Ato pró-democracia tem confronto com a Polícia Militar em São Paulo
Movimento na Paulista foi organizado por torcidas de Corinthians e Palmeiras Cotidiano | Por Saullo Hipolito 31/05/2020 14h50 - Atualizado em 31/05/2020 15h23Gritando a palavra ‘democracia’, o movimento com centenas de pessoas vestidas de preto tomou a avenida e bloqueou a via no sentido Consolação. Ainda durante o início da tarde, a segurança da Polícia Militar era reforçada no local. De acordo com a Secretaria de de Segurança Pública de São Paulo, mais de 200 policiais militares estão na avenida e imediações. O fato foi divulgado a todo momento no twitter.
Cerca de 600 manifestantes antifascistas fecham nesse momento a Av. Paulista para se contrapor à manifestação da extrema-direita. Com @paviojor pic.twitter.com/pQD4EzGNmS
— Pedro Ribeiro (@draomcqueen) May 31, 2020
Mas, em poucas horas, o que acontecia de forma pacífica mudou. Apoiadores do governo se dirigiram ao local e ficaram próximos à estação Trianon Masp. Por volta das 13h30, uma confusão entre dois manifestantes de lados opostos - ainda sem motivação esclarecida - ao lado da estação na avenida onde estão os manifestantes bolsonaristas, acalorou os ânimos e brigas foram iniciadas. A PM soltou pelo menos quatro bombas de efeito moral e sprays de pimenta para separar a confusão.
Até o momento, algumas pessoas foram presas, não se sabe ao certo a quantidade delas e outras ficaram feridas, entre eles um fotógrafo da agência EFE.
A Polícia Militar segue no local disparando bombas em direção do grupo que se coloca como a favor da democracia. Os manifestantes pró-governo estão controlados do outro lado da avenida. Vale registrar que nenhum dos dois lados seguiu as recomendações de não criar aglomerações para deter a proliferação do Novo Coronavírus.
Outras cidades
O chamado movimento pró-democracia se estendeu para outras cidades. No Rio de Janeiro, a torcida do Flamengo lidera as ações. Em Minas Gerais, a torcida organizada do Atlético Mineiro saiu às ruas com faixas e palavras de ordem em prol das instituições democráticas. Não há registro de conflitos com a polícia nessas cidades.