O meio musical de Sergipe e a cultura de modo geral perderam um de seus mais aclamados representantes, o músico Valtinho do Acordeon, falecido no final da tarde desta terça-feira (7), em Aracaju.

Valtinho em apresentação no Forrocaju em Casa, durante a pandemia de covid (Funcaju)

“Há uns dois meses ou pouco mais, ele teve um AVC e estava bem, se recuperando, falando com as pessoas e, ontem, teve um novo AVC, aí não resistiu”, disse ao F5 News o jornalista Luciano Correia, presidente da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju).

Classificando Valtinho como “um músico extraordinário, de primeira grandeza, dos mais inventivos do estado”, Correia registra que ele não era apenas forrozeiro, tendo participado rotineiramente do famoso chorinho que havia em um bar no Parque da Cidade, onde ocorreu um episódio que o jornalista lembrou ao F5 News. Em um final de noite desses eventos domingueiros, o bar foi alvo de assaltantes e Valtinho terminou baleado. “O tiro pegou no ilhós do boné de Valtinho. Ele foi salvo por esse milagre e eu brincava muito com ele”, disse ao portal.

O presidente da Funcaju afirma que o sanfoneiro já estava certo de se apresentar no palco Gérson Filho, no próximo Forrocaju, onde tinha “presença cativa”.

Correia se associou ao rol de internautas que expressaram manifestações de pesar pelas redes sociais. E o fez também como gestor da Funcaju, que postou a homenagem a seguir.

A

A jornalista Clara Angélica Porto também levou a uma rede social sua homenagem a Valtinho do Acordeon, com quem estabeleceu parcerias musicais ao longo da vida e que foram lembradas no último encontro de ambos, recente.

"Agradeci a ele pelo arranjo de 'Se eu quiser falar com Deus' no meu show Anjo Claro. Agradeci pelo acorde bonito para eu enriquecer Barcos Beijos, de Joésia, que eu estava tirando no meu piano. Relembramos tantos momentos musicais nossos.", diz na postagem. 

Ainda não há informações sobre horários e locais de velório e sepultamento de Valtinho do Acordeon.