Falha geológica em Malhador ainda não é mapeada, afirma laboratório | F5 News - Sergipe Atualizado

Falha geológica em Malhador ainda não é mapeada, afirma laboratório
LabSis acompanha tremores de terra que ocorreram no município sergipano
Cotidiano | Por Fernanda Araujo 15/01/2019 12h55 - Atualizado em 15/01/2019 13h26


No último final de semana um novo tremor de terra considerado de baixa intensidade assustou os moradores da cidade sergipana de Malhador. Este foi o segundo registrado na cidade no sábado (12) num intervalo de três dias, abalo que alcançou magnitude de 1.7 graus na escala Richter e que foi sentido em municípios vizinhos.

Na quarta (9), a magnitude foi de 3.2, conforme cálculos atualizados pelo Laboratório Sismológico da Universidade Federal de Rio Grande do Norte (UFRN), que monitora esse tipo de atividade no Nordeste e afirma que a ocorrência é comum por ser área sismicamente ativa. No ano passado, esse fenômeno natural também ocorreu na região no dia 10 de julho, com magnitude de 2.0.   

Segundo o engenheiro técnico do LabSis, André Silva, o Nordeste é a região mais ativa para abalos sísmicos do país. Ele explica que o Brasil se situa no centro de uma das placas tectónicas, que são como um quebra-cabeça. Apesar de terremotos serem mais frequentes em países situados nas “bordas” dessas placas, onde a pressão é maior, o Brasil também sofre com pressões internas.

“É o que chamamos de Sismos Intraplaca, que ocorrem no interior de placas tectónicas. A placa está sendo pressionada com outras placas, e isso ocasiona falhas dentro dela, o que acaba gerando terremotos mais fracos. Semanalmente detectamos terremotos no país, e como a gente monitora o Nordeste é a região mais ativa. Vai acumulando pressão e chega uma hora que a estrutura das placas não consegue segurar. Daí parte da energia é perdida em calor e outra em tremor, que ocorre quando a placa se move em centímetros ou milímetros”, relata.

Esses eventos têm preocupado moradores do agreste de Sergipe. E apesar do acompanhamento dos tremores na região, provocados pelas falhas geológicas, ainda não é possível identificar porque têm acontecido em intervalos de tempo menores. Para isso é preciso ser feito um estudo aprofundado sobre a questão e, segundo o LabSis, a área ainda não é mapeada, já que são eventos isolados.

“Não foi feito nenhum estudo com rede local na região. Isso só é feito quando tem muito tremor e com a garantia de que vai ter resultados. Se tem eventos isolados, não vai detectar nada. E, claro, também não existe possibilidade de prever um terremoto e ninguém sabe como vai evoluir, pois a atividade sísmica é aleatória, pode tremer hoje, amanhã ou demorar cinco anos”, ressalta o sismólogo Joaquim Ferreira, professor da UFRN.

O sismólogo acrescenta ainda que não há como confirmar se nos últimos anos têm ocorrido tremores com mais frequência no estado sergipano. “Não tem como comparar porque no passado as informações são muito vagas, só quando havia maiores tremores se publicava na imprensa sergipana”, disse.

Para avaliar a frequência de abalos nas regiões e fazer o mapeamento, são montadas estações em torno da localização dos tremores, ou seja, no epicentro – ponto da superfície da terra onde primeiramente chega a onda sísmica –, onde eles serão monitorados por alguns meses, o que pode ajudar a explicar a ocorrência maior de terremotos.

“A princípio não tem nada planejado para que isso seja feito [em Malhador]. O risco de impacto estrutural é possível porque não se sabe se a magnitude vai aumentar ou diminuir. O tremor não depende só do grau de magnitude, mas também da profundidade que acontece. Se for muito profundo, tem pouco impacto na superfície. Mas a gente pode garantir que a população pode ficar tranquila”, completou André Silva.

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