Bares e restaurantes pedem retorno do funcionamento aos finais de semana
Categoria solicitou audiência com o Governo de Sergipe e a Prefeitura de Aracaju Economia | Por F5 News 04/05/2021 10h35Os donos de bares e restaurantes da Grande Aracaju estão insatisfeitos com a medida restritiva que proíbe o funcionamento dos estabelecimentos aos finais de semana, e protocolaram ofício no Governo do Estado e na Prefeitura de Aracaju solicitando audiência para tentar reverter a situação. De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Sergipe (Abrasel), a categoria é a mais prejudicada pela pandemia da covid-19 e o “único remédio” é o trabalho.
“Toda e qualquer ajuda do Estado ou prefeitura é completamente desproporcional às nossas dívidas. Nosso melhor remédio é trabalhar. Todo o trade turístico quer essa audiência. Necessitamos, precisamos, aprender a conviver com o vírus”, afirma o presidente da Abrasel, Bruno Dórea.
Em março deste ano, diante do alto número de casos de covid-19 no território sergipano, novas regras de restrição passaram a ser aplicadas pelo Governo do Estado, entre elas, o funcionamento dos bares e restaurantes seguindo horários de toque de recolher de 18h às 5h, e o fechamento durante os finais de semana. As medidas passaram a ser flexibilizadas no mês de abril, com a redução do horário de toque de recolher, iniciando às 22h e terminando às 5h. No entanto, a proibição do funcionamento aos finais de semana permanece para os estabelecimentos da Grande Aracaju, e será suspenso para as cidades do interior a partir dos dias 8 e 9 de maio (próximo final de semana).
De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no setor de serviços, o segmento de alimentação, bares, restaurantes e hotéis, perdeu 276 postos de trabalho em Sergipe no mês de março deste ano. No primeiro trimestre, no entanto, o saldo é positivo com a geração de 121 empregos com carteira assinada. Desde o começo da pandemia o setor acumula o fechamento de 1.524 postos de trabalho.
Segundo Dórea, os empresários se sentem preparados para atuar, mesmo com a pandemia acentuada em Sergipe. “Precisamos de um selo sanitário junto aos órgãos fiscalizadores, identificando quem está correto e fiscalização atuante. Quem estiver errado precisa se enquadrar ou será multado e punido”, sugere o presidente da Abrasel como deve funcionar a reabertura.
Além disso, a categoria também está solicitando a inclusão de um representante do setor no Comitê Técnico Científico da Secretaria de Estado da Saúde (SES), que avalia a situação da pandemia no estado. “Precisamos de um representante, afinal, é o setor mais prejudicado na pandemia”, disse Dórea ao F5 News.