Expectativa do setor hoteleiro em Sergipe é positiva | F5 News - Sergipe Atualizado

Expectativa do setor hoteleiro em Sergipe é positiva
Economia 07/01/2014 16h49


Por Tíffany Tavares

O fim de ano representa o desfecho de uma fase e o início de uma nova etapa. A cada mês de dezembro, projetos novos são planejados, além de viagens e férias. É nesse contexto que o setor hoteleiro entra em cena, com uma importante função: abrigar turistas de todo o mundo, que movimentam a renda no período de um determinado lugar. Na capital sergipana não é diferente.

Aracaju, com seus mais de 587 mil habitantes, ainda tem espaço, mão de obra e receptividade de sobra para receber milhares de turistas. Entre final de novembro até janeiro, e o carnaval são períodos de maior movimento do ano de acordo com análise feita por um dos diretores da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) e gerente do Radisson Hotel Aracaju, Carlos Henrique Dutra.

“Nós temos uma expectativa boa, um desejo na realidade, gostaríamos muito que esse fim de ano fosse especial. Mas há de se lembrar que em 2013 foi um ano muito difícil, a demanda de turistas foi bem menor, o país atravessou um momento complicado, os brasileiros sentiram o baque da crise. Percebemos também que o crescimento econômico foi baixo, as empresas deram uma enxugada em mão de obra e em investimentos, enfim uma série de coisas que afetaram Sergipe como um todo”, descreve Dutra.

Para Carlos Henrique, Sergipe ainda não explora completamente o turismo de lazer, a demanda ainda é pequena na área. “Temos um turismo de lazer muito sazonal, um feriado, uma temporada, o São João. Para turismo de lazer temos o mês de junho, o final de ano depois do natal, janeiro, carnaval e os feriados prolongados. Hoje ainda estamos com 50% de ocupação, mas vai melhorar muito”, explica acrescentando que o melhor mês do ano é janeiro, no qual a demanda é de 80% turismo de lazer e 20% mercado corporativo, já o resto do ano é o contrário.

O gerente afirma que o setor hoteleiro de Sergipe depende exclusivamente do mercado corporativo, as pessoas que vêem fazer negócios ou até mesmo trabalhar em nosso Estado. “Sentimos uma pouco da necessidade, por exemplo, no município da Barra dos Coqueiros, de mais infraestrutura, até mesmo pela distância da capital, do aeroporto, etc”, conta.

Um segmento de bons resultados para o setor hoteleiro e que cresce no Estado é o de eventos. Tivemos em 2013 um outubro e novembro, ambos muito bons, trouxemos grandes eventos para Aracaju. “Precisamos explorar o setor em Sergipe”, pontua.

Como experiente profissional da hotelaria Carlos Henrique Dutra se diz otimista. Ele relata que um futuro promissor é esperado, com a duplicação da BR 101, as pontes novas, que alimentam mais facilmente o mercado do norte sul, para que tenha acesso Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, e vice-versa. “Isso tem fortalecido o turismo sergipano e agora com a ampliação de aeroporto de Aracaju, o nosso mercado torna-se ainda mais qualificado.

Problemática

Uma problemática demonstrada por Henrique é com relação à divulgação que ainda é fraca. “Precisamos de uma vitrine maior, mostrar mais as potencialidades de Sergipe em pontos e lugares estratégicos. Uma agência vende o que está na prateleira. Se o público não souber que Sergipe existe, não souber que aqui ele tem uma variedade de atrativos, ele nunca virá. Temos uma gama de produtos, mas é pouco explorado. O turista tem que vir a Sergipe e voltar”, alega ele dizendo que o Brasil não explora o turismo, explora o turista e este é um problema nacional.

Outro ponto relevante é a dificuldade com as passagens aéreas e seus valores, que são diferenciadas de outros destinos. “O pacote aéreo para Aracaju custa em média, três vezes mais que o de Salvador. Isso acontece pela lei da oferta e dademanda. Sergipe tem poucos vôos por dia, o que encarece bastante o pacote de passagens aéreas”, detalha.

Esperança

Um dos diretores da ABIH Carlos Henrique Dutra diz que em Sergipe, a maioria dos hotéis são novos e os poucos os que não são, foram reformados e/ou ampliados. “Estamos muito bem preparados para receber, o turista precisa vir com mais freqüência, mas ele precisa voltar.

Dutra finaliza que o ano de 2012 foi um dos melhores anos para o turiimo nacional, e para Sergipe não foi diferente. Já 2013 os investimentos foram menores. “No ano de 2011 para 2012 tivemos um crescimento de 20% no setor hoteleiro em 2013 tivemos uma queda. Mas em 2014 a esperança é de crescermos ainda mais para chegarmos ao patamar do ano de 2012.

A estudante Mariana Medrado, de 20 anos veio a Aracaju passar as férias com seus pais, e planejaram o destino por não conhecerem a capital Sergipana. “Decidimos de última hora o pacote, mas antes de viajarmos, já sabemos o que, quando e onde vamos conhecer em Sergipe. Crôa do Goré, Cânion de Xingó, a Foz do Rio São Francisco, mercados, além das praias do litoral norte e sul já estão na lista do passeio”, conta a jovem que passará uma semana em Aracaju.

Fotos: Tíffany Tavares

 

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