Continua nesta quarta-feira (29) a remoção dos destroços do avião que caiu no povoado Porto do Mato, em Estância, no sul de Sergipe, matando o cantor Gabriel Diniz e os pilotos Abraão Farias e Linaldo Xavier, no começo desta semana. O trabalho de perícia da Polícia Federal e da Aeronáutica já foi concluído. 

Peritos do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes (Seripa) concluíram no final da tarde desta terça-feira (28) a coleta de imagens, depoimentos e partes da aeronave que passarão por uma análise que vai apontar as possíveis causas da queda do monomotor. Os destroços foram trazidos no começo da tarde para o Aeroclube de Aracaju. 

Essa investigação, contudo, não tem a finalidade de apontar ou responsabilizar culpados pelo acidente, portanto, também não há um prazo para sua conclusão. O objetivo, conforme os técnicos do Seripa, é evitar que outros sinistros com as mesmas características voltem a acontecer. 

A Polícia Federal também instaurou procedimento para apurar a queda do avião modelo Piper Cherokee PT-KLO. Como ele não tinha a caixa preta que armazena as informações de voo, a análise do maior número de peças possível será fundamental. "Isto deve proporcionar uma perícia mais detalhada”, afirmou o delegado da PF, Márcio Alberto Gomes, à FAN FM. 

Além dos técnicos da Força Aérea Brasileira (FAB), equipes da empresa fabricante do monomotor devem auxiliar a investigação. Itens pessoais das vítimas também foram recolhidos e só deverão ser devolvidos às famílias após a perícia da PF. 

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Outra frente de trabalho está relacionada à oitiva de testemunhas. Nos primeiros relatos já coletados, moradores disseram ter visto partes da aeronave se desprendendo ainda no ar, conforme apurado pelo F5 News. Uma das asas do avião foi encontrada a quase 500 metros de distância do local da queda, na área de manguezal. 

O Aeroclube de Alagoas, proprietário da aeronave, continua interditado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que apura irregularidades na operação do avião, cujo registro permitia apenas voos de instrução e não de táxi aéreo. 

A direção do Aeroclube declarou que Gabriel Diniz teria pego uma carona no voo que saiu de Salvador (BA) com destino a Maceió (AL), mas a informação foi desmentida pelo pai do artista em entrevistas à imprensa, declarando que ele teria pago pelo serviço. 

 

Fotos: cedidas ao F5 News