Justiça Federal inspeciona pontos de enchentes no bairro Jabotiana
Proposta analisa os impactos para os residentes próximos ao rio Poxim Cotidiano | Por F5 News 06/12/2019 13h08 - Atualizado em 07/12/2019 11h37A Justiça Federal realizou uma inspeção na região do bairro Jabotiana, em Aracaju, atingida pelos alagamentos durante as fortes chuvas que caíram na capital no mês de julho. Moradores de conjuntos habitacionais como Sol Nascente, Santa Lúcia, Jk e Largo da Aparecida ficaram ilhados e desabrigados.
Representantes da Justiça Federal, Ministério Público Federal e órgãos ambientais se reuniram na manhã desta sexta-feira (6) na Associação dos Moradores do conjunto Sol Nascente e percorreram os principais pontos que foram afetados pelas enchentes depois que o rio Poxim transbordou.
Segundo a juíza federal Telma Maria, a 1ª Vara da JF busca entender a gravidade da situação e os possíveis riscos aos que moram próximos ao rio. Na época, os canais que cortam a região ficaram cheios e a água inundou várias ruas, avenidas e interditou pontes na localidade. Após inspeção, uma audiência deve ser realizada.
Os moradores chegaram a ajuizar uma Ação no Ministério Público Federal para que os municípios de Aracaju, São Cristóvão e Nossa Senhora do Socorro realizassem a dragagem do rio e a drenagem nos bairros que correm risco de alagamento. Reuniões foram realizadas com moradores pela Prefeitura de Aracaju e São Cristóvão que apresentaram a elaboração de um projeto e de obras para viabilizar a solução das enchentes na região. Em novembro, a PMA informou que a dragagem do rio Poxim deve custar R$ 60 milhões.
A construção de uma estação de tratamento feita pela Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), que aterrou parte da Lagoa Doce no bairro Santa Lúcia, também foi discutida. Moradores defendem que a área é um escoador importante em épocas de chuva e criticam o impacto ambiental que a obra pode causar. A Justiça Federal deve analisar se o local pode ser explorado.