Correntista do Banese cai em golpe e tem conta zerada | F5 News - Sergipe Atualizado

Correntista do Banese cai em golpe e tem conta zerada
Golpistas sacaram mais de R$ 11 mil, e Banese informou à vítima que não poderia fazer nada
Cotidiano | Por Laís de Melo 13/10/2021 12h35


 

Aos 67 anos, a sergipana Creuza Maria de Macedo caiu em um golpe. Segundo autoridades policiais, o público idoso é o que mais tem sido vítima dos estelionatários, e dona Creuza entrou para a estatística. Os golpistas tiraram mais de R$ 11 mil da conta corrente que ela tem no Banco do Estado de Sergipe (Banese), deixando-a zerada. Além do transtorno e das dificuldades financeiras, para Creuza, a maior frustração é não ter conseguido resolver nada junto à instituição financeira. 

O golpe aconteceu no mês de abril, quando Creuza recebeu uma ligação de uma pessoa que se identificou como atendimento ao cliente Banese, informando que ela tinha ganhado bônus de milhas e, por não estar viajando, seria pago em dinheiro. Para isso, ela precisava ir até uma agência bancária para sacar o valor. 

“Eles disseram que muitas pessoas já tinham ganhado esse bônus. Mandaram eu anotar todo o passo a passo que tinha que fazer no cash. Fui ao banco por volta das 13h, mas já estava fechado. Então não consegui consultar para tirar dúvidas. Fui para o cash e comecei a fazer o que tinha sido orientada. Eu não sei, parece que estava cega”, conta Creuza ao F5News. 

Ela fez o procedimento numa sexta-feira, e somente na terça se deu conta do que havia acontecido. “Fui num cash que tem em um supermercado para tirar meu saldo e vi que estava zerado. Aí fui num Ponto Banese, e o extrato também estava zerado. Liguei para o meu filho e fui no banco, onde tive ainda mais certeza, e quase caí de desespero”, relata a senhora. 

Creuza precisou ir até uma delegacia para prestar Boletim de Ocorrência. Em seguida, retornou para o Banese para tentar resolver a situação, no entanto, a informação recebida foi que nada poderia ser feito, já que ela havia informado a senha da própria conta. 

“No banco ainda falaram que eu estava com quase R$ 200 de juros do limite de cheque. Tive que tirar ainda R$ 3 mil da minha conta poupança para pagar o cheque especial que foi utilizado pelos criminosos. No banco não resolveram nada”, lamenta a vítima.

Além de passar por dificuldades, sem dinheiro, dona Creuza ainda enfrenta dores de cabeça por continuar recebendo ligações todos os meses de possíveis golpistas e ter que sempre modificar as senhas da conta. 

“Ficam ligando direto para a minha casa. Todo mês eu tenho que ir ao Banese para mudar de senha. Mês passado ligaram para mim dizendo que detectaram duas compras online nas Americanas com meu nome, e que para eu bloquear esse tipo de transação tinha que ligar em um número que eles iam dar. Desliguei o telefone me tremendo, nervosa, porque acho que são as mesmas pessoas”, acredita. 

No caso da dona Creuza, os estelionatários possuíam todas as informações, como nome completo, CPF, RG, e dados bancários. Assim eles conseguiram se passar por atendentes sem que a vítima percebesse que se tratava de um golpe. Com a senha informada por ela, eles conseguiram fazer toda a movimentação bancária para saque de dinheiro em cash. O Banese é uma das poucas instituições que não conta com leitor digital no momento do saque, diferente de outras redes que, além de senha, pedem também a leitura da digital. 

F5News entrou em contato com a Comunicação do Banese para questionar quais mecanismos de segurança são aplicados pela instituição financeira para evitar que estelionatários tenham acesso às contas dos correntistas, que informou que o banco possui uma unidade dedicada à análise individual dos casos de fraudes reportados e atua em cooperação com as autoridades policiais. 

Além disso, a Comunicação do Banese informou que adota mecanismos de segurança alinhados com as melhores práticas do mercado financeiro, mas não citou quais. “O banco investe continuamente na conscientização dos clientes, capacitação de seus funcionários, no aprimoramento de ferramentas e processos de prevenção e combate a fraudes. O banco também acompanha e participa de discussões em âmbito nacional sobre as mudanças nos tipos de fraudes, bem como sobre a evolução dos sistemas de segurança. O Banese disponibiliza o uso de biometria em seus aplicativos (app) para smartphones”, disse a assessoria, em nota enviada ao F5News. 

Edição de texto: Monica Pinto
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