Nesta terça-feira (14), foi realizado em Aracaju o Sergipe Oil&Gas, que busca ser indutor de uma revolução na cadeia produtiva do segmento no estado. O evento teve como objetivo estabelecer um debate sobre a demanda local, bem como colocar Sergipe em um posicionamento estratégico para toda a região do Nordeste.

Lucas Sá/ F5News

Organizada pelas consultorias BrainMarket e Eolus, o evento buscou atrair novos investimentos e promover a melhoria da cadeia produtiva regional, incentivando parcerias tecnológicas e oportunidades de avanços na infraestrutura para atender as necessidades do segmento.

“Sergipe hoje, com a descoberta de Águas Profundas pela Petrobras, não só de óleo, mas também de gás; com a retomada dos investimentos em terra com a venda do polo sergipano, a expectativa do estado é muito positiva. Nós vamos sair de menos de 8 mil barris/dia de petróleo para 240 mil, em seis, sete anos. isso sem contar as possíveis novas descobertas durante esses seis anos, que podem aumentar muito mais”, afirmou o diretor da BrainMarket, Eduardo Aragon.

Na ocasião, o Governo de Sergipe esteve representado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec); através do secretário José Augusto Carvalho, e do superintendente  Marcelo Menezes.

“Existem dois principais objetivos sendo debatidos aqui, o primeiro é dar visibilidade a esse movimento que vem sendo feito pelo Estado e pelo próprio setor; o segundo é procurar desenvolver e articular a cadeia produtiva do segmento de forma a criar oportunidades para que as pequenas e médias empresas possam participar desse movimento”, explica Menezes.

O estado de Sergipe ganhou uma nova posição no cenário de exploração e produção de óleo e gás no Brasil com a declaração de comercialidade de sete campos em quatro blocos offshore, feita pela Petrobras em 2021. A bacia sergipana foi apontada como a mais nova fronteira de desenvolvimento de produção pela petroleira, que registrou recorde nacional de profundidade d’água na perfuração de um poço, atingindo 2.990m (equivalente à altura do Pico da Neblina).

"Não só olhar para o lado produtivo. a gente tem também a questão dos royalties, então existe todo um aparato de novidades, riquezas que estarão por vir, que nós precisamos transformar isso em benefício real para o sergipano”, disse o diretor- superintendente do Sebrae-SE, Paulo Eirado.

O relator da Lei do Gás na Câmara Federal, o deputado Laércio Oliveira, esteve presente e entusiasmado com os debates realizados durante a cerimônia. Para Láercio, a expectativa é que a escalada de reuniões que acontecem nos últimos dias em Sergipe tragam novos investidores e garantam Sergipe como um dos protagonistas do segmento no cenário nacional.

“Já temos os dois blocos arrebatados, um pela Petrobras e o outro pelo consórcio comandado pela Exxon (Exxon Mobil), portanto os operadores desses blocos, que vão buscar essa divisa de petróleo e gás a mais de 3 mil metros de profundidade, com a tecnologia que a Petrobras tem para o bloco dela, para o outro bloco, dentro da mesma tecnologia. vai chegar a 18 mil metros cúbicos de gás por dia na nossa costa, 20% da produção nacional", antecipou Laércio.

Escrita por Lucas Sá, com a colaboração de Ana Luísa.