Primeira coprodução entre Bélgica, França e Brasil é gravada em Sergipe | F5 News - Sergipe Atualizado

Primeira coprodução entre Bélgica, França e Brasil é gravada em Sergipe
Estreia deve ser no final deste ano
Entretenimento 05/05/2012 12h18


Por Míriam Donald

“A Pelada”. O título da primeira coprodução entre Bélgica, França e Brasil não se refere à nudez, mas ao protagonista, que se despe de todas as lorotas que conta, além de uma conotação ao futebol, esporte popular no território brasileiro, pois um dos passatempos preferidos da personagem principal é jogar a velha pelada com os amigos.

A comédia romântica está sendo gravada no cenário sergipano, em locações na capital Aracaju e no município de São Cristóvão e firmou aliança entre Bélgica, França e Brasil,  tornando-se a primeira coprodução da história do cinema brasileiro.

Cena de jogo de futebol no bairro  Coroa do Meio

 

 

 

 

 

 

 

 

Filme

Escrito e dirigido pelo belga DamienChemin, o longametragem contará a história do jovem casal Caio e Sandra, interpretados pelos atores Bruno Pêgo e Kika Farias (foto abaixo), que acham necessário passar por novas experiências para reanimar a paixão do casamento depois da primeira crise séria, nos primeiros três anos da união.

O técnico de manutenção de piscinas Caio enfrenta situações constrangedoras e cômicas com sua amada Kika, mas sem melhorias na relação. Diante das confusões, o casamento piora dramaticamente à medida que surgem as revelações dos desejos e das mentiras de cada um. As coisas então sofrem uma mudança surpreendente, levando-os ao limite dos seus desejos, mostrando a última prova dos seus sentimentos profundos onde renasce o amor cúmplice. Nas horas vagas, o passatempo preferido dele é jogar a velha pelada com os amigos.

Produção

O diretor Damien Chemin (primeiro da esquerda para a direita) mora em Aracaju há seis anos e levou o projeto do filme para a produtora belga ‘Tarantula’ que encaminhou o projeto ao governo belga. Gostando da ideia, o governo patrocinou a finalização do filme. Com a aprovação, o filme é produzido em conjunto por três produtoras - a brasileira de vídeos WG, a belga Tarantula e a francesa Urban Factory - e patrocinado pelo Ministério da Cultura, Audiovisual belga Centre Du Cinema e Governo do Estado de Sergipe.  Além dos patrocínios o filme teve apoio do Serviço Social do Comércio de Sergipe (Sesc/Se), entre estabelecimentos comerciais e hotéis da capital.

Segundo Paula Gomes, assistente de produção executiva, o longa explora o cenário aracajuano, é um filme  independente e de baixo orçamento. “Ele imaginou o filme para Aracaju. O que interessou as pessoas de fora nesse projeto era conhecer o Brasil que seja fora do eixo Rio-SãoPaulo”, destaca. Ela disse ainda que, para a equipe de direção, é interessante mostrar o ambiente, o sol, a luz particular do local. “Na visão de Damien é peculiar. É um diferencial que a gente tem”, complementa Paula.

Seleção de elenco

Tipos populares, “sem muita frescura”.  A busca de Damien e da produtora de elenco local, Diane Veloso, foi por atores e atrizes com traços nordestinos, de pessoas simples, tipos populares e costumes leves. Um perfil que retratasse simplicidade com modernidade, jovialidade e traços sergipanos foram as características mais procuradas.  

Com elenco formado por atores experientes e revelações recentes, além de artistas sergipanos, a produção traz a oportunidade de conhecer os talentos que estão despontando no cenário nacional. O diretor belga fez testes com alguns atores com ajuda de Diane Veloso e, de acordo com ela, os artistas que ele não conseguiu encontrar em Aracaju com o perfil dos personagens que queria a equipe buscou fora do estado, mas que tivessem características nordestinas como o Tuca Andrada e Kika Farias, naturais de Pernambuco, e o baiano Bruno Pêgo.

“O Damien é um cara muito empenhado e vem fazendo há muito tempo essa seleção. Há dois anos ele vem fazendo esse trabalho. Ele  percorreu os municípios de Sergipe e observou seus grupos de teatro. Quando estava chegando na reta final e ele me convidou”, coloca Diane.

Diane ainda esclarece que ‘A Pelada’ não é uma comédia, mas você ri da situação. Antecipa que o filme sai do contexto do sertão.  “Não são tipos pré-fabricados pelo cinema, é da própria visão dele, uma visão belga, do olhar que ele tem daqui e o interessante é que ele não trata do sertão, mas de situação que pode acontecer em qualquer lugar do mundo, só que com as características de quem mora aqui", diz Diane”.

Direção

Damien (foto abaixo) tem formação em uma escola de cinema em Bruxelas, na Europa, e quando veio ao Brasil, começou a trabalhar com comerciais, documentários e ter participação em curtas-metragens, além de ter trabalhado como câmera man. A inspiração do filme veio de muitos casos e histórias escutadas por ele no dia a dia. “Me inspirei em casos que escutei”, conta Damien.

Segundo ele, foi a partir dessas histórias que surgiu a ideia de produzir um longa mostrando o cotidiano da capital sergipana e o aspecto moderno da cidade. “Deixei de lado as características tradicionais do sertão e quis mostrar um lado moderno, mas simples, da classe média”, elucida.

Damien faz sua primeira produção independente e espera que ela se difunda por diversos lugares. Para ele, é interessante criar ponte em uma região que não têm indústria cinematográfica, com parceiros de fora que têm mais recurso nesse sentido. “Espero ganhar espaço novo e uma divulgação maior através dessa coprodução.”

Depois das cenas gravadas, a proposta esperada é que o filme seja lançado em novembro e entre primeiramente no circuito de festivais, até conseguir o caminho de distribuição nas salas de cinema, seguido de TV. Segundo Damien, o filme teve baixo orçamento e tem uma equipe que envolve entre 35 a 40 pessoas só em Sergipe. A produção deve ficar pronta em agosto ou setembro deste ano para seguir para a Bélgica e ser finalizado em paralelo com a trilha sonora que será feita no Brasil por Dudu Prudente, compositor.

 

 

 

 

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