Lotada, rede privada enfrenta dificuldades para ampliar leitos em Aracaju | F5 News - Sergipe Atualizado

Coronavírus
Lotada, rede privada enfrenta dificuldades para ampliar leitos em Aracaju
Reunião discute possibilidade de que pacientes tenham que ser atendidos pelo SUS
Cotidiano | Por Will Rodriguez 01/07/2020 13h05 - Atualizado em 01/07/2020 13h11


A situação de saúde suplementar em Aracaju é delicada por conta da superlotação dos leitos de UTI para pacientes com covid-19. O problema motivou uma reunião convocada pelos Ministérios Públicos Federal e Estadual, nesta quarta-feira (1), junto com representantes dos hospitais privados e da Secretaria de Estado da Saúde (SES). 

Em todos os hospitais, segundo panorama apresentado à promotora Euza Missano, os leitos reservados para pacientes com covid-19 - e também as vagas de contingência abertas emergencialmente - estão ocupados.

Os diretores clínicos das unidades relataram entraves para ampliação da disponibilidade de vagas em função da capacidade instalada e também da dificuldade de completar a escala de profissionais.

Até o momento, não há registro de desassistência na rede privada, mas se o problema persistir, há possibilidade de que os pacientes tenham que ser regulados para a rede pública de saúde, onde a ocupação de leitos está abaixo de 75%. 

Também preocupa a indisponibilidade no mercado nacional de medicamentos utilizados para intubação dos pacientes, demanda que é alvo de um procedimento específico do MPF.

“O risco de desabastecimento é grave. Do que adianta leito ou respirador se não tem medicamento? Pacientes da demanda regular também podem precisar desses medicamentos e para os pacientes covid-19, a analgesia precisa de uma quantidade considerável desses insumos”, pontuou a procuradora do MPF Martha Figueiredo. 

Os MPs definiram que o boletim oficial da SES passará a informar a quantidade exata de leitos ocupados de acordo com a capacidade aplicada de cada hospital privado, evitando que sejam divulgadas taxas de ocupação que excedam o limite de 100%, como vinha ocorrendo há alguns dias. 

Na reunião foi levantada a possibilidade de que uma operadora de saúde, que estuda eventual ampliação de leitos com profissionais vindos de São Paulo, possa fazer a concessão dessas vagas para outros planos de saúde. 

Segundo Missano, o monitoramento da situação é diário. A promotora salientou a necessidade de colaboração da população no esforço para tentar conter o avanço da doença no estado.

“A sociedade precisa ter consciência que a situação é preocupante. Nenhum dos hospitais privados tem capacidade de ampliar as vagas hoje e ouvimos relatos de médicos sobre a situação dramática de sobrecarga. Por isso, é preciso que cada um faça sua parte e aqueles que podem devem ficar em casa, se resguardar o máximo possível”, afirmou a promotora. 

Sergipe ultrapassou, nesta terça-feira, os 25 mil casos confirmados de coronavírus, com 673 vidas perdidas, segundo balanço da Secretaria de Estado da Saúde. 
 

Edição de texto: Monica Pinto
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