Cigarro eletrônico é tão perigoso quanto cigarro convencional, aponta Inca
O dispositivo se tornou comum entre os jovens, mesmo sendo proibido no Brasil Cotidiano | Por Laís de Melo 24/12/2021 15h30O cantor Zé Neto, que faz dupla com Cristiano, publicou nessa quarta-feira (22), em suas redes sociais, que está fazendo tratamento para doença pulmonar causada pelo uso do cigarro eletrônico, e alertou sobre os perigos do aparelho.
"Está tudo bem e realmente passei por problema sério no pulmão devido ao cigarro eletrônico. Quem mexe com essa bosta para com isso porque faz mal. Obrigado por quem rezou por mim, desejaram coisas boas para mim. Está tudo bem. Tem muita gente postando desgraça. Tudo que a gente faz de bom é difícil as pessoas postarem. Mas qualquer notícia ruim todo mundo posta, divulga e viraliza. Mas está tudo certo e estou bem, terminando o tratamento estarei zero. Já estou 99. Obrigado pelo carinho", relatou Zé Neto.
O assunto tem repercutido e muitas pessoas fumantes optam pelo cigarro eletrônico por acreditarem que pode ser um hábito que não faz tanto mal à saúde. No entanto, um estudo do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontou os riscos do consumo de cigarros eletrônicos.
A coordenadora de Prevenção e Vigilância do INCA, a médica epidemiologista Liz Almeida, ressalta que o uso do equipamento aumenta três vezes mais os riscos em relação ao cigarro convencional.
“Nossos resultados mostram que o cigarro eletrônico aumenta a chance de iniciação do uso do cigarro convencional entre aqueles que nunca fumaram, contribuindo para a desaceleração da queda no número de fumantes no Brasil”, destaca a médica.
Embora a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (RDC 46, de 28/08/09) tenha proibido a comercialização, importação e promoção de e-cigarros no Brasil desde 2009, esses produtos são vendidos ilegalmente pela Internet, e no comércio informal. A Pesquisa Nacional de Saúde de 2019 mostrou que 0,6% da população do país havia usado dispositivos eletrônicos para fumar naquele ano.
O que é cigarro eletrônico?
O e-cigarro é um dispositivo eletrônico, utilizado para fumar e alimentado por bateria. Nele há um cartucho que contém água, substâncias aromatizantes, solventes e nicotina.
Os cigarros eletrônicos fazem mal à saúde?
Sim, segundo o médico José Alencar Gomes da Silva, do Inca, os dispositivos são prejudiciais à saúde e contém substâncias tóxicas. Com isso, cigarros eletrônicos aumentam o risco de doenças respiratórias e pulmonares, como asma.
O cigarro eletrônico ajuda a largar os cigarros comuns?
Usar cigarros eletrônicos não ajuda a largar o cigarro convencional. Não há evidências científicas de que as alternativas sejam eficazes para a cessação do tabagismo.
Com informações do Ministério da Saúde