Sergipe tem a 4ª maior taxa de desemprego do Brasil, aponta IBGE
A renda média do sergipano não teve aumento significativo no último ano Economia | Por Antonio Cardoso 13/05/2022 16h00Sergipe tem a 4ª maior taxa de desemprego (14,9%) do Brasil. São 169 mil pessoas fora dos postos de trabalho, de acordo com pesquisa divulgada nesta sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar de negativo, o percentual diminuiu em relação ao mesmo período do ano passado (20,7%).
O Brasil tem, em média, uma taxa de 11,1% de desocupação no levantamento feito nos primeiros três meses deste ano, de acordo com a Pesquisa Nacional de Amostra em Domicílio Contínua (PNAD-C), que mostrou não haver uma variação estatisticamente significativa em relação ao último trimestre de 2021.
Com estabilidade em quase todos os estados, as maiores taxas de desocupação foram as da Bahia (17,6%), de Pernambuco (17,0%) e Rio de Janeiro (14,9%), empatando percentualmente com Sergipe. As menores do país são de Santa Catarina (4,5%), Mato Grosso (5,3%) e Mato Grosso do Sul (6,5%).
O IBGE ressalta ainda que todas as grandes regiões do país tiveram taxas de desocupação estáveis na comparação com o último trimestre do ano passado, sendo que o Nordeste (14,9%) se manteve com o maior índice ao longo de todos os trimestres analisados. Já a região Sul teve a menor, 6,5%.
Força de trabalho em Sergipe
Em relação à população ocupada, Sergipe tem 961 mil pessoas, o que representa um aumento de 95 mil trabalhadores, em relação ao mesmo período do ano passado.
O nível de ocupação foi de 51,2%, o que representa um aumento de 4,3 pontos percentuais em comparação ao mesmo período do ano anterior. Entretanto, em relação aos últimos três meses, não houve variação estatisticamente significativa.
O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada (245 mil pessoas) não apresentou variação estatística em relação ao trimestre anterior. Apesar disso, Sergipe teve o 6° menor percentual do país de pessoas que trabalham com carteira assinada (55,9%).
Por outro lado, as pessoas sem carteira de trabalho assinada representam cerca de 194 mil trabalhadores, o que representa um aumento de 39 mil pessoas ( 24,9% em relação ao mesmo período do ano anterior).
No mesmo período, o número de pessoas trabalhando por conta própria chegou a 260 mil (27,1%) e a taxa de informalidade em Sergipe foi de 53,6%, sendo a 6ª maior do país e superior à média nacional (40,1%).
O valor recebido, em média, pelos sergipanos, que é estimado em R$ 1.797, não apresentou variação no último ano. Ou seja, não houve aumento significativo da renda dos sergipanos desde o primeiro trimestre de 2021.
Estagiário sob supervisão da jornalista Monica Pinto