André Moura é citado como negociador de esquema de extorsão no RJ | F5 News - Sergipe Atualizado

André Moura é citado como negociador de esquema de extorsão no RJ
Ex-deputado sergipano nega acusação publicada na Veja e diz que recorrerá à Justiça
Política | Por Will Rodriguez 25/05/2020 11h54


O ex-deputado federal por Sergipe André Moura, atual secretário da Casa Civil do Estado do Rio de Janeiro, é apontado como negociador de um esquema montado para extorquir empresas prestadoras de serviços. A denúncia, publicada na edição desta semana da revista Veja, partiu do empresário carioca Arthur Soares, conhecido como “Rei Arthur”. Em menos de um ano, segundo ele, a fraude teria arrecadado cerca de R$ 30 milhões com a cobrança de 20% a 30% do valor de cada fatura paga.

Segundo a publicação, o governo alega que não tem dinheiro suficiente para quitar as dívidas com os credores, atrasa os pagamentos, acena depois com a possibilidade de uma negociação e, por fim, surge alguém com a solução mágica — quem concorda em pagar propina ganha a preferência na fila do caixa. Nesse contexto, o político sergipano aparece no centro da denúncia como o responsável por intermediar as negociações para o recebimento da propina. 

Arthur Soares, que negocia uma delação premiada, contou que tinha cerca de 100 milhões de reais a receber do governo. Em julho, seu irmão, Luiz Soares, foi avisado de que a dívida seria integralmente quitada desde que ele concordasse em pagar 20% do valor. O empresário não aceitou, e o contrato de sua empresa com o governo foi suspenso.

Logo depois, o irmão do empresário teria se encontrado com André Moura que supostamente reafirmou o pedido de propina e assegurou que, se o empresário topasse o acordo, o dinheiro seria liberado. As negociações teriam se estendendido até o dia 27 de dezembro do ano passado, quando Arthur Soares diz ter aceitado a proposta e recebido 8,6 milhões de reais para a empresa Cor e Sabor, que fornecia alimentação para o sistema penitenciário. Em troca, o empresário diz ter se comprometido a repassar ao secretário 20% desse valor, cerca de 1,7 milhão de reais, em seis parcelas.

Moura afirma que nunca se encontrou com interlocutores de Arthur Soares e nega ter alguma participação no esquema de propinas. “Jamais estive com Arthur Soares ou com qualquer pessoa ligada a ele. Ouvi falar de suas falcatruas e do envolvimento desonesto com governos passados através da imprensa. A própria revista reconhece que 'as tratativas com o MPF não avançaram porque os procuradores avaliaram que as provas apresentadas eram insuficientes', diz o secretário.

“A área de compras de cada secretaria de Estado é responsável por liberar seus pagamentos e suspender os contratos com seus fornecedores. Portanto, o secretário da Casa Civil e Governança não tem gerência sobre contratos de outras pastas, como foi citado erroneamente na matéria”, acrescentou André Moura, informando que sua assessoria jurídica vai buscar a reparação do que chama de alegações falsas. 

No Palácio Guanabara, sede do governo fluminense, circula a informação de que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, busca nomes para substituírem o secretário devido a sua insatisfação com a articulação política promovida por ele, conforme apuração da coluna Radar, também publicada em Veja.

Edição de texto: Monica Pinto
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