Empresários lançam a campanha “Empregue + Um”
“Empresários unidos contra o desemprego” é o slogan da campanha, cujo objetivo é alcançar um recorde de geração de empregos no país durante janeiro Economia | Por Abnor Gondim, do Diário do Comércio, Indústria & Serviços (DCI) 17/11/2018 16h00No início de dezembro, será lançada em São Paulo uma campanha inédita de iniciativa de empresários para estimular a geração de empregos no País, a partir do dia 2 de janeiro de 2019.Trata-se da campanha nacional “Empregue + Um”, destinada a incentivar empresários a contratar pelo menos um novo empregado, além das suas necessidades.“Empresários unidos contra o desemprego” é o slogan da campanha, cujo objetivo é alcançar um recorde de geração de empregos no País durante o mês de janeiro. É uma iniciativa idealizada pelos empresários industriais Raul Meneses e Carlos Barduke. Nesta terça-feira (13), foi lançada a pedra fundamental da campanha na Fecomércio-BA (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia).
Plataforma para cadastro
A partir do dia 25, uma plataforma será aberta na internet para cadastrar oferta de vagas e de trabalhadores interessados em preenchê-las.“Os departamentos de recursos humanos das empresas irão encontrar os candidatos, de acordo com a localização geográfica da empresa”, explicou o empresário Lúcio Flávio Rocha, diretor de Marketing da campanha.“Os trabalhadores contratados por causa da campanha terão que passar no emprego pelo menos durante o período de experiência de 90 dias”, detalhou. "Queremos contribuir para a retomada da atividade econômica e devolver dignidade aos trabalhadores".
Brasil 200
Lúcio Flávio Rocha é também coordenador do Movimento Brasil 200, movimento político criado neste ano pelo dono das Lojas Riachuelo, coincidentemente o quase homônimo dele, o empresário Flávio Rocha, ex-pré-candidato às eleições presidenciais deste ano.
Bolsonaro
No dia 25 de outubro, o diretor de Marketing da campanha visitou o presidente eleito Jair Bolsonaro, em companhia do senador Magno Malta (PR-ES), para apresentar a campanha.“Queremos desmistificar a pecha de que o empresário é o vilão”, disse Lúcio Flávio, rejeitando a ideia de troca de favores com o novo governo. “Mostramos ao presidente que queremos fazer um marco histórico na geração de empregos, sem um custo aos cofres públicos e sem pedir nenhuma contrapartida do governo”.Considera que a campanha não deve ser usada para reiterar reinvidicações dos empresários ao governo, a exemplo de menor carga tributária e menos burocracia.
Volta do emprego
A iniciativa também é apoiada pelo deputado Laércio Oliveira (PP-SE) (foto), um dos vice-presidentes da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e responsável pela retomada do projeto que ampliou a terceirização de mão de obra para todas as atividades das empresas e não apenas das secundárias.“Existe uma expectativa feliz por parte da população brasileira pela volta do emprego. O novo governo dá indícios positivos neste sentido quando sinaliza a desoneração da folha de pagamento e os empresários consolidam um movimento nacional intitulado “Empregue + Um”.
Longa procura
Os idealizadores da campanha ainda não definiram metas em geração de empregos para enfrentar a onda de desemprego que assola o País.
Dados divulgados nesta quarta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que 1 em cada 4 desempregados brasileiros procura emprego há mais de 2 anos.Dentre os 12,5 milhões de desempregados no país no 3º trimestre de 2018, 3,197 milhões estavam em tal condição havia 2 anos ou mais.
Recorde
Esse bateu novo recorde histórico e corresponde a 25,6% do total de desempregados do país e um acréscimo de 350 mil pessoas em 1 ano. No 2º trimestre, eram 3,162 milhões, ou 24% do total.Os números do IBGE mostram que também aumentou o número de brasileiros que procuram emprego há menos de um mês, ao passo que caiu o daqueles que buscam uma vaga há mais de 1 mês e há menos de 2 anos.Ao todo, 5 milhões de pessoas (40,4% do total) estão procurando emprego há mais de 1 ano.
Comparado com o ano anterior, o custo apresentou um acréscimo de 4,4%
O investimento tem contribuído para reduzir a fila por recebimento desses valores
Diferença entre rendimentos é a menor já registrada, mostra IBGE
PL reajusta para R$ 2.259,20 o limite de renda que não precisa pagar o imposto
Discussão aconteceu em celebração aos três anos de vigência da Lei do Gás