Sergipanos atingem menor índice de inadimplência da história, aponta Fecomércio | F5 News - Sergipe Atualizado

Sergipanos atingem menor índice de inadimplência da história, aponta Fecomércio
Cerca de 9 mil famílias no estado estão com contas em atraso, segundo levantamento
Economia | Por F5 News 07/04/2022 10h35


Em março deste ano, os sergipanos atingiram o menor percentual de inadimplência da série histórica estudada pela Federação do Comércio no estado. O indicador apontou 4,5% de famílias que não estão em condições de pagar seus compromissos contraídos, o correspondente a 9.125 famílias. A redução é de 1,9% diante do mês de março de 2021 e de 0,5 diante do mês de fevereiro deste ano.

A análise é da assessoria executiva do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac de Sergipe, com base na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Confederação Nacional do Comércio.

O presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, Laércio Oliveira, comentou o resultado da análise da pesquisa, apontando fatores que colocam as famílias sergipanas no menor patamar de inadimplência da história.

“Sergipe atravessou a crise provocada pela pandemia com muito esforço e o ano de 2021 foi de crescimento no mercado de trabalho, com quase 14 mil novos empregos. Isso se soma aos mais de 15 mil postos recuperados ao longo da pandemia, colocando o estado de volta em um bom patamar em termos de colaboradores nas empresas. E com as pessoas recuperando seus empregos e conquistando novos postos de trabalho, a renda familiar eleva e as contas voltam a ser pagas com regularidade”, disse Laércio Oliveira.

O presidente da Fecomércio também salientou que o mercado sergipano está vivendo um bom momento, no que diz respeito à empregabilidade, que se correlaciona à redução da inadimplência. "Vale lembrar que esse indicador já chegou na casa dos 30%, o que significa uma grande diminuição dos sergipanos inadimplentes. Isso é o resultado do crescimento do emprego e da educação financeira familiar", apontou.

Endividamento

O indicador de endividamento das famílias sergipanas em março de 2022 foi de 77,4%, apontando elevação de 1,1% diante do mês de março de 2021. Em números absolutos, são 156.304 famílias na condição de endividamento, aquelas que têm compromissos a pagar.

As dívidas são resultado de compras que movimentam o comércio, financiamentos, operações de crédito e empréstimos contraídos, além de assinaturas de serviços mensais e contas cotidianas, a exemplo e energia e telefonia. No outro extremo, 22,6% das famílias sergipanas informaram não possuir dívidas.

Contas em atraso

As famílias sergipanas que se encontram em condição de dificuldades para pagamento das contas, ou seja, com contas atrasadas, atingiram 24%. Entre março do ano passado e março deste ano houve elevação de 1,6%. O tempo médio das contas atrasadas dos sergipanos é de 64 dias. As famílias com contas atrasadas são parte contida no universo das que admitiram endividamento.

A divisão dos tipos de dívidas das famílias sergipanas é liderada pelas operações de crédito. O cartão de crédito responde por 96,6% das dívidas. Em seguida vêm as operações de crediário por meio de carnês de compras, com 30,6% e crédito pessoal, com 18,8%. O assessor executivo do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, Marcio Rocha, explica a divisão das dívidas das famílias.

“As pessoas possuem mais de uma modalidade de pagamento ou operação de contração de compromissos. Quem usa o cartão de crédito também pode ter dívidas de outros tipos, o que é perfeitamente natural na vida das famílias, já que o cartão é o modal de pagamento mais utilizado. As mesmas famílias possuem carro ou moto financiada, casa ou apartamento financiado, crédito pessoal, cheque especial, ou quaisquer outras das nove variáveis estudadas que se consideram dívida. Por isso, o somatório dos indicadores ultrapassa os 100%.

Ele prossegue ressaltando que ter uma dívida no cartão de crédito, por exemplo, não é necessariamente ruim. "São as compras no comércio e nos serviços que movimentam a economia e fortalecem a geração de emprego. O problema é perder o controle e ter mais dívidas que a capacidade de pagamento, mas temos visto que, desde o início da pandemia, essa situação está controlada”, analisa Rocha. 

Edição de texto: Monica Pinto
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