Como a ausência de Valmir a evento com Bolsonaro repercute nos bastidores | F5 News - Sergipe Atualizado

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Como a ausência de Valmir a evento com Bolsonaro repercute nos bastidores
Pré-candidato ao governo do Estado disse que não foi para evitar processo
Política | Por F5 News 18/05/2022 16h15 - Atualizado em 18/05/2022 20h25


Em meio à multidão que recepcionou o presidente Jair Bolsonaro (PL) em Sergipe nesta terça-feira (17), uma ausência não passou despercebida: a do pré-candidato ao governo do Estado Valmir de Francisquinho, correligionário do presidente.

Bolsonaro foi ovacionado durante a passagem pelo estado desde o desembarque em Aracaju e também pelas cidades em que visitou no interior, Propriá e Capela. Centenas de apoiadores acompanharam a comitiva presidencial na inauguração de trechos da BR-101/SE, em Propriá, no norte do estado.

Nos bastidores, alguns aliados do presidente interpretaram que a ausência de Valmir sinalizou uma perda de fôlego da sua pré-candidatura. Ele tem dito, no entanto, que há possibilidade de realização de um evento político com a presença do presidente para selar o seu nome na disputa ao Executivo sergipano em outubro.

Oficialmente, à imprensa, o ex-prefeito de Itabaiana afirmou que não compareceu à solenidade por orientação de sua assessoria, sob o pretexto de evitar um eventual processo por abuso de poder político, como ocorreu em 2018, quando seu filho, o deputado estadual Talysson dos Santos Costa, teve o mandato cassado acusado de praticar abuso de poder econômico.

Segundo a denúncia, Valmir, então prefeito, teria feito da inauguração de algumas obras públicas eventos com o intuito de alavancar a candidatura do seu filho, utilizando aparelhagem de som do município. Em uma delas, no povoado Carrilho, teria sido feita a distribuição de materiais à população, inclusive com bótons e demais itens alusivos a campanha. 

Ocorre que, além de Valmir não estar exercendo mandato público, a Legislação eleitoral estabelece que o comparecimento de candidato a qualquer inauguração de obra pública na localidade onde ele concorre a cargo eletivo, independentemente de a obra ser federal, estadual ou municipal, fica proibido durante os três meses que antecedem o pleito, ou seja, a partir de 2 de julho de 2022.

Além das articulações para composição da chapa, Valmir de Francisquinho precisa se desvencilhar dos imbróglios jurídicos que ameaçam sua eventual candidatura.

Valmir de Francisquinho ficou afastado do Executivo de Itabaiana de novembro de 2018 a março de 2019. Ele foi acusado de articular um suposto esquema de desvio de recursos do matadouro municipal. Segundo apurado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público, a fraude na arrecadação das taxas de abate gerou um prejuízo estimado em mais de R$ 6 milhões ao erário.

O ex-prefeito também tenta se livrar da condenação do Tribunal Regional Eleitoral por abuso de poder e uso da máquina administrativa da Prefeitura de Itabaiana nas Eleições 2018. Com um placar de 5 a 2, o colegiado decretou a inelegibilidade  de Valmir por oito anos.

“Estou elegível. Temos certidão, temos tudo certo graças a Deus. Nós estamos tranquilos e vamos andar com nossa candidatura”, afirma Valmir.

Edição de texto: Monica Pinto
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