Da redação F5 News

Programa de Aquisição de Leite beneficia 47 municípios sergipanos

Implantado desde 2003, o Programa de Aquisição de Alimentos na modalidade leite (PAA-Leite) mudou o panorama de comercialização do setor leiteiro em Sergipe. O projeto estimula a produção e assegura o consumo diário famílias sergipanas de 47 municípios, o que fortalecendo a cadeia produtiva do leite por meio da geração de renda e da garantia de preço do produto da agricultura familiar, diminuindo a vulnerabilidade social com o combate à fome e à desnutrição.

De acordo com a coordenadora do programa, Rose Rodrigues, o Estado compra o litro de leite por R$ 1,23, e cada um dos 1,2 mil pequenos produtores beneficiados recebe R$ 0,71 centavos por litro de leite vendido, enquanto o laticínio fica com R$ 0,52.

A distribuição do leite é feita para crianças na faixa etária de 2 a 7 anos de idade, idosos a partir de 60 anos, pessoas com deficiência que não recebam o Benefício de Prestação Continuada (BPC), gestantes com atestado médico, nutrizes até completar 6 meses de amamentação e pessoas que apresentem estado de desnutrição comprovada. Todos os critérios são observados a partir da renda per capita de no máximo até meio salário mínimo.

Desabastecimento e novos produtores

Ainda de acordo com Rosa Rodrigues, o programa está sendo reformulado e vem buscado novos produtores para aderirem ao projeto. Ela afirma que alguns municípios como Frei Paulo, Carira e São Francisco, estão sofrendo um desabastecimento em virtude de especulações da chegada de novos laticínios. “O preço elevado do leite vem gerando dificuldades no abastecimento e distribuição do produto. Por isso estamos reformulando o projeto e procurando novos produtores para essa importante ação”,disse.

A execução do PAA-Leite em Sergipe é considerada modelo pelo Governo Federal. Diferente de outros estados, que contratam usinas de beneficiamento do leite, e as associações e cooperativas apenas fornecem o produto para que seja pasteurizado e distribuído, em Sergipe foi estabelecido um formato descentralizado de gestão do PAA, onde as associações e cooperativas assumem o protagonismo do programa