Começou nesta quarta-feira de Cinzas (26), após o Carnaval, o tempo da Quaresma de preparação para a Páscoa na Igreja Católica. Em Aracaju, o dia é marcado pela celebração de missas com imposição de cinzas sobre os fiéis para lembrar ‘que somos pó e ao pó voltaremos’.

Católicos celebram começo da Quaresma na Igreja Santo Antônio, em Aracaju. Foto: F5 News

Ao longo dos próximos quarenta dias, os religiosos fazem reflexões, jejum e oração, num chamado à conversão, penitência e caridade, uma vez que, antecede a Paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. A imposição das cinzas marca o início do período mais relevante na fé católica.

As cinzas utilizadas neste ritual provêm da queima dos ramos abençoados no Domingo de Ramos do ano anterior. Para os cristãos, a Quaresma é um memorial dos quarenta dias que Cristo passou no deserto e também dos quarenta anos em que os judeus caminharam até chegar à Terra Prometida. Neste tempo, a Igreja Católica aconselha os fiéis a fazerem jejum e a não comerem carne.

“A Quaresma é o tempo propício para abrir espaço à Palavra de Deus. É o tempo para desligar a televisão e abrir a Bíblia. É o tempo para se desligar do telefone celular e se conectar com o Evangelho. É o tempo de renunciar a palavras inúteis, conversinhas, fofocas, mexericos e se aproximar do Senhor. É o tempo de se dedicar a uma ecologia saudável do coração, fazer uma limpeza nele. Vivemos num ambiente poluído por muita violência verbal, por muitas palavras ofensivas e nocivas, que a rede amplifica”, disse o Papa Francisco, na Catequese desta quarta, na Praça São Pedro.

Fraternidade

Na Catedral de Aracaju, a tradicional missa de quarta-feira de Cinzas, ocorre às 16h30, sob a presidência do arcebispo metropolitano, dom João José Costa. Concelebrada por vários sacerdotes, ela também marca a abertura da Campanha da Fraternidade 2020. Este ano, a Igreja convida o povo de Deus a refletir, à luz da fé, sobre o tema “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso” e o lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34).

 “A Igreja sempre busca refletir temas relevantes que tem a ver com a realidade atual e justamente o objetiva da campanha é conscientizar as pessoas para o sentido da vida como dom e compromisso, como bem diz o tema, pois nós cristãos temos que ter um olhar de cuidado para com o outro”, destacou o arcebispo metropolitano.