A Associação dos Militares do Estado de Sergipe (Amese), emitiu na última terça-feira (18), um parecer técnico indicando a desocupação imediata do Presídio Militar (Presmil) em virturde das más condições das instalações físicas apresentadas após pericía no local, realizada pelo Conselho Regional de Engenharia (Crea) em maio deste ano.

De acordo com o órgão, existe a possibilidadede de incêndio, como também, de prejuízo à saúde dos trabalhadores locais, dos internos e dos visitantes. A Polícia Militar afirma que não recebeu nenhuma notificação até o momento.

Segundo a assessoria do Crea, no local foram encontradas irregularidades nas instalações elétricas, com possibilidade de gerar problemas mais graves como curtos circuitos e incêndios. Na inspeção, também foram identificadas rachaduras, trincas, fissuras, descolamento de peças cerâmicas, infiltrações, portas e janelas danificadas - considerado dano mínimo ou regular -, mas que seriam passíveis de recuperação.

O laudo de 30 páginas aponta que o prédio apresenta falta de revestimento e instalações elétricas inadequadas, a exemplo de fios expostos, gambiarras e até disjuntores no lugar errado; este último classificado com um dano crítico pelo órgão. 

"O maior problema é a instalação elétrica, fios expostos, verdadeiras gambiarras, capaz de a qualquer momento haver um circuito ou até mesmo a pessoa passando e tomar um choque elétrico e vir a óbito. Então, não existe nenhuma segurança com relação a instalação elétrica", disse o presidente do CREA, Arício Resende, em entrevista à TV Atalaia.

A entidade disse ainda que no local não existem alternativas de segurança de prevenção ou combate a incêndio, como rota de fuga ou um Plano de Combate a Incêndio e Pânico, além de que os únicos extintores existentes estão vencidos. 

Ainda segundo o CREA, o laudo foi apresentado ao Ministério Público Estadual, e o Corpo de Bombeiros e o Presmil também foram notificados. O órgão estima que a estrutura de concreto armado tem cerca de 20 anos e necessita de uma revisão geral, por isso, o pedido de desocupação imediata.

A assessoria de comunicação da Polícia Militar de Sergipe disse que a corporação ainda não foi notificada sobre a inspeção, mas que existe um plano de reestruturação do local, mas não definiu prazo para a realização. A assessoria da corporação ainda afirmou que o local passou por uma reforma no ano passado.