A Academia Nacional de Medicina (ANM) faz um alerta à população sobre o perigo do uso indiscriminado das novas drogas para emagrecimento. O Brasil é o campeão de vendas de medicamentos como ozempic e monjauro, conhecidas como “canetas emagrecedoras”, e os organismos internacionais de medicina já estão de olho e preocupados com o fato. 

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Parte das pessoas que utilizam essas “canetas”, solicitam aos médicos porque não querem fazer dieta, nem ir para academias de ginástica vão atrás da facilidade e estão usando medicamentos sem evidências de uso e segurança para casos que envolvem tratamentos estéticos.

Segundo a ANM, o número de pessoas que chegam aos consultórios médicos, apenas para conseguir uma receita médica para as drogas, aumentou. O problema é que alguns médicos estão receitando esses medicamentos para quem quiser, principalmente para pessoas com um poder aquisitivo maior, por se tratar de um medicamento caro.

A presidente do ANM e referência de pesquisa clínica, a doutora Eliete Bouskela, reforça o alerta para o uso estético das “canetas emagrecedoras”. “A caneta está sendo mal usada por pessoas que querem caber no vestido de casamento, de madrinha, então usam e depois deixam de usar, e isso não é bom. O uso dessas canetas deve ser discutido com os médicos, porque quando as pessoas param de usar, o peso anterior volta e pode voltar ainda maior”

A recomendação é que essas canetas devem ser usadas em pessoas que tem obesidade, porque a obesidade é uma doença crônica. O Brasil convive com 60% de pessoas com sobrepeso e 30% são obesos. O custo de sobrepeso e obesidade para o Sistema Único de Saúde (SUS) é alto, por isso, a cirurgia bariátrica deve ser incentivada, é um procedimento mais eficiente a médio e longo prazo do que qualquer medicamento.

“A medicação oferece um tratamento contra obesidade e dependo de qual você use, seja ozempic ou monjuaro você pode perder até 40% do peso que você deseja perder. O resultado pode ser melhor, se você atrelar um exercício físico com a medicação, porque caso contrário a pessoa corre o risco de perder massa magra”, complementou a doutora Eliete Bouskela.