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Jucese bate recorde em registro de empresas
Junta Comercial consegue emplacar 558 empresas no mercado sergipano
Economia 25/09/2011 07h00


Por Silvio Oliveira

A Junta Comercial de Sergipe registrou um recorde no mês de agosto de 2011: conseguiu emplacar 558 novas empresas no mercado sergipano. O recorde é considerado histórico em 114 anos de atividade da instituição empresarial e, se comparado com o mesmo período de 2010, quando a Jucese pontuou 460 novos registros, houve um crescimento de 21,30%. O setor que teve maior crescimento foi o de serviços (49,8%), seguido da área comercial (44,7%) e da industrial (5,5%).

Três fatores são apontados pela direção da Junta como preponderantes para o crescimento dos novos empreendimentos: a entrada da Classe C no mundo empresarial, o incentivo a legalização das pequenas empresas informais e a desburocratização das atividades da Jucese.  

Vinícius Mazza, presidente da Jucese, afirma que os governos estadual e federal têm incentivado a abertura de novos empreendimentos e com a política monetária favorável nada mais sensato que os números crescerem. Ele avalia, no entanto, que a crescente onda nacional da isenção das Classes C e D no mundo dos negócios  gerou bons índices. “Com o aumento do poder aquisitivo, muitas pessoas vislumbram ter ser próprio negócio. Agosto é um mês histórico para nós porque conseguimos o patamar de 558 novos registros”, comemora.

Além do campo econômico favorável, Vinícius Mazza ressalta a importância da desburocratização das atividades da Jucese nos itens infraestrutura e tempo de atendimento.

Quanto à infraestrutura, a Junta Comercial passou por um reordenamento dos setores e agrupou em seu quadro de serviços o atendimento de outros órgãos públicos, como guichês da Prefeitura Municipal de Aracaju, da Receita Federal, da Secretaria da Fazenda , do Corpo de Bombeiros e Vigilância Sanitária, entre outros. Ou seja, ficou mais fácil abrir uma empresa com a realização de todos os serviços em um único espaço. “Em até 72 horas o sergipano consegue ter liberada uma empresa de baixo risco”, contabiliza.

A diminuição do tempo de espera para registrar é um dos itens também apontados pela elevação dos números. No início

de 2011 foram contratados estagiários do curso de Engenharia de Produção para melhoria do atendimento e assim foi feito. Dos 30 minutos de espera para registrar uma fila, passou para a média de 5 minutos. Como conseguiu a conquista? Vinícius Mazza explica: “Os estagiários medem o tempo de espera, modificaram o layout dos setores num trabalho de engenharia de produção. E mantivemos a mesma quantidade de funcionários”, ressalta.

Todos esses fatores, aliado à diminuição do tempo de atendimento, estão fazendo com que os sergipanos procurem mais a função da Junta Comercial de Sergipe e saia da ilegalidade ou abra seu primeiro negócio.

Jucelino Damasceno (32) foi um deles e consegui passar de vendedor de cachorro quente ambulante para empresário da área de lanches. Ele montou uma lanchonete e fatura até R$ 3 mil mensal, enquadrou-se na contribuição Simples. “Comecei a estudar, minhas vendas também aumentaram e decidi investir nos negócios”, fala como empresário, o jovem empreendedor.

Como ele, outros sergipanos engrossaram o consolidado período de janeiro a agosto de 2011, quando foram abertas 3.279 empresas, contra 3.017 no mesmo período de 2010, ou seja, um aumento de mais de 250 novas empresas.

Para melhorar ainda mais o acesso às atividades da Jucese, Mazza afirma que a meta de 2011 é cobrir as oito microrregiões de Sergipe, abrindo juntas comerciais em Carmópolis e Nossa Senhora das Dores até o final do ano. “Já funcionam em Propriá, Lagarto, Itabaiana, Estância, Nossa Senhora da Glória e Aracaju. A intenção é que não mais precise vir até a capital para registrar uma empresa”, argumenta.

Saldo positivo

Além de conceder o registro a novas empresas, a Junta Comercial também dá baixa em empresas que param de funcionar. No período de janeiro a agosto de 2010, 796 empresas fecharam suas portas em Sergipe. No mesmo período de 2011, houve um salto significativo para 1.102 empresas.

O fato é que não se pode comparar os dados, posto que em 2011 a Jucese passou a encerrar empresas do programa do Governo Federal denominado de microempreendedor individual (MEI). “Não podemos comparar os dados porque em 2010 não fazíamos o fechamos dos MEI’s e em 2011 começamos a fazer”, explica Mazza.

No mês de agosto de 2011, cento e cinqüenta e nove empresas fecharam as portas e, mesmo com a ponderação do presidente da Jucese, há um saldo bastante positivo quando comparado com as 558 empresas abertas no mesmo período,

Com a desburocratização do sistema, o clima favorável da economia e a elevação social das classes C e D, a tendência é que os ventos continuem soprando favoravelmente na Junta Comercial de Sergipe.

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