Por Joedson Telles

Crescimento do PSC gerou fogo amigo

Ao fazer uma analise sobre a polêmica criada em torno “da paternidade” do Hospital do Câncer, com base na especulação de que o grupo liderado pelos irmãos Amorim estaria em rota de colisão com o agrupamento do governador Marcelo Déda (PT), o deputado federal André Moura (PSC) negou que esteja havendo a animosidade. Segundo ele, o governador Marcelo Déda e o senador Eduardo Amorim foram eleitos na mesma coligação e ambos têm como projeto maior Sergipe. André, todavia, observou que o crescimento do PSC gerou ciúmes e fogo amigo.

“Vejo hoje um conflito muito mais interno que externo. Está se pensando muito em 2014, com candidaturas colocadas para o governo do Estado e para o Senado Federal. É muito precipitado. Temos que pensar em 2012”, sugeriu, assegurando o PSC não está antecipando o pleito de 2014. “Não tem ninguém do PSC precipitando isso. Conseguimos trazer as maiores lideranças políticas pela unidade do grupo. Desde 2006, estamos planejando o grupo. E somos o partido que mais cresceu. O maior partido de Sergipe. Isso provoca ciúmes. Preocupações”, afirmou.

André avalia que, à medida que o pleito municipal se aproxima, os interesses partidários provocam os conflitos de praxe na política. Segundo ele, como já aconteceu em outros pleitos envolvendo outras alianças, será praticamente impossível o PSC e o PT estarem coligados em 100% dos municípios sergipanos. Isso, contudo, não significa o rompimento especulado. “Quando a eleição do próximo ano terminar, vamos ver que o resultado será positivo para o agrupamento, desde saibamos que o projeto maior é Sergipe”, avaliou, salientando ser natural o governador Marcelo Déda ter compromisso com o PT e o senador Amorim com o PSC.