Novo conselheiro do TCE deverá sair do grupo de Amorim | F5 News - Sergipe Atualizado

Novo conselheiro do TCE deverá sair do grupo de Amorim
Deputados e líderes se reuniram e decidiram pela independência
Política 01/03/2012 06h33


Por Joedson Telles

Ao final da reunião que teve início, por volta das 16h da tarde desta quarta-feira 29, na Ilha FM, e só terminou depois das 21h, o líder do bloco formado por 11 partidos encabeçados pelo PSC, o empresário Edvan Amorim, concedeu uma entrevista coletiva e comentou parte do que foi tratado com praticamente toda a bancada e mais o senador Eduardo Amorim (PSC). Os deputados Adelson Barreto e Maria Mendonça, do PSB, e mais a deputada Goretti Reis (DEM), está última por estar na chapa eleita para a Mesa Diretora da Assembleia, também estiveram na reunião. Bombardeado por jornalistas e radialistas, Edvan optou por frases curtas, mas não deixou nenhuma pergunta sem resposta. Segundo Edvan, o grupo não será oposição ao governo Marcelo Déda, mas independente, votando a favor dos projetos importantes para a sociedade, mas derrubando projetos de cunho político - que sejam de interesse apenas do governador. Tudo sob a batuta da presidente da Casa, Angélica Guimarães. Ao ser provocado, se o apoio a Belivaldo Chagas estava descartado, e se o próximo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sairá do grupo dos irmãos Amorim, Edvan foi seco: "Deve ser por aí. Aqui está o grupo de todos os partidos. É o desejo de todo mundo". A deputada estadual Susana Azevedo (PSC), por sua vez, respondeu com um sorriso a pergunta se o nome seria o dela. Sobre novas alianças, Edvan Amorim não descarta um acordo com o ex-governador João Alves Filho (DEM). "Tudo é possível. Você tem um namoro, quando termina você não está livre para namorar?", indagou.

 

A coletiva na íntegra:

 

Jornalistas - O senhor acredita que o governador já tinha uma composição com Conceição Vieira, e daria uma rasteira no PSC na Assembleia?

Edvan Amorim - Esse assunto, eu não posso dizer, mas posso dizer que disse a ele que os deputados estavam definidos para fazer a eleição da Mesa e a presidente tinha me dito que, logo que tivesse os votos, colocaria para votar.

Jornalistas - Como é que fica a situação agora para 2012?

E.A. - Normal. O PSC está com liberdade agora, e sempre teve. Haverá outras reuniões para chegar a uma decisão final.

Jornalistas - Sobre o assédio que a bancada estaria sofrendo por parte do governador Marcelo Déda...

E.A. - Faz parte. Tudo poderia ser evitado porque o rompimento não foi da nossa parte. Acredito que Marcelo Déda é um governador simpático, bacana, porque ele me tratou assim durante duas horas de reunião.

Jornalistas - Qual a relação entre PT e PSC?

E.A. - A relação só existe quando os dois querem. O PSC foi um partido que sempre deu sustentação ao governo sem cobrar nada.

Jornalistas - Gilmar vai deixar o grupo ou o grupo não vai fechar mais com Belivaldo?

E.A. - Nem uma coisa nem outra.

Jornalistas - Alguns partidos, agora, estão meios truncados. O PDT, o PSB tem um papel muito grande aí. Esses partidos estarão unificados tentando a Prefeitura de Aracaju?

E. A. - Aqui só tem união. Só tem uma coisa importante, que não praticamos traição.

Jornalistas - O grupo dos irmãos Amorim foi subestimado pelo governador Marcelo Déda?

E.A. - Não tenha dúvida.

Jornalistas - Existe uma possibilidade de o grupo dos irmãos Amorim compor com o grupo do ex-governador João Alves?

E.A. - Tudo é possível. Você tem um namoro, quando termina você não está livre para namorar?

Jornalistas - Em 1998, Albano e Jackson articularam uma "puxada de tapete" na Assembleia.

E.A. - Alguém puxou o tapete de alguém na Assembleia? Naquela Casa só ganha quem tem maioria, e, se eles tivessem, evidentemente, tinham feito a Mesa. O regimento está claro, foi feito por ele (o líder do governo Francisco Gualberto) e aprovado por todos.

Jornalistas - A tese de Eduardo Amorim: apoiar o que for bom para o povo e barrar o que não foi para o povo?

E.A. - Se é bom para o povo de Sergipe terá o apoio da nossa bancada como sempre teve.

Jornalistas - A presença do Democratas na Mesa Diretora da Assembleia significa uma aproximação (com seu grupo?)

E.A. - É uma parte de incluir a oposição que tem quatro deputados que não têm lugar na Mesa. O PT e o PMDB não quiseram participar da Mesa. Mesa de Assembleia quem tem que decidir são os deputados. Tomaremos decisões de forma coesa. Recebemos pressão de toda ordem, basta ouvir os depoimentos a deputada Maria Mendonça. Fomos parceiros leias o tempo inteiro. Não há nenhum arrependimento nisso.

Jornalistas - Itabaiana é uma coisa muito complicada. (O prefeito) Luciano Bispo já foi convidado para conversar com o governador. E Maria Mendonça? Como o PSC vai articular dois grupos na cidade de Itabaiana?

E.A. - Itabaiana é minha casa. E em minha casa eu fico à vontade.

Jornalistas - Tem dois deputados aqui do PSB. Eles vão resolver as vidas deles com o senador Valadares ou o senhor vai intermediar isso?

E.A. - Eles vão resolver a vida deles com Valadares. Eles estavam aqui solidários porque o PSB participou da Mesa. O segundo cargo mais importante da Mesa é do PSB. Não é com a gente essa questão de que os deputados são discriminados. Todos os deputados foram convidados e os que não quiseram ficaram de fora.

Jornalistas - Há mágoa da parte do seu grupo?

E.A. - Nenhuma mágoa. Estamos tranquilos, felizes e muitos convictos de que essas coisas em política acontecem. Estamos de pé, e não de joelhos. E não existe nenhuma pressão em cima do senador Valadares. Ele e o PSB vão fazer o que quiser, como nós também vamos.

Jornalistas - As declarações de Gilmar Carvalho foram um recado?

E.A. - Eu não mando recado. Quando eu quiser, eu chamo e digo.

Jornalistas - O senhor foi considerado maestro pelo líder do governo na reeleição da Assembleia...

E.A. - Se eu fui qualificado com esse cargo importante, quero dizer que a batuta não é emprestada. É própria mesmo. Golpe na Assembleia Legislativa, em um processo aberto, discutido, onde vários partidos participam, e a maioria decide? Deve ter alguém aí com problema de cabeça. A pessoa quando não consegue alcançar os intentos que deseja não pode baixar esse nível.

Jornalistas - A bola do governador estava alta, na sua concepção?

E.A. - Eu não sou deputado e não posso falar se a bola dele estava alta, cheia ou vazia. Mas, como articulador, eu disse aos deputados que ficassem à vontade para fazer o melhor para eles.

Jornalistas - O próximo conselheiro do Tribunal de Contas sai desse grupo?

E.A. - Deve ser por aí. Aqui está o grupo de todos os partidos. É o desejo de todo mundo.

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