Tumulto durante sessão presidida pela deputada Katarina repercute negativamente
Motta cobra melhor conduta de deputados; Sessão da Câmara chegou a ser suspensa Política | Por F5 News 20/02/2025 16h15 |A deputada federal Delegada Katarina (PSD-SE), 3ª secretária da Mesa Diretora da Câmara, precisou suspender a sessão plenária desta última quarta-feira (19) para conter os ânimos acirrados entre parlamentares. O tumulto ocorreu após embates entre os congressistas dos dois partidos por conta da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Durante a confusão, Katarina, que presidia a sessão naquele momento, tentou acalmar os parlamentares e restabelecer a ordem, mas sem sucesso. Diante da insistência dos grupos em se confrontarem, a deputada decidiu interromper temporariamente a sessão até que a situação fosse controlada.
Ao reassumir a presidência, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), pediu desculpas à deputada em nome da Casa e repreendeu os deputados envolvidos. “Entendo o ambiente turbulento político que o país enfrenta diante dos últimos acontecimentos, mas quero dizer a vossas excelências: se estão confundindo esse presidente como uma pessoa paciente e serena, como um presidente frouxo, vocês ainda não me conhecem”, declarou Motta. Ele reforçou que não permitirá desordem no plenário e determinou medidas para manter a disciplina entre os congressistas.
Apoio político em Sergipe
A atuação da Delegada Katarina à frente da sessão recebeu o apoio de diversas lideranças políticas sergipanas. O governador Fábio Mitidieri classificou o episódio como desrespeitoso e antidemocrático, posicionamento compartilhado pelo deputado estadual Jeferson Andrade, a deputada federal Yandra Moura, a deputada estadual Kitty Lima, o deputado estadual e secretário-chefe da Casa Civil, Jorginho Araújo, entre outros que prestraram apoio.
O que aconteceu na sessão
O tumulto na Câmara começou por volta das 18h30, quando deputados do PL, liderados por Nikolas Ferreira (MG), subiram à tribuna segurando placas com os dizeres “Anistia já” e “Perseguição política” em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e pedindo anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro. Nikolas chegou a dizer: “Golpe é meu ovo que está caro igual o café”.
Na sequência, deputados do PT responderam, exibindo cartazes com frases como “Sem anistia” e “Bolsonaro preso”, em referência à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente. Enquanto o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), tentava discursar, foi constantemente interrompido por gritos da oposição.
A deputada Katarina, que presidia a sessão, tentou intervir e pedir ordem, mas os parlamentares continuaram o bate-boca, forçando a suspensão temporária da sessão.
Medidas da Presidência da Câmara
Após a retomada da sessão, Hugo Motta anunciou que será mais rigoroso no cumprimento do regimento interno da Casa. Ele determinou que placas não poderão mais ser levadas ao plenário e que o Departamento de Polícia Legislativa (Depol) reforçará o controle de vestimentas, proibindo congressistas de participarem das comissões sem gravata ou de camiseta.
Além disso, Motta destacou que seguirá o exemplo do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, que adotou medidas restritivas para garantir a ordem nos debates parlamentares. Caso ocorra desrespeito entre deputados, o Conselho de Ética poderá ser acionado para tomar providências.





