Vai um cafezinho aí? Em 24 de maio se comemora o Dia Nacional do Café
Confira a relação de amor e humor dos brasileiros com um campeão de preferência Cotidiano | Por Monica Pinto 24/05/2022 20h08Os brasileiros são apaixonados por café e fazem do país o segundo maior consumidor do produto em todo o mundo, conforme dados de 2021 da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). A entidade foi responsável em 2005 pela criação do Dia Nacional do Café, 24 de maio, que coincide com o início da colheita nas principais regiões cafeeiras.
Conforme a Abic, a diferença para o primeiro lugar, ocupado pelos Estados Unidos, é de 4,5 milhões de sacas, mas o Brasil é o maior consumidor de cafés nacionais. Em termos de consumo per capita, em 2021 foram pouco mais de 6 kg de café cru e 4,84 kg de café torrado no ano.
Nem a pandemia de covid-19 e seus impactos sobre as finanças da maior parte das famílias foram capazes de abalar essa relação de amor. Em 2021, a procura por café no Brasil seguiu seu ritmo de avanço, com alta de 1,71% em relação a 2020 que, por sua vez, também apresentou maior consumo se comparado ao ano anterior, 2019, de 1,34%.
Segundo a Abic, essa presença ascendente na mesa do consumidor resultou em bom desempenho na indústria do setor e as empresas associadas à entidade registraram crescimento de 2,77% no ano passado.
Confira alguns números divulgados pela Embrapa Café:
* 300 mil estabelecimentos produzem café, dos quais 78% são considerados da cafeicultura familiar;
* 16 estados brasileiros, nas cinco regiões, produzem café em 1.448 municípios.
Efeitos sobre a saúde
Uma publicação da Harvard Medical School (Faculdade de Medicina de Harvard) diz que “o café tem uma reputação quente e fria quando se trata de benefícios para a saúde”.
A bebida já foi apontada como proteção contra doenças cardíacas, diabetes e alguns tipos de câncer, mas em excesso pode causar problemas como ansiedade, nervosismo e insônia. Como em quase tudo na vida, a Ciência corrobora a necessidade de moderação.
Uma revisão de 95 estudos, publicada no The New England Journal of Medicine, sugere limitar o consumo total de cafeína a 400 miligramas por dia, lembrando que ela não está presente apenas no café, mas também em refrigerantes à base de cola e em bebidas energéticas – condição que a torna a substância psicoativa mais consumida no mundo.
Os pesquisadores recomendam o consumo máximo de quatro a cinco xícaras de cerca de 200ml por dia, dos chamados cafés regulares (o extraforte não se aplica, por exemplo), de modo a diminuir os riscos de efeitos colaterais da cafeína, em paralelo usufruindo de grande parte dos seus benefícios.
“Os especialistas apontaram que algumas pessoas metabolizam a cafeína mais rapidamente do que outras e, portanto, podem consumir quantidades maiores de café sem problemas. De qualquer forma, manter o controle de suas xícaras diárias de café pode garantir que sua saúde seja afetada sem exagerar”, diz a Faculdade de Medicina de Harvard.
Paixão nacional
Nas redes sociais, em especial no início da manhã, é corriqueiro encontrar postagens glorificando o café e há muitos perfis dedicados a essa preferência nacional.
Moderação, porém, raramente aparece nas mensagens – ao contrário, o que mais se observa é um encantamento no que se refere à bebida, aparentemente capaz de promover melhorias nos mais variados aspectos do cotidiano.
Confira algumas postagens: