Rendimento médio do sergipano cai 11% em meio à pandemia, aponta IBGE
Pnad aponta que 149 mil viveram com R$ 308,00 por mês no ano passado Economia | Por F5 News 10/06/2022 12h13O segundo ano da pandemia foi marcado pela queda no rendimento médio do sergipano. Em 2021, a população que vive em Sergipe recebeu R$ 1.596 em média por mês. No ano anterior, esse valor era de R$ 1.795. De um ano para o outro, a redução percentual foi de 11%.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) 2021 - Rendimento de todas as fontes, divulgada nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a pesquisa, esse é o menor valor desde o início da série histórica em 2012. Há uma década, o sergipano recebia em média R$ 1.784 para custear as despesas pessoais e familiares mensalmente.
A queda ocorreu após as políticas de transferência de renda para mitigar a crise causada pela pandemia da covid-19 darem um alívio em 2020. Naquele ano, segundo o IBGE, “observou-se a redução do peso do trabalho e aumento de outras fontes de rendimento, no entanto, entre 2020 e 2021 o movimento foi o oposto”.
Com isso, apesar da melhora no mercado de trabalho, pesou a redução do alcance e valor do Auxílio Emergencial pago pelo governo aos mais vulneráveis. No ano passado, cerca de 149 mil sergipanos receberam Bolsa Família, o que representa 19,1% dos domicílios, em 2020 eram 15% e em 2019 foram 30,3%.
Em média, R$ 308 eram destinados a cada pessoa da família que recebeu Bolsa Família no ano passado.
Além disso, o percentual de domicílios que receberam rendimentos de outros programas sociais chegou a 26,6% (ou 207 mil) em 2021. Esse percentual é menor se comparado a 2020 (33%).
O BPC foi o único rendimento que permaneceu estável nos últimos três anos, chegando a 4,6% em 2021, no estado de Sergipe. Ele é destinado ao idoso com idade igual ou superior a 65 anos ou à pessoa com deficiência de qualquer idade.
Em Sergipe, 57,8% da população possui rendimento oriundo de todas as fontes, além do salário, mas somente em 36% esse rendimento é habitualmente recebido em todos os trabalhos.
Já para 29,1% dos sergipanos, o rendimento provém de outras fontes (aposentadoria e pensão, aluguel e arrendamento, doação).