Audiência de instrução da morte do empresário Gefferson ouve testemunhas
Foi refutada no processo a informação de que a vítima portava uma arma de fogo Cotidiano | Por Laís de Melo 20/10/2021 14h28Aconteceu nesta terça-feira (19) a primeira audiência de instrução do caso do empresário Gefferson Moura, morto durante uma abordagem da Polícia Civil de Sergipe na cidade de Santa Luzia, na Paraíba, em março deste ano. Foram ouvidas as testemunhas de acusação e de defesa.
Em entrevista à TV Arapuan, da Paraíba, o advogado Luís Pereira, que participou da audiência como assistente de acusação, relatou que um dos policiais civis da Paraíba, que deu apoio durante a ocorrência no dia do fato, foi incisivo no depoimento ao esclarecer que o delegado da Polícia Civil de Sergipe disparou contra Gefferson, e ainda acrescentou que ele agiu de forma livre e consciente.
“Se ele confundiu ou não as pessoas, isso será esclarecido durante a instrução. Mas ficou claro que ele agiu de vontade livre e consciente ao atirar contra Gefferson”, disse o advogado.
Durante a audiência, foi refutada a informação de que a vítima portava uma arma de fogo. “Ficou claro que eles plantaram essa arma no cenário do crime, além de modificarem a cena. Eles retiraram o carro do local, a vítima, que foi morta fatalmente no local do crime, plantaram uma arma, e ainda levaram o carro da cidade de Santa Luzia até a delegacia de Homicídios. Todo esse cenário incide em mais um crime, o de fraude processual”, aponta o advogado.
Ainda conforme Luís Pereira, uma nova audiência de instrução será agendada para ouvir o restante das testemunhas e realizar o interrogatório com os réus, que são três: um delegado, um agente da Polícia Civil, e um agente da Polícia Militar, todos de Sergipe. O advogado acrescenta ainda que os acusados estão construindo uma tese de que agiram por legítima defesa.
“Muitas contradições e inconsistências foram apuradas hoje, e agora aguardamos que os réus sejam julgados pelo Tribunal de Júri”, disse o advogado.
A audiência aconteceu de maneira virtual. Os policiais sergipanos cumprem prisão preventiva expedida pela Justiça da Paraíba.
F5News procurou o advogado de defesa dos réus, Guilherme Malufe. "A defesa vai se resguardar neste momento, por conta da instrução que não se concluiu ainda", disse ele ao portal.