        Dificuldade para respirar (respiração acelerada ou chiado no peito);
         •        Dor no peito;
         •        Prostração (cansaço extremo e falta de disposição).
 
“Se a criança apresentar esses sintomas, é essencial procurar atendimento médico”, orienta o pneumologista.
 
Medidas de prevenção nas escolas e em casa
 
O especialista reforça que algumas medidas são fundamentais para reduzir o risco de transmissão nas escolas:
         •        Uso de máscara: indicado para crianças com sintomas respiratórios ou imunossuprimidas. Em períodos de surtos de viroses respiratórias, pode ser uma estratégia útil para evitar a disseminação dentro das salas de aula.
         •        Ventilação adequada: manter portas e janelas abertas para a circulação de ar.
         •        Higienização das mãos e superfícies: lavar as mãos regularmente e limpar mesas e cadeiras com frequência.
         •        Etiqueta respiratória: cobrir a boca ao tossir ou espirrar.
         •        Evitar frequentar a escola doente: crianças com febre, tosse intensa ou sintomas gripais devem permanecer em casa para evitar o contágio.
 
O ar-condicionado também requer atenção especial. Se não for bem higienizado, pode acumular ácaros, fungos e vírus, piorando sintomas respiratórios. “É importante manter os filtros limpos e a temperatura em torno de 24ºC, além de garantir ventilação natural sempre que possível”, explica Dr. George.


Como fortalecer a imunidade das crianças?
 
Os pais podem adotar hábitos que ajudam a fortalecer o sistema imunológico dos filhos. Entre as principais recomendações do especialista estão:
         •        Alimentação equilibrada e saudável: rica em vitaminas e minerais essenciais.
         •        Hidratação adequada: consumir bastante água ao longo do dia.
         •        Sono de qualidade: crianças precisam de horas de descanso suficientes para manter a imunidade alta.
         •        Atividade física regular e exposição moderada ao sol: fundamentais para a produção de vitamina D, que auxilia no fortalecimento do sistema imunológico.
         •        Vacinação em dia: as vacinas contra gripe, COVID-19 e pneumonia reduzem significativamente o risco de infecções respiratórias graves, protegendo não só as crianças, mas também seus colegas, professores e familiares.
 
Crianças com doenças respiratórias crônicas precisam de atenção especial
 
Crianças que possuem asma ou rinite devem estar com o tratamento de manutenção em dia e sempre em acompanhamento com um pneumologista. Além disso, é importante que tenham um protocolo de crise definido pelo médico, e que professores e funcionários da escola saibam identificar sinais de piora.
 
“Ter inaladores (bombinhas) disponíveis na escola e garantir que os profissionais saibam como agir em uma crise pode evitar complicações”, alerta o especialista.
 
Com cuidados adequados, é possível reduzir o impacto das doenças respiratórias na rotina escolar e garantir um ano letivo mais saudável para as crianças.

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André Carvalho é jornalista há mais de 20 anos. Formado pela Universidade Tiradentes (Unit), possui especialização em Marketing pela Faculdade de Negócios de Sergipe (Fanese). Foi apresentador de programa de rádio e televisão, e atuou como assessor de comunicação de vários órgãos públicos e secretarias municipais e estaduais. Atualmente, é editor do Caderno Saúde em Dia.

E-mail: jornalistaandrecarvalho@gmail.com

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