O desaparecimento de um indígena, integrante do povo Kariri-Xocó, está mobilizando as polícias sergipanas e o Ministério Público Federal no estado, que instaurou procedimento para acompanhar o caso. Segundo familiares, Calunga desapareceu no dia 28 de maio, do Hospital de Urgência João Alves Filho (Huse), em Aracaju, onde estava acompanhando um filho em tratamento de saúde. O celular dele foi encontrado por uma funcionária no estacionamento da unidade.

De acordo com a procuradora da República Lívia Tinôco, ao receber a informação do suposto desaparecimento do índio, o MPF/SE fez diligências junto ao hospital e ao terminal rodoviário para que fossem analisadas as imagens das câmeras desses locais e comunicou à Polícia Civil e à Funai para providências.

 

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou, nesta quarta-feira (9), que a Delegacia Geral da Polícia Civil emitiu um alerta para todas as Delegacias de Sergipe e abriu um procedimento de investigação na Polícia Interestadual (Polinter), unidade integrante do Departamento de Crimes contra o Patrimônio (Depatri).

“A família do índio registrou um boletim de ocorrência em Porto Real do Colégio (AL). A Procuradoria da República em Sergipe recebeu o comunicado do desaparecimento e alertou as autoridades sergipanas para tomar as primeiras providências”, disse a SSP. 

Ainda de acordo com a SSP, familiares do indígena estão sendo esperados em Sergipe para prestarem depoimentos e passarem informações sobre o desaparecido. Outras diligências também estão sendo realizadas a fim de elucidar o desparecimento.

O MPF também enviou ofício para a Polícia Militar “solicitando que todas as viaturas fossem informadas, que a foto dele fosse circularizada a fim de que no trabalho de rua os policiais possam eventualmente reconhecer o desaparecido”.

Ao F5 News o Huse disse que não tem a informação de que Calunga estava na unidade acompanhando um filho. Mas confirmou que um celular foi encontrado no estacionamento da área vermelha por uma enfermeira, e que a família foi comunicada para buscar o aparelho. Disse ainda que as imagens das câmeras de vigilância já foram solicitadas pelo MPF.

Informações sobre o caso podem ser repassadas para o Disque-Denúncia 181. O sigilo é garantido.