Demanda de trabalhadores e desigualdade marcam mercado de TICs no país | F5 News - Sergipe Atualizado

Demanda de trabalhadores e desigualdade marcam mercado de TICs no país
Expectativa é que o setor demande 420 mil vagas entre 2018 e 2024
Economia | Por Agência Brasil 13/05/2019 10h05 - Atualizado em 13/05/2019 13h45


O setor de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) empregava 845 mil pessoas em 2018. Mas nos próximos anos, o deficit de trabalhadores deve chegar a 162 mil vagas. A previsão é da Associação Brasileira em Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), que publicou relatório com os dados da área nesta semana.

A expectativa da entidade é que o setor demande 420 mil vagas entre 2018 e 2024. Contudo, a projeção é que as instituições de ensino superior formem 258 mil pessoas nessas carreiras até 2014 (46 mil por ano).

Desigualdades

As projeções da Brasscom indicam desigualdades nesse mercado de trabalho. Das 845 mil vagas em TICs, 63% são ocupadas por homens e 37%, por mulheres. A proporção contrasta com a da população brasileira, com 51% de mulheres e 49% de homens. A diferença vem se mantendo nos últimos quatro anos.

Na distribuição por função, as diferenças são perceptíveis. Nas atividades administrativas de atendimento e de recursos humanos, as mulheres representam 65%, contra 35% dos homens. Também nas finanças elas são maioria (57,2% a 42,8%). Já nas funções técnicas, a proporção se inverte, com 76% das vagas ocupadas por homens e 24% por mulheres. Nas posições de diretoria e gerência, a disparidade também aparece (65% contra 35%).

Na distribuição por cor e raça, 57,7% são brancos, 26% são pardos, 11,2% não declararam cor e raça, 3,8% são pretos, 1,1% são asiáticos e 0,1, indígenas. Na evolução dos últimos quatro anos, a proporção de pretos, pardos e indígenas se manteve praticamente estável, saindo de 29% para 30%.

A linguista com atuação na área de tecnologia Glória Celeste aponta entre os motivos da desigualdade de gênero os obstáculos que mulheres vivenciam ao longo de sua trajetória de vida no tocante a essas áreas. Ela se graduou técnica em eletrônica no então Centro de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro (Cefet-RJ) e entrou no curso de física da Universidade Federal do estado (UFRJ). Mas decidiu não continuar no curso em razão das práticas machistas.

“Ouvi em sala de aula de um professor: ´nem adianta mulher se candidatar para bolsista minha, porque engravida, e aí já viu´. Que pessoa vai prosseguir numa carreira ouvindo isso no 1º semestre?”, indaga. O tratamento diferenciado, acrescenta celeste, aparece também nas soluções de emprego. “Por que numa seleção um homem pode falar que tem quatro filhos e uma mulher se disser que tem um o responsável pergunta como a ela vai fazer com filho doente?”

Mais Notícias de Economia
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
18/04/2024  07h23 Senado aprova isenção de IR para quem ganha até dois salários mínimos
PL reajusta para R$ 2.259,20 o limite de renda que não precisa pagar o imposto
Senado Federal
16/04/2024  18h30 Sergipe participa de debate sobre impactos no mercado de gás, em Brasília
Discussão aconteceu em celebração aos três anos de vigência da Lei do Gás
F5 News/Ilustrativa
16/04/2024  17h56 Vendas do comércio sergipano caíram 0,6%, em fevereiro de 2024
Comparado ao mês de fevereiro em 2023, houve um crescimento no setor de 11,0%
Ricardo Stuckert/PR
16/04/2024  15h11 Mercado Livre investirá R$ 23 bilhões no Brasil
A expectativa é de que o quadro da empresa no país chegue a 30 mil funcionários
Arthuro Paganini/Agência Sergipe
15/04/2024  17h39 Governo Federal propõe salário mínimo de R$ 1.502 em 2025
O reajuste segue a projeção de 3,25% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor

F5 News Copyright © 2010-2024 F5 News - Sergipe Atualizado