Por Eliene Andrade

Ainda em greve, bancários e carteiros unificam protestos

Ainda em greve, funcionários dos Correios e bancários realizam um manifesto em conjunto na próxima terça-feira (4). O ato tem como objetivo mostrar à população a importância dos serviços para a sociedade. Na ocasião, as categorias vão se reunir e discutirão juntos os rumos das negociações que estão em curso. O local e hora do ato serão decididos em uma reunião que deve ocorrer ainda hoje entre os representantes sindicais das duas categoriais.

A informação é do presidente do sindicato, José Souza. Segundo ele, a greve deve continuar, pois não houve avanços nas negociações. “A greve continua e agora vamos nos unir com os funcionários dos Correios para realizarmos um ato na próxima terça-feira”, garante.

Correios

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa Brasileira Correios e Telégrafos (SINTECT), Sérgio Lima, confirmou que haverá o manifesto conjunto. Ressaltou ainda, a necessidade de a população aderir à mobilização. “Vamos nos reunir e decidir como será o ato. O objetivo será mostrar a necessidade dos trabalhadores para que a população se una às nossas mobilizações, pois são empresas importantes, lucrativas e assim devem ser mantidas para o bem da população”, disse Lima.

Sobre a pauta de reivindicação, Lima explicou que pelos cálculos do Dieese, o aumento do salário devia ser de R$ 400, mas a empresa teria negado. Segundo ele, uma contra proposta foi apresentada e que também foi negada. “A empresa não quer discutir. Nós baixamos o aumento para R$ 200 e ela ignorou a contra proposta”, disse Lima, ao lembrar que a categoria reivindica ainda por segurança nas agências e contratação de mais 30 mil funcionários para as agências de todo o país.

Greves

A greve dos bancários foi decretada, nacionalmente, na última segunda-feira (27). A Federação Nacional dos Bancos ofereceu uma proposta de reajuste de 8%, corrigindo salários, pisos, benefícios e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) a partir de 1º de setembro de 2011.

O acordo garantiria uma correção acima da inflação pelo oitavo ano consecutivo. Já a dos Correios teve início no dia 13 deste mês. Na pauta de reivindicação, o sindicato critica a aprovação de medidas que alteram o estatuto da empresa, onde segundo eles, haveria a privatização da instituição, além de avaliação de acordo coletivo de trabalho.