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Tradição e religiosidade no dia de Santo Antônio
Cotidiano 13/06/2012 11h48


Por Fernanda Araujo

Tradicionalmente se comemora nesta quarta-feira (13) o dia de Santo Antônio, o santo mais popular do Brasil, também conhecido como o padroeiro dos pobres e, principalmente, como casamenteiro. Esse poder conferido ao santo alimenta as simpatias comuns ao período, por meio das quais solteiros e solteiras buscam sair dessa condição.

Segundo a comerciante de uma loja no Mercado Municipal de Aracaju, Gilvaneide Soares (foto ao lado), desde o início de junho a procura pela imagem do santo aumenta e permanece assim o ano todo. Simpatias como pular fogueira e amarrar em volta do braço uma fita branca com o nome da pessoa amada fazem parte dessa tradição. Para Gilvaneide, essas intervenções são infalíveis. “É simpatia para casar, conseguir namorado e até segurar o marido dentro de casa. E resolve com certeza. Todo ano, principalmente as mulheres que conseguiram trazem as amigas e elas vem comprar”.

Mas a crença não pára por aí, como relata a comerciante Edilza da Silva (foto principal). “Outras pessoas pedem paz, outros acham que o Santo Antônio protege muito as viúvas. Cada um tem uma ideia, mas eu acho que é São José o das viúvas e Santo Antônio o casamenteiro”.

Muitos acreditam que vale tudo para conseguir a graça. “Uma mulher veio aqui e disse rindo que ia tirar o menininho do santo (criança da imagem) e esconder. Enquanto ele não desse o namorado a ela, ela não devolveria. Tem pessoas também que emborcam a estátua de cabeça para baixo em um copo de água”, explica Edilza.

A vendedora, que completa 60 anos hoje, aponta que esses tipos de simpatias "oprimem" a imagem do santo e não recomenda sua prática. “Eu sempre aconselho que não faça assim porque judiar nem em imaginação serve.  Acho que o santo vai se sentir oprimido, eu sei que a imagem é de gesso, mas você está com o pensamento no céu. Fazer malvadeza com o santo eu não admito, mas eu acredito que orando a ele com fé alcança".

Outros santos movimentam o comércio do ramo: São Pedro, São José e São João também representam o período junino e fazem parte da tradição. De cada santo, cujas imagens variam entre 12 e 60 cm, o menor custa R$ 3 e o maior, R$ 50.

As imagens são fabricadas na cidade de Simão Dias (SE) e revendidas no Mercado. “Não tenho ideia do quanto eu já vendi, porque a gente vai vendendo aos poucos. Mas, o menor a gente vende bastante e o maior só para quem vai fazer novena, colocar no altar, fazer apresentações na igreja e em colégios por exemplo”, diz Edilza.

Fotos: Fernanda Araujo

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